Ainda não está claro se os aumentos vão vingar. Os fornecedores de aço costumam anunciar altas de preço ou sobretaxas especiais mas voltam atrás quando clientes regateiam ou quando a concorrência não faz o mesmo. Também não está claro se as altas refletem aumento na demanda ou redução nos estoques.
Em dificuldades, montadoras, empreiteiras e fabricantes de eletrodomésticos e equipamentos reduziram suas compras de aço. A maioria das usinas que fecharam nos últimos meses continua desligada e muitas ao redor do mundo estão operando a menos de 50% de sua capacidade.
Mas as siderúrgicas deram sinais de estar cautelosamente otimistas de que há demanda suficiente para sustentar aumentos de preços em algumas partes do mundo. A Allegheny Technologies Inc., com sede nos EUA, informou que aumentaria em 55% suas sobretaxas em aços elétricos em fevereiro, para US$ 321 a tonelada curta. (Uma tonelada curta é cerca de 907 quilos.) As sobretaxas são aplicadas sobre preços base, geralmente para compensar custos com matéria-prima, e podem variar mensalmente.
A também americana AK Steel Holding Corp. informou que está aumentando de US$ 10 para US$ 165 por tonelada curta a sobretaxa para pedidos de aço elétrico despachados em fevereiro.
A ArcelorMittal, que exibe a maior produção de aço do mundo, disse que vai reabrir sua usina de fios e cabos de aço no Estado americano da Carolina do Sul na próxima terça-feira. A companhia, que tem sede em Luxemburgo, fechou a maior parte da usina em dezembro, demitindo 300 funcionários, sob alegação de fraca demanda e preços baixos.
Na China, várias siderúrgicas anunciaram altas de preços de 5% a 25% para vários produtos. A Baosteel Group Co. e a Anshan Iron & Steel Group Corp. informaram que vão aumentar seus preços para aço laminado a quente, um produto básico que é transformado para vários fins. A Baosteel também afirmou que vai aumentar a produção de algumas de suas usinas.
Na Turquia, o preço de laminados a quente fabricados no país vai subir cerca de 4,5% este mês, para US$ 460 a tonelada, porque a demanda na construção civil começou a retornar. Executivos do setor no Japão disseram ontem que prevêem um início de recuperação do aço em meados do ano, conforme os estoques caiam e as siderúrgicas reduzam a produção.
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