sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Dólar não pára de cair


Empresas começam a reajustar preços de exportações para compensar o real forte

O dólar registrou, nesta quinta-feira (28/2), sua nona queda consecutiva, ao fechar em 1,669 real - o menor valor desde 18 de maio de 1999, quando foi negociado a 1,665 real. A contínua desvalorização da moeda americana está causando calafrios nos exportadores brasileiros. De acordo com o Valor Econômico, algumas empresas já começaram a reajustar os preços para o mercado externo; outras determinaram a suspensão de novos clientes até que a situação se acalme. Além disso, empresas sem experiência consolidada no exterior estão engavetando os planos de exportação por não conseguirem ser competitivas.

Entre outros motivos, o dólar tem sido pressionado pela incerteza sobre o comportamento dos juros americanos. O presidente do banco central americano, Ben Bernanke, deu sinais nesta semana de que a ênfase do Fed será evitar uma recessão nos Estados Unidos, reduzindo os juros. Com isso, os investidores estão migrando para outros países, como o Brasil, em busca de oportunidades mais rentáveis. Outras moedas também estão se valorizando frente ao dólar, como o euro, que bateu seu recorde nesta semana.


quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Confab PN - CNFB4

  • Uma empresa do grupo DST, que integra a Organização Techint. Fundada em 1942, a Confab conquistou reconhecimento como fabricante de tubos de aço com costura e equipamentos industriais para aplicações diversas;

  • Fundada em 1942, a Confab Industrial S.A. teve uma trajetória sempre marcada pelo pioneirismo e pela busca contínua de melhorias em todas as suas áreas de atuação. Isso lhe garantiu um lugar de destaque entre as empresas brasileiras com presença internacional.







Confab - Resultados para o Ano e 4º Trimestre de 2007
(Todos os valores estão em milhares de reais, exceto o resultado por ação).

Highlights / Dados relevantes

• A receita líquida do ano de 2007 registrou o valor de R$ 1.808.780, sendo 75% superior à receita obtida no mesmo período do ano anterior (R$1.030.767). A receita do quarto trimestre de 2007 foi de R$ 595.711, 67% superior aos R$ 357.514 atingidos em igual período de 2006.

• O resultado líquido do ano de 2007 foi um lucro de R$ 249.114 e, o do quarto trimestre, um lucro de R$ 111.995, superiores aos mesmos períodos de 2006 (R$ 87.824 e R$ 36.017 respectivamente).

• O “EBITDA” atingiu, no ano de 2007, R$ 400.807(22% da receita líquida) e, no trimestre, R$ 154.091 (26% da receita líquida), enquanto que, no mesmo período de 2006, atingiu R$ 167.663 (16% da receita líquida) e R$ 56.367 (16% da receita líquida).

• A carteira de pedidos total em 31/12/2007 atingiu o valor de R$ 1.413.100; na mesma data de 2006, a carteira de pedidos registrou o valor de R$ 1.583.256.

Veja comunicado enviado à imprensa.



Redecard On - RDCD3


A Redecard fará uma oferta pública de ações ordinárias (ON), que soma, inicialmente, 40.692.417 de papéis. A oferta é secundária e o acionista vendedor é o Citibank. A operação poderá ser acrescida de 15% (6.130.860 ações ON) a título de lote suplementar. A oferta inclui ainda a distribuição de GDS ("global depositary shares", recibos de ações negociados no mercado internacional), sendo que cada um desses títulos corresponde a duas ações.

O período de reserva da oferta da Redecard vai de 5 a 11 de março O preço será fixado em 12 de março. Pela cotação de fechamento de ontem (R$ 29,00) a distribuição de ações da Redecard pode chegar a R$ 1,18 bilhão. Considerando o lote suplementar, o montante pode subir para R$ 1,357 bilhão.

Os valores mínimo e máximo para o varejo são de R$ 3 mil e R$ 300 mil, respectivamente. A oferta para esse grupo de investidores representa de 10% a 15% do total, sem considerar o lote suplementar.

As ações da oferta começarão a ser negociadas no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em 14 de março. O código de negociação dos papéis é RDCD3. A liquidação da operação está estimada em 18 de março. (AE)

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Natura

Um ano para esquecer

A Natura teve em 2007 seu pior desempenho na década -- e vai anunciar uma série de mudanças para evitar que esses resultados se repitam


O dia 27 de fevereiro é aguardado com ansiedade incomum pelos acionistas da Natura, maior empresa de cosméticos do país. Às 18 horas, após o fechamento da bolsa de valores, a Natura divulgará ao mercado os dados de seu desempenho financeiro em 2007. O motivo para essa expectativa é a perspectiva de uma guinada nos resultados da companhia. Em anos anteriores, a Natura acostumou os investidores a receber excelentes notícias no dia da divulgação de seu balanço anual. A trajetória foi ligeiramente alterada no fim de 2006, quando seus executivos anunciaram queda no lucro no último trimestre do ano. À época, a empresa informou que os resultados fracos eram pontuais e seriam revertidos em 2007 -- o que tornou a divulgação do balanço ainda mais aguardada. Para tentar antecipar os números, EXAME ouviu os mais conceituados analistas responsáveis pela cobertura da Natura em sete bancos de investimento e teve acesso aos relatórios de mais um. Suas projeções mostram uma notável convergência: caso os bancos estejam corretos, a Natura divulgará no dia 27 um dos piores resultados de sua história.

De acordo com a análise dos financistas, a Natura vai anunciar uma conjunção de números decepcionantes. O primeiro deles é a taxa de crescimento da receita, estimado em 11% e muito inferior à média histórica de 27%. O lucro, ainda de acordo com as projeções, crescerá menos. Os mais pessimistas esperam queda de 4% no resultado. Os mais otimistas, crescimento de 5%, considerado fraco. Finalmente, a rentabilidade da Natura deve fechar o ano em 22,7%, 1 ponto percentual menos que no ano anterior e 2 pontos menos que o número obtido em 2005. O reflexo dessa queda no desempenho vem sendo percebido na cotação das ações da Natura na bolsa de valores. A queda no valor de mercado da companhia foi de 45% em 2007. O caso da Natura -- um dos empreendimentos brasileiros mais bem-sucedidos nas últimas décadas -- é um poderoso exemplo de quanto a vida de uma empresa aberta pode ser dura. A maior fabricante de cosméticos do país continua a crescer e a dar lucro. Continua a ter uma marca forte e uma grande participação de mercado. Mas, para um mercado de capitais movido a expectativas e viciado em crescimento, isso não é suficiente. Pode-se questionar se há racionalidade ou visão de longo prazo nisso. Mas essa é a vida como ela é. A visão do mercado fica clara na declaração de Marianna Waltz, analista de consumo do Banco do Brasil: "Isoladamente, os resultados da Natura não são ruins. O problema é que, se analisarmos o histórico da companhia, esse é claramente um tropeço".

A opinião dos analistas

A EXPLICAÇÃO PARA O DESEMPENHO recente da Natura tem duas vertentes. A primeira refere-se à estratégia de inovação da empresa. Para medir o ritmo de inovação, a companhia usa um índice que mostra quantos de seus produtos vendidos foram criados nos últimos dois anos. Esse índice caiu de 66,8% para 54,2% nos nove primeiros meses de 2007 em comparação com o mesmo período de 2006. "Como o negócio de cosméticos é movido por novidades, a empresa perdeu vendas e cresceu menos do que poderia", diz Ricardo Fernandez, analista de bens de consumo do banco Itaú. Outro ponto da estratégia da Natura, seu processo de internacionalização, foi em parte responsável pela queda na rentabilidade. Os esforços com a formação de equipes e a adequação de produtos para que a Natura pudesse entrar em sete países deram prejuízo de 46 milhões de reais nos nove primeiros meses do ano. Intensificadas em 2005, as operações internacionais da Natura correspondem hoje a 5% do faturamento total. Evidentemente, é uma aposta que seus controladores fazem no futuro. Mas que vem cobrando seu preço no presente.

A segunda explicação para a redução do ritmo de crescimento da Natura é o aumento da competição. Sua principal concorrente, a americana Avon, renasceu em 2006, depois de quatro anos com praticamente a mesma participação de mercado. No ano passado, suas vendas cresceram 16% no Brasil -- acima do setor e de sua grande rival. A imagem da empresa, antes desgastada e associada a produtos baratos, foi rejuvenescida com a ajuda de celebridades como a atriz Ana Paula Arósio. A ascensão da Avon é resultado de um programa global que elegeu o Brasil como prioridade para os investimentos da companhia. Desde então, a verba de marketing aumentou 270% (em 2007, a verba foi três vezes maior que a da Natura, segundo analistas). Essas medidas não só tornaram as vendas da Natura mais difíceis como forçaram a companhia a investir mais em marketing para fazer frente à concorrente. Nos três primeiros trimestres de 2007, as despesas comerciais da Natura aumentaram 18%.

Diante desse cenário e das acusações de reação letárgica, os executivos e controladores da Natura planejam um contra-ataque. Como permanece em período de silêncio até a divulgação de resultados no dia 27, a empresa não concedeu entrevista a EXAME. Mas analistas e executivos do setor adiantaram alguns pontos de seu plano de reação. Já se sabe, por exemplo, que a empresa vai anunciar em breve a contratação de um novo executivo para ocupar uma de suas posições mais importantes: a vice-presidência de marketing e vendas da operação nacional (responsável por 95% do faturamento da Natura). O escolhido é José Vicente Marino, que deixou a presidência da área de consumo da Johnson & Johnson no dia 14. A missão de Marino é ajudar a liderar "a virada da companhia", nas palavras de um executivo próximo à Natura. Atualmente, Alessandro Carlucci, presidente da Natura, acumula a função. Para completar, os três fundadores da Natura -- Luiz Seabra, Guilherme Leal e Pedro Passos -- estão mais próximos da operação. Seabra, por exemplo, voltou a fazer parte do comitê de produtos da companhia, do qual havia se afastado em 2005. (O afastamento do trio de fundadores da Natura está diretamente relacionado à abertura de capital, ocorrida em 2004. Na ocasião, Seabra, Leal e Passos levantaram 768 milhões de reais com a venda de uma participação de 22% no capital.)

As mudanças se estenderão também para a estrutura comercial da Natura. Até o terceiro trimestre de 2007, a produtividade das vendedoras caiu 3%. Para recuperar a eficiência das equipes, um novo nível hierárquico será criado entre as promotoras (funcionárias do departamento de vendas) e as consultoras (vendedoras). Hoje, cada promotora atende entre 500 e 1 000 consultoras, número considerado alto. Com o novo nível, essa responsabilidade será dividida com as "consultoras orientadoras", que supervisionarão, cada uma, 100 vendedoras. Assim, a companhia espera aumentar seu controle sobre o exército de vendedoras. O modelo é similar ao programa Leadership, da Avon, que aumentou em 2% o número de vendedoras e em 3% as vendas da empresa no começo da década. Os planos da Natura para 2008 incluem, também, a diminuição do portfólio de cosméticos, o lançamento de produtos para atender consumidores de menor renda e uma maior ênfase em inovação. Os investimentos em marketing devem aumentar 25%.

Os reflexos na bolsa

O esforço da Natura para melhorar os resultados e recuperar a confiança dos investidores agradou aos analistas, mas nenhum deles espera uma virada imediata. "Os melhores resultados da empresa só devem começar a aparecer no final do ano e no decorrer de 2009", escreveu o analista Tufic Salem, do Credit Suisse, em relatório de janeiro. "As margens ainda vão cair em razão do aumento dos investimentos em marketing e nas operações internacionais." O motivo para esse ceticismo é a percepção de que as mudanças acontecem num momento em que a competição se acirra ainda mais no mercado doméstico. A Avon, por exemplo, anunciou recentemente o lançamento da Liiv, sua primeira linha de produtos com apelo ecológico -- uma clara tentativa de roubar clientes cativos da Natura. Além disso, o varejo, um canal de vendas concorrente, passou a ganhar força. Em busca de produtos com melhores margens, supermercados, lojas de departamentos e farmácias estão dedicando espaços cada vez maiores de suas prateleiras a produtos de beleza. "A consolidação do varejo brasileiro como vemos hoje representa uma grande oportunidade para que marcas globais de cosméticos entrem no Brasil", escreve o analista do Credit Suisse. Os concorrentes pretendem aproveitar o que consideram um momento vulnerável da maior empresa de cosméticos brasileira -- cabe à Natura provar que estão enganados.


Leia mais em Exame

A nova obsessão da Natura

Desempenho das ações foi pior do que o esperado

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

JBSS3 - Friboi ON


Fatos e gráfico:

Dependendo do resultado das inspeções por parte dos órgãos de fiscalização da Comunidade Européia, o embargo à compra da carne brasileira pode ser suspenso e, com isso, a Friboi recuperar seu espaço como uma das maiores exportadoras do produto.

O gráfico mostra uma forte resistência no topo do canal de baixa. Passando de R$6,10 pode chegar aos R$ 7 e confirmar o pivot de alta com a inversão da tendência.

Edital da Cesp impede a participação de empresas estatais

O governo do Estado de São Paulo decidiu manter o veto à participação direta ou indireta de empresas estatais no leilão de privatização da Cesp (Companhia de Energia de São Paulo), de acordo com o edital de venda da empresa.

Tanto as distribuidoras Cemig (MG) quanto a Copel (PR) manifestaram publicamente o interesse em participar do leilão de privatização da Cesp, terceira maior geradora de eletricidade do país. A Cemig tenta viabilizar sua participação por meio da Light, energética do Rio, em que tem participação acionária. O governo paulista argumenta que o processo de desestatização foi definido por meio de lei estadual, que impede a venda para estatais de outros Estados.

A Cemig informou que "continua interessada" no leilão. Segundo a empresa, o departamento jurídico vai analisar o edital e estudar eventuais alternativas. A reportagem não conseguiu contato com a assessoria da Copel na noite de ontem. O edital, divulgado ontem, confirmou ainda a realização do leilão no dia 26 de março, a partir das 10h, no antigo pregão da Bovespa, pelo preço mínimo de R$ 49,75 por ação. Com isso, o governo paulista deverá levantar pelo menos R$ 6,6 bilhões com a venda da estatal.

Os consórcios interessados deverão se pré-identificar até o dia 10 de março. Terão ainda de depositar garantias no valor de R$ 1,74 bilhão um dia antes do leilão. Os lances serão feitos por meio de envelopes fechados. A Bovespa abrirá o leilão em viva-voz se a segunda maior oferta pela Cesp for de pelo menos 90% do valor do maior lance. O objetivo é obter o maior valor possível pela geradora.

O edital afirma ainda que os novos donos da Cesp terão de manter o plano de previdência complementar dos funcionários compatível com as regras atuais. Determina também que sejam cumpridos os acordos trabalhistas fechados antes da privatização e que, em caso de demissão, a empresa implemente programas de qualificação para os profissionais.

O edital prevê ainda que o novo controlador mantenha por pelo menos três anos os atuais patrocínios da Cesp a programas de gestão do patrimônio histórico, de assistência a crianças, além de projetos ambientais como os viveiros de mudas nas regiões das usinas.

A Cesp tem seis hidrelétricas, sendo que apenas a de Porto Primavera teve a sua concessão renovada até 2028. Em 2011 vence a concessão da usina de Três Irmãos e, em 2015, a de Jupiá. O governo paulista foi pressionado para reduzir o preço mínimo das ações por não ter assegurada as concessões.

Pelo menos três consórcios devem disputar a Cesp. No total, 12 empresas foram ao "data room" --central de informações financeiras da empresa. Entre os favoritos estão a franco-belga Suez/Tractebel, dona da antiga Gerasul, a maior geradora privada no país. A Suez deve entrar na disputa com a Neoenergia, que tem entre os sócios a espanhola Iberdrola.

A distribuidora paulista CPFL, que tem capital de Votorantim, Camargo Corrêa, Bradesco e Previ, também deve formar um consórcio.

O terceiro grupo teria a participação da ítalo-espanhola Enel/Endesa, com uma possível adesão da portuguesa EDP, dona das distribuidoras Bandeirante (SP), Enersul (MS) e Escelsa (ES).

Fonte: Folha Online

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Vale tomará de bancos US$ 50 bi para levar Xstrata

Oferta é elevada a US$ 90 bi, segundo a agência Reuters

A Vale aumentou para US$ 90 bilhões a oferta de compra da mineradora anglo-suíça Xstrata e fechou financiamento de cerca de US$ 50 bilhões com oito bancos para a operação, de acordo com a agência Reuters.

A primeira oferta informal, de US$ 76 bilhões, ou 40 libras por ação, foi rejeitada pelos acionistas da Xstrata.

Segundo uma fonte próxima da operação, a Vale aumentou em 17% a proposta, após a Glencore -maior acionista da Xstrata, com 35%- pedir até 48 libras por ação.

A Vale já teria fechado financiamento com Santander, HSBC, BNP Paribas, Lehman Brothers, Credit Suisse, Citigroup, Calyon e Royal Bank of Scotland. Sete deles entrariam com US$ 6,7 bilhões cada um, e um, com US$ 3 bilhões.

Eles estariam procurando crédito de mais US$ 2,5 bilhões.
Um fundo de investimento de Londres que possui ações da trading Glencore International disse que a nova proposta deixa o negócio mais próximo. Segundo um administrador de carteira do fundo, a Glencore não aceitaria menos de 45 libras. "Pediram 48,5 libras. Achamos que está muito perto de a proposta ir para o papel."

No entanto, falta definir o que será pago em ação e dinheiro e se as condições da Glencore, como manter os direitos de comercialização de produtos como níquel, serão aceitas.
"Pela Glencore ela colocava o valor do negócio todo em ações na nova empresa que será formada. Eles acham que um acordo com a Vale faz muito sentido e terá muita sinergia, querem a maior parte possível em ações."

Uma fonte na Vale ouvida pela Reuters disse que o presidente da empresa, Roger Agnelli, e o diretor financeiro, Fábio Barbosa, estão em Londres, sede da Xstrata, finalizando o acordo.

Outras fontes, no entanto, declaram haver "discrepâncias significativas entre as duas partes" e que nenhum valor teria sido acordado.

Procurada, a Vale disse que não comentaria o caso. Caso ocorra nova oferta, as informações relevantes terão de ser divulgadas ao mercado no Brasil, segundo as regras da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

domingo, 24 de fevereiro de 2008

A Lenda dos Macacos

Como funciona o mercado de ações

Uma vez, num vilarejo, apareceu um homem anunciando aos aldeões que compraria macacos por $10 cada. Os aldeões sabendo que havia muitos macacos na região, foram à floresta e iniciaram a caça aos macacos. O homem comprou centenas de macacos a $10 e então os aldeões diminuíram seu esforço na caça. Aí, o homem anunciou que agora pagaria $20 por cada macaco e os aldeões renovaram seus esforços e foram novamente à caça.

Logo, os macacos foram escasseando cada vez mais e os aldeões foram desistindo da busca. A oferta aumentou para $25 e a quantidade de macacos ficou tão pequena que já não havia mais interesse na caça.

O homem então anunciou que agora compraria cada macaco por $50! Entretanto, como iria à cidade grande, deixaria seu assistente cuidando da compra dos macacos.

Na ausência do homem, seu assistente disse aos aldeões: "Olhe todos estes macacos na jaula que o homem comprou. Eu posso vender por $35 a vocês e quando o homem retornar da cidade, vocês podem vender-lhe por $50 cada."

Os aldeões, espertos, pegaram todas as suas economias e compraram todos os macacos do assistente.

Desse dia em diante, eles nunca mais viram o homem ou seu assistente, somente macacos por todos os lados.

Agora você entendeu como funciona o mercado de ações.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Bematech ON - BEMA3

Bematech: prejuízo no ano do IPO

Um bem-sucedido IPO, em abril de 2007, levava a crer que a Bematech fecharia aquele ano com resultados virtuosos. Mas não foi o que aconteceu. Depois de estrear no mercado de capitais, a companhia paranaense registrou um prejuízo de R$ 5,3 milhões – ante lucro de R$ 5,2 milhões em 2006. Dois fatores pesaram contra a empresa, que é especializada em equipamentos e softwares de automação para o varejo. Um deles foi a dificuldade de concluir a integração com as fabricantes de software que ela adquiriu em 2007, especialmente a Gemco. Outro foi a suspensão de um incentivo fiscal que o governo paranaense concedia ao setor de microinformática no final do ano passado. Essa mudança conjuntural abateu a margem Ebitda (indicador de rentabilidade da operação) da Bematech. A boa notícia é que este problema tende a ser superado com o passar do tempo. "A relevância dos incentivos fiscais será cada vez no nosso Ebitda. No final de 2008, eles devem representar apenas 10% da margem", destaca Luciano Sfoggia, diretor de relações com investidores da Bematech.

Mesmo com os reveses de 2007, a Bematech segue investindo na aquisição e integração de novas empresas. As compras se concentram naqueles segmentos de hardware e software que a companhia ainda não atende. "Faltam muitas verticais [segmentos] de varejo no nosso portfólio", destaca Sfoggia. O varejo brasileiro, lembra ele, dá sinais de que terá novo crescimento de vendas em 2008. "A automação do varejo devido à fiscalização do ICMS deve aumentar os negócios neste ano", aponta o executivo da Bematech. A empresa projeta um incremento de 51% na receita de software com as vendas de pacotes e renovações de licenças de ERP. (Fernanda Arechavaleta)

A Bematech em 2007
Indicador Variação
Receita bruta: R$ 239,6 milhões + 22%
Prejuízo: R$ 5,3 milhões - 202,6%
EBITDA: R$ 18,9 milhões - 51,3%

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Mercado Financeiro

Ibovespa termina o dia em queda de 0,89%, com Vale e NY

Da Agência Estado

A Bovespa teve nesta sexta-feira (15) seu segundo pregão consecutivo de baixa, numa sessão de liquidez reduzidíssima - foi o menor volume de 2008. O feriado do Dia do Presidente na próxima segunda-feira (18) nos Estados Unidos foi uma das explicações dos especialistas para o giro baixo desta sexta. Para a queda, a razão também veio de lá: indicadores e notícias ruins que reforçam os temores de recessão naquela economia.

A Bovespa encerrou a sessão em baixa de 0,89%, aos 61.271,9 pontos. Na mínima do dia, o índice bateu em 60.717 pontos (-1,78%) e, na máxima, atingiu 61.803 pontos (-0,03%). O desempenho desta sexta reduziu os ganhos de fevereiro a 3%. Na semana, a Bolsa subiu 3,71%, mas, no ano, acumula perda de 4,09%. O volume financeiro contabilizou apenas R$ 4,17 bilhões, bem abaixo da média diária de R$ 6,604 bilhões verificada nos outros quatro dias desta semana (desconsiderado o giro do vencimento de opções sobre Ibovespa, na quarta-feira).

O clima ruim vindo do exterior depois dos indicadores fracos anunciados nesta sexta nos EUA reforçou a atuação dos vendidos (investidores que apostam na baixa das ações) para o próximo vencimento de opções sobre ações, que acontece na segunda-feira (18). Estes investidores aproveitaram a queda do índice para "baterem" nas opções de Vale e Petrobras e, assim, gorarem a operação na segunda-feira. "Com isso, não há o exercício e eles embolsam o prêmio", segundo um profissional. Vale PNA cedeu 1,94% e Petrobras PN recuou 0,87%.

Além do movimento técnico, os negócios também reagiram ao péssimo índice Empire State norte-americano, que registrou a primeira queda abaixo de zero desde maio de 2005, e ao aumento acima das previsões no preço das importações. O terceiro índice ruim foi o sentimento do consumidor da Universidade de Michigan, que ficou num patamar menor do que o previsto. Apenas a produção industrial veio em linha, mas foi uma gota no oceano de notícias ruins desta sexta. Do noticiário, pode-se pinçar a previsão do Citigroup de que o banco suíço UBS terá que registrar baixa contábil entre US$ 10,96 bilhões a US$ 18,25 bilhões. Mas, como já ocorreu inúmeras vezes desde o início da crise, um banco fala de outro e o UBS também fez previsões nesta sexta. Mas elas foram mais abrangentes e indicavam que as instituições financeiras terão baixas de US$ 120 bilhões.

Outro dado relevante desta sexta foi o pedido feito pela seguradora de bônus FGIC ao Departamento de Seguros de Nova York para que possa se dividir em duas. Se aprovada, a divisão colocaria numa empresa a maioria dos bônus lastreados em hipotecas e, em outra, bônus municipais.

Na segunda-feira (18), é feriado lá fora, mas a semana reserva dados relevantes, especialmente na quarta-feira (20), quando saem a inflação no varejo americano (CPI) e o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) divulga a ata da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto realizada em janeiro.

sábado, 2 de fevereiro de 2008

Corretoras apontam as dez melhores ações de 2008

Após cinco anos de fartura no mercado acionário, os investidores se perguntam se ainda há fôlego para mais um ano de vacas gordas. 2008 começou com queda nas bolsas de todo o mundo e, na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), a desvalorização já soma 10,7%. Apesar dos números negativos, é consenso entre os analistas que ações continuam sendo ótimas opções de investimento no longo prazo, mas quem decidir aplicar seu dinheiro na Bolsa terá de ter muito mais sangue frio daqui pra frente para enfrentar as pedras que devem surgir no caminho. "Nunca houve tanta certeza de que teremos mais incerteza pela frente", afirma o chefe da área de Pesquisa da corretora Ágora, Marco Melo.

Em relatório, o especialista destaca como fatores de risco o agravamento da crise hipotecária nos Estados Unidos, o aumento da inflação em diversos países - incluindo o Brasil - e a desaceleração no crescimento das economias da China e da Índia. Por outro lado, a expectativa de que o Brasil obtenha o grau de investimento ainda este ano e as perspectivas positivas para as empresas brasileiras – com o aumento do consumo interno – fazem com que as corretoras projetem uma valorização de até 33% para o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa), que fecharia o ano aos 85.000 pontos, nas avaliações mais otimistas. O resultado seria o triplo do retorno previsto para a renda fixa no período.

Mas quais são os papéis mais promissores da Bolsa? Para responder essa pergunta, o Portal EXAME consultou 15 corretoras, que destacaram as ações com melhores expectativas para 2008. Os dez papéis mais indicados você confere abaixo. Ações de empresas de consumo e bancos estão entre as mais atraentes, devendo ser beneficiadas pela expansão da renda e aumento do crédito. O setor de infra-estrutura, que cresce com o desenvolvimento da economia, também é apontado como boa opção.

Petrobras (PETR4) - 12 indicações
(Indicada pelas corretoras Ágora, Alpes, Banco Real, Elite, Fator, Geral, HSBC, Itaú, Planner, SLW, Souza Barros e Infinity Asset Management)
O aumento dos investimentos da empresa para exploração e produção de petróleo, aliado à descoberta do campo de Tupi, traz boas perspectivas para a companhia. O preço do produto está em alta no mercado internacional e a demanda é crescente, puxada principalmente pelas economias asiáticas. Além disso, a descoberta de uma reserva de gás natural no Peru fortalece os negócios da companhia fora do Brasil.
Principal fator de risco: variação no preço do petróleo

Vale do Rio Doce (VALE5) - 11 indicações
(Indicada pelas corretoras Ágora, Alpes, Banco Real, Elite, Fator, Geral, HSBC, Itaú, Planner, SLW, Souza Barros e Infinity Asset Management)
A perspectiva de aumento entre 30% e 50% no preço do minério de ferro em 2008 e a crescente demanda da China e da Índia devem manter a empresa na lista das mais rentáveis neste ano. As últimas aquisições garantiram à companhia maior poder de negociação e um portfólio diversificado de produtos.
Principal fator de risco: queda no preço das commodities

Gerdau (GGBR4) - 8 indicações
(Indicada pelas corretoras Alpes, Banco Real, Fator, Itaú, Link, Santander, Souza Barros e Infinity Asset Management)
O forte crescimento do setor imobiliário no Brasil favoreceu os negócios da companhia, que é grande fornecedora de aço para a construção civil. A crise das hipotecas teve efeito praticamente nulo nos negócios da empresa nos Estados Unidos, já que apenas 5% de suas vendas no país são destinadas ao setor residencial.
Principal fator de risco: variação no preço das commodities e redução da demanda interna

Bradesco (BBDC4) - 6 indicações
(Indicada pelas corretoras Ágora, Banco Real, Elite, Itaú, Link, Planner)
2008 deve ser mais um ano de forte expansão do crédito, que pelas contas dos analistas pode ultrapassar a casa dos 20%. As perspectivas de taxa de juros estáveis – ou até mesmo crescentes, dependendo da inflação – devem garantir bons lucros aos bancos. Além de uma ampla carteira de crédito, o Bradesco conta com um portfólio de produtos de seguros, previdência e capitalização, responsável por 30% de seu lucro e que garante a diversificação das fontes de receita.
Principal fator de risco: piora na conjuntura econômica

CPFL Energia (CPFE3) - 6 indicações
(Indicada pelas corretoras Fator, Geral, Link, Planner, SLW, Souza Barros)
A companhia atende a consumidores do interior de São Paulo, região que cresce a taxas elevadas e mantém alta renda per capta. Com novos investimentos em geração e distribuição de energia, a expectativa é de que a empresa mantenha sua rentabilidade na faixa de 35% ao ano, mesmo com uma possível revisão negativa em suas tarifas.
Principal fator de risco: redução nas tarifas

ALL – América Latina Logística (ALLL11) - 5 indicações
(Indicada pelas corretoras Ágora, Fator, Geral, Santander e Spinelli)
As más condições de conservação das estradas brasileiras e as perspectivas de bom desempenho para o setor agrícola nos próximos meses colocaram a ALL na lista das ações preferidas das corretoras. A companhia investiu forte na ampliação de sua área de atuação ao assumir o controle da Brasil Ferrovias, em maio de 2006. Com a operação, a ALL, que já detinha a concessão de ferrovias nas regiões sul e sudeste e parte da Argentina, passou a operar também a rede ferroviária do centro-oeste do país.
Principal fator de risco: redução na demanda

Perdigão (PRGA3) - 5 indicações
(Indicada pelas corretoras Banco Real, Elite, Itaú, Link e Infinity Asset Management)
O aumento da demanda mundial por carnes, decorrente do crescimento da população, deve impulsionar os negócios da Perdigão, que já superou as perdas geradas pela gripe aviária de 2006. A empresa também é beneficiada pelo aumento nos níveis de emprego e renda, que impulsionam o consumo interno. Sua política agressiva de aquisições – recentemente a empresa comprou a Eleva, depois de já ter levado a Batávia – é outro ponto positivo apontado pelos analistas.
Principal fator de risco: inflação

Cemig (CMIG4) - 4 indicações
(Indicada pelas corretoras Banco Real, Elite, Link, SLW)
O aumento nos preços da energia elétrica, a forte demanda e o temor de um novo racionamento criaram um cenário favorável às geradoras no Brasil. Segundo os analistas, dentre as companhias do setor, a Cemig é uma das que apresenta maior oportunidade de ganhos, já que suas ações estão cotadas a um valor bastante abaixo de seu preço justo. Sua política de investimentos e a administração livre de pressões políticas – apesar de se tratar de uma empresa mista – são apontadas como vantagens da empresa sobre a concorrência.
Principal fator de risco: redução nas tarifas

Telesp (TLPP4) - 4 indicações
(Indicada pelas corretoras Banco Real, Elite, Fator, SLW)
Apesar da tendência de queda nos ganhos em função da redução no tráfego de voz, a empresa continua sendo fortemente recomendada pelas corretoras, que consideram seu atual preço na Bolsa atraente. Além disso, a companhia é considerada uma das melhores pagadoras de dividendos no Brasil.
Principal fator de risco: reestruturação do setor

Ambev (AMBV4) - 4 indicações
(Indicada pelas corretoras Banco Real, Fator, HSBC e Link)
O incremento na renda da população brasileira também vem elevando as vendas da Ambev. Apesar de atuar num mercado já considerado maduro, a empresa tem registrado crescimento não só em decorrência da alta na demanda interna, mas também devido ao aumento nas margens de lucros das operações na América do Norte. As ações da companhia são bastante indicadas em momentos de grande instabilidade na Bolsa devido ao seu perfil defensivo – caem menos que a média do mercado.
Principal fator de risco: inflação

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