sexta-feira, 31 de julho de 2009

Petrobras receberá até 30% por pré-sal

A proposta de novo marco regulatório do petróleo que o governo pretende enviar ao Congresso nas próximas semanas vai prever que a Petrobras receberá até 30% do valor do óleo extraído como pagamento pelos serviços de perfuração nas áreas do pré-sal exploradas em regime de partilha. A maior estatal do País será operadora única nas novas reservas, conforme já informou a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Isso significa que ela será responsável, sozinha ou em conjunto, por todos os poços na região. O porcentual de pagamento à Petrobras ainda está em discussão. Os 30% foram propostos pela própria empresa mas há, no governo e no Legislativo, quem avalie que a fatia deveria ser menor. Como a proposta ainda será submetida ao Congresso Nacional, o mais provável é que seja proposto um preço com alguma “gordura”, para ser negociado. A Petrobras também quis cobrar caro para perfurar poços nas áreas mais produtivas que a União sequer convidará empresas a participar da exploração. Nelas, o governo contratará a estatal apenas para prestar serviços de perfuração. A proposta inicial apresentada pela empresa era de 60%, mas Dilma descartou esse porcentual. O novo preço ainda está em discussão. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

GDP Americano

O último pregão de julho começou em baixa com os investidores digerindo o resultado da primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano do segundo trimestre. O PIB veio melhor do que o esperado pelos analistas, mas a abertura dos números não agradou muito.

O GDP (PIB) do segundo trimestre dos Estados Unidos teve contração anualizada de 1%, menor do que a estimativa de dos analistas de -1,5%. Segundo fontes de mercado, os dados referentes a gastos de consumo pessoal vieram mais fracos do que o imaginado, registrando queda de 1,2%. Não está descartada, no entanto, uma melhora do mercado no decorrer do dia. Só depois da abertura do pregão regular em Nova York será possível ter uma noção exata do que será o dia de hoje na Bovespa, dizem os analistas. Tudo vai depender de como o mercado vai interpretar os números do GDP.

Se prevalecer uma leitura positiva do resultado, de abrandamento da recessão, a Bovespa terá espaço para testar novamente os 55 mil pontos, nível superado ontem durante o dia. Caso contrário, a Bolsa pode até recuar em direção aos 53

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Meirelles sai em março de 2010

Revista Época

Está resolvido: Henrique Meirelles deixa o Banco Central em março do ano que vem, para entrar na disputa pelo governo de Goiás. Conforme o blog da Revista Época apurou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está de acordo com a ideia. A dúvida de Meirelles, agora, é o partido.

Pode ser o PP, do atual governador do Estado, Alcides Rodrigues, o Cidinho, um antigo protegido do senador Marconi Perillo que rompeu com o criador e lhe ofereceu a legenda. Ou pode ser o PR, do vice-presidente José Alencar. Até setembro, Meirelles deve escolher a legenda para filiar-se dentro do prazo legal.

Meirelles nunca escondeu seus planos de assumir uma carreira política. Já era deputado federal (pelo PSDB) quando o senador Aloizio Mercadante conseguiu convencê-lo a assumir o Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, numa época em que o real despencava e o futuro da economia era uma incógnita em função da troca de governo. Após várias recusas, Meirelles topou a oferta, correu o risco e tornou-se a principal referência da economia brasileira nos mercados internacionais. Em função do caráter benigno da crise brasileira, ele costuma ser aplaudido em encontros de seus colegas de outros países.

Sempre que fala, informalmente, de seus planos político-eleitorais, o presidente do Banco Central faz o possível para desconversar. Chega a dizer que não seria fácil encontrar um cargo capaz de lhe garantir uma posição de tanto destaque e prestígio como a atual. A observação até faz sentido, mas quem conhece os bastidores de Brasília sabe que é uma forma de Meirelles disfarçar seus projetos, numa atitude compreensível para quem ocupa uma posição estratégica e delicada na economia.

sábado, 4 de julho de 2009

Operações fraudulentas

Petróleo no pico do ano

Preço do barril chegou a US$ 73,50 em Londres na última terça-feira .
Corretora diz ter perdido quase US$ 10 mi com operações não autorizadas.

Do G1


Uma série de operações não autorizadas no mercado futuro de petróleo em Londres pode ter sido responsável pela forte alta dos preços da commodity na última terça-feira (30). Naquele dia, o preço do barril saltou mais de 2% em um minuto, alcançando a maior cotação do ano, a US$ 73,50. No final do dia, no entanto, os preços perderam força e fecharam em queda de 2,38%, a US$ 68,40 por barril.

Segundo a corretora PVM Oil, um operador fez ofertas massivas não autorizadas nesse mercado, o que pode ter provocado a alta. Com a fraude, a PVM anunciou que teve perdas de pouco menos de US$ 10 milhões.

“Como resultado de uma série de operações não autorizadas, volumes substanciais de contratos futuros foram assumidos pela PVM. Quando isso foi descoberto, as posições foram fechadas de forma organizada”, disse o diretor da empresa, Robin Bieber, ao Wall Street Journal.

O corretor da PVM em Londres teria comprado, sem autorização, entre 7 e 10 milhões de barris de petróleo do tipo Brent na manhã de terça-feira. Ao todo, mais de 16 milhões de barris foram negociados em uma hora, o equivalente a duas vezes a produção da Arábia Saudita.

Dia com segundo menor volume do ano

O feriado norte-americano paralisou o mercado doméstico de ações. O índice Bovespa, principal referência da Bolsa de Valores de São Paulo, até teve alguma oscilação, mas muito próximo da estabilidade. Os investidores não tiveram muita motivação para ir às compras, o que resultou no segundo menor volume financeiro do ano.

O Ibovespa encerrou o pregão desta sexta-feira em baixa de 0,18%, aos 50.934,69 pontos. Na semana, perdeu 1,07% e, no mês acumula baixa de 1,03%. No ano, o Ibovespa exibe ganho de 35,64% até hoje. A variação durante a sessão de hoje foi pequena, já que, na mínima, o índice tocou os 50.915 pontos (-0,22%) e, na máxima, os 51.167 pontos (+0,28%).

O giro financeiro totalizou R$ 1,674 bilhão, bem perto do registrado no dia 25 de maio passado, menor marca do ano até agora, de R$ 1,55 bilhão, também por causa de feriado (nos Estados Unidos e na Europa). Segundo um profissional do mercado de renda variável, o feriado de hoje zerou as operações de arbitragem com os ADRs (recibos de ações de empresas brasileiras negociados na Bolsa de Nova York), o que ajudou a minguar o volume financeiro.

A maior parte das ações do Ibovespa fechou no azul, mas as blue chips, os bancos e a maior parte das siderúrgicas terminaram em baixa, influenciando o resultado final do índice. No exterior, os preços de commodities metálicas fecharam sem rumo definido, enquanto o petróleo no mercado futuro recuava, mas em sessão de giro fraco. Petrobras ON cedeu 0,86%, Petrobrás PN recuou 0,74%, Vale ON caiu 0,49% e Vale PNA desvalorizou 0,43%.

Anteontem, o mercado refestelou-se nos bons indicadores divulgados ao redor do globo, mas todo o otimismo da quarta-feira se dissipou ontem, com o dado fraco sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Esse sobe-e-desce ainda não tem prazo para acabar, ainda mais que a próxima temporada de balanços financeiros trimestrais, importante construtores de tendências, não prometem notícias muito boas.

Pelo menos esta é a expectativa dos analistas, que esperam para essa temporada números fracos. Essa expectativa baixa, entretanto, pode acabar sendo benéfica às ações, se os números forem um pouco melhores do que as previsões. Oficialmente, a safra de resultados do segundo trimestre nos EUA começa na terça-feira que vem, com os números da gigante de alumínio Alcoa.

Na Europa, hoje, os indicadores mostraram um pouco dessa indefinição. O índice dos gerentes de compra do setor de serviços caiu no Reino Unido e as vendas do varejo na zona do euro voltaram ao negativo, com queda de 0,4% em maio, ante abril. Mas o índice de gerentes de compra (PMI) composto sobre a atividade na zona do euro subiu para a máxima em nove meses.

As bolsas europeias tiveram o mesmo comportamento contraditório. O índice FTSE-100 da Bolsa de Londres subiu 0,05%, para 4.236,28 pontos, acumulando queda de 0,11% na semana. Em Frankfurt, o índice Xetra-DAX caiu 0,22%, para 4.708,21 pontos, com queda de 1,43% na semana. Na Bolsa de Paris, o CAC-40 teve alta de 0,10%, para 3.119,51 pontos, acumulando perda de 0,33% na semana. Em Madri, o índice IBEX-35 ganhou 0,67%, para 9.707,80 pontos, registrando alta de 0,22% na semana.

Para a próxima semana, encurtada pelo feriado paulista da Revolução Constitucionalista de 1932, na quinta-feira (9 de julho), a agenda um pouco mais fraca pode ser benéfica à Bolsa brasileira.

Dinheiro saindo e PF entrando

Estrangeiros tiram R$ 1,093 bilhão da Bovespa em junho

Entrada de recursos na última semana não impediu resultado.
Pessoas físicas e empresas brasileiras tiveram saldo positivo.

A entrada de recursos externos na última semana de junho limitou a tendência, mas não impediu que a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechasse junho com saldo estrangeiro negativo. No mês passado, os não-residentes venderam R$ 1,093 bilhão a mais em ações brasileiras do que compraram, encerrando, assim, uma sequência de quatro meses consecutivos de saldo positivo.

Quem compensou o não-residente e sustentou o Ibovespa, que caiu apenas 3,26% em junho, foram os investidores locais. As pessoas físicas encerraram o mês com saldo positivo de R$ 1,184 bilhão, sendo que os investidores individuais terminaram o mês com saldo positivo de R$ 1,110 bilhão.

Já as empresas públicas e privadas responderam por outros R$ 2,645 bilhões em compras, enquanto os investidores institucionais fecharam o mês de junho com vendas de R$ 1,916 bilhão.

No acumulado do ano, o saldo estrangeiro ainda é recorde, positivo em R$ 10,1 bilhões. O melhor resultado até então registrado foi em 2003, quando a conta fechou positiva em R$ 7,5 bilhões.

Em junho, os estrangeiros efetuaram compras no valor de R$ 40,450 bilhões, o que equivale a 18% de todas as compras feitas no período. As vendas somaram R$ 41,543 bilhões, ou 18,49% do total.