sábado, 22 de agosto de 2009

Economia global respira

Sinais múltiplos de recuperação econômica criaram uma onda de otimismo nos mercados acionários, cenário que levou o principal índice da bolsa paulista para o maior nível desde 30 de julho de 2008.Também favorecido por ganhos acentuados de empresas domésticas do setor imobiliário, o Ibovespa subiu 1,58 por cento, para 57.728 pontos.

Um dos primeiros sinais nessa direção foi o anúncio de que a economia da zona do euro provavelmente retomou o crescimento neste trimestre, após ter enfrentado a pior recessão da história.

A empolgação ganhou força após a divulgação de dados da economia norte-americana. Um deles apontou que as vendas de moradias usadas no país atingiram em julho o ritmo mais rápido em quase dois anos.

Todo esse otimismo ainda foi temperado com um discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmando que a perspectiva de retomada da economia global é boa.

O efeito desse quadro mais benigno sobre o ânimo dos investidores foi imediato. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones foi ganhando força no correr da tarde, até fechar em alta de 1,67 por cento.

Dois fatores extras contribuíram para sustentar o Ibovespa, que cravou a quarta alta seguida. Um foi o bom desempenho das blue chips. O papel preferencial da Petrobras, com avanço de 1,75 por cento, a 33,63 reais. A empresa anunciou na véspera a descoberta de uma nova reserva de cerca de 280 milhões de barris de óleo leve. Já a preferencial da Vale foi ainda mais longe, com ganho de 2,25 por cento, a 33,19 reais, no dia em que a Itaú Corretora elevou o preço-alvo do papel, de 42 para 48 reais.

Outro item que incrementou os ganhos do índice foi a disparada das ações de empresas ligadas ao consumo interno, com destaque para o setor imobiliário. Rossi Residencial encabeçou o movimento, saltando 11,1 por cento, a 13,06 reais. Gafisa ganhou 9,9 por cento, a 28,40 reais. Cyrela subiu 5,6 por cento, para 23,55 reais.

Segundo operadores, os dados positivos do setor imobiliário nos EUA se refletiram em ordens pesadas de compras por parte de investidores estrangeiros.

Informações da Reuters

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Índice da OCDE aponta melhora

As perspectivas econômicas para os 30 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) melhoraram em junho, mês em que a desaceleração em Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha e Canadá parece ter mostrado sinais de ter atingido o fundo do poço.

O índice da OCDE para a região subiu para 95,7 em junho, ante 94,5 em maio, segundo pesquisa divulgada nesta sexta-feira. A leitura para o G7 teve alta para 95,1, comparado a 93,9 no mês anterior.

"Os indicadores... para junho apontam para sinais mais fortes de melhora nas perspectivas econômicas das economias da OCDE em comparação ao mês anterior", afirma o organismo em comunicado.

Reuters

Juros Futuros Sobem

Os juros futuros avançaram motivados pelo relatório de emprego nos EUA em julho melhor do que o previsto. A desaceleração no corte de vagas e o recuo na taxa de desemprego foram vistos pelo mercado como um sinal positivo de reação da economia norte-americana à crise e ampliaram a percepção de que a taxa dos Fed Funds deverá subir nos próximos meses.

A perspectiva de melhora no mercado de trabalho nos EUA produziu forte movimento nos Fed Funds futuros (taxas de juros do mercado interbancário americano) e o mercado já elevou a precificação de um aperto na taxa básica de juros nos EUA. Atualmente, a taxa básica nos EUA está na faixa entre zero e 0,25% ao ano.

Na BM&F, tal avaliação levou os investidores a rapidamente reduzir posições vendidas (aposta na queda das taxas) nos DIs futuros, pressionando as taxas futuras para cima. Mas vários analistas advertem que os números do relatório do emprego nos EUA são ilusórios em relação a uma real melhora no mercado de trabalho.

Informações AE