terça-feira, 30 de setembro de 2008

Proporção da crise não deixaria Brasil imune

Para quem acha que o Brasil está protegido da crise pelas reservas cambiais acima de US$ 200 bilhões e o grau de investimento dado pelas agências de risco, a economista Monica Baumgartem de Bolle cita dois preocupantes paralelos. A Rússia, o R dos Brics, já gastou US$ 65 bilhões para evitar a quebra de bancos. Tem US$ 570 bilhões em reservas, quase o triplo das brasileiras. O won, a moeda sul-coreana, teve a maior desvalorização de sua história, em um só dia. A Coréia do Sul, como o Brasil, tem 5,5% a 6% de inflação anual e Produto Interno Bruto (PIB) crescendo na faixa de 5%. E grau de investimento há muito mais tempo do que o Brasil.

Maior revenda GM pede concordata

Olha os problemas do setor financeiro espirrando para outros setores da economia!


A Bill Heard Enterprises, a maior revendedora norte-americana de veículos da Chevrolet, entrou com pedido de concordata, mencionando o mercado de automóveis em queda como fator determinante. A empresa fechou 14 showrooms e eliminou mais de 3.200 empregos na última semana.
A companhia, que tem sede na cidade de Columbus na Geórgia, listou tanto as dívidas quanto os ativos em US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão no processo do Capítulo 11 junto à Corte de Falências da cidade de Decatur, Alabama. Pelo menos 23 afiliadas da empresa também entraram com o mesmo pedido.
"As difíceis condições de financiamento que o setor automotivo tem enfrentado em conseqüência da crise dos empréstimos subprime" contribuiu para o fechamento da companhia, informou a Bill Heard em seu website.

Réquiem para o shadow banking system

O desenrolar da crise financeira, iniciada com a inadimplência das hipotecas americanas de alto risco (subprime) e a desvalorização dos imóveis e dos ativos lastreados em hipotecas, a partir de junho de 2007, foi explicitando o papel complexo e obscuro desempenhado por um conjunto de instituições financeiras. Essas instituições - bancos de investimento, hedge funds, fundos private equity, diferentes veículos especiais de investimento, companhias hipotecárias (Fannie Mae e Freddie Mac), seguradoras, fundos de investimento - funcionavam como banco, sem sê-lo.

Isto é, captavam recursos no curto prazo, operavam altamente alavancadas e investiam em ativos de longo prazo e ilíquidos. Mas, diferentemente dos bancos, eram displicentemente reguladas e supervisionadas, sem reservas de capital, sem acesso aos seguros de depósitos, às operações de redesconto e às linhas de crédito de última instância dos bancos centrais. Dessa forma, eram altamente vulneráveis, seja a uma corrida dos investidores (saque dos recursos ou desconfiança dos aplicadores nos mercados de curto prazo), seja a desequilíbrios patrimoniais. O conjunto dessas instituições tem sido chamado de shadow banking system, vale dizer, um "sistema bancário na sombra" ou paralelo.

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Tomar dinheiro de curto prazo para financiar a longo prazo, que maluco. No meu tempo, não passava nem do primeiro ano da faculdade...

Fundada em 1968 e comandada nesses 40 anos pelo médico Paulo Sérgio Barbanti, a Intermédica está profissionalizando a gestão e promovendo uma reestruturação no grupo. Dentro de seis meses, Barbanti passará a presidência da sua empresa para Aloísio Wolff, ex-presidente da empresa de tecnologia Orbitall, e que hoje divide o cargo principal do grupo NotreDame Intermédica com o fundador.

Atualmente com 68 anos, Barbanti presidirá a partir do próximo ano o Conselho Consultivo da empresa, criado no ano passado e composto por famosos executivos do mercado como Andréa Calaby, Fernando Portella, Herbert Steinberg e Luis Natel. Ainda dentro do projeto de sucessão está prevista a venda de uma participação minoritária, de até 49% do capital da Intermédica para um fundo de investimento estrangeiro. "O controle acionário continuará comigo. Não vou vender para concorrentes nacionais e ainda não há uma data definida para isso", disse Paulo Barbanti, que prefere não entrar em detalhes sobre valores.

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empresa do setor de medicina, com poucos médicos na alta cúpula...

Dólar e ouro devem ser evitados

Diante de tanta turbulência, alguns investidores se perguntam se o momento não é de compra de dólares. Ontem, a moeda americana fechou em alta de 6,21%, a R$ 1,966, e já acumula valorização de 25,78% de agosto para cá. No ano, o ganho acumulado é de 10,64%. Mas, apesar de os economistas não enxergarem um cenário mais claro para os próximos dias, dizem que a moeda americana não é indicada como aplicação.

Na avaliação de Rodrigo Menon, sócio do escritório de aconselhamento financeiro Beta Advisors, não faz o menor sentido o investidor assumir riscos de um investimento em dólar, principalmente com a Selic em 13,75% ao ano. "Neste momento, para superar o ganho dos juros, o dólar precisaria subir para R$ 2,30, o que não se projeta, mesmo com a crise", avalia.

Dólar em alta pega empresas no contrapé

Seria difícil escolher um dia pior para fechar o balanço do terceiro trimestre. As companhias terão que ajustar dívidas e aplicações financeiras em moeda estrangeira ao câmbio da crise. E a correção não deve ser pequena.

O dólar teve alta de 23% de junho a setembro, a maior valorização trimestral desde 2002. Somente ontem, dia em que o legislativo americano negou o pacote emergencial para socorrer o sistema financeiro americano (e global), a moeda teve alta de 5,4% e fechou bem perto dos R$ 2,00. Salto assim num só dia não se via desde a maxidesvalorização do real, em 1999.

Cresce o temor quanto às condições do UBS

O temor aumentou na praça financeira suíça, uma das mais importantes da Europa. "A loucura reina", publicou o jornal Tribune de Genebra, registrando rumores de Wall Street que jogavam o UBS junto com o grupo belga Fortis na fossa comum do desastre.

As piores especulações sobre o futuro do banco helvético aumentaram em meio a tentativas de contágio da crise sobre o sistema bancário europeu, com socorros a bancos na Inglaterra, Alemanha, Bélgica e até na Islândia.

A questão é até quando o UBS poderá escapar da desconfiança dos mercados. Ontem, sua ação caiu mais 13,6%. Os analistas aguardam a os resultados semestrais do banco antes da assembléia geral extraordinária, na quinta-feira, em Basiléia. A previsão é de mais alguns bilhões de dólares de amortização, provavelmente cerca de US$ 5 bilhões.

Endividamento das famílias dobra

O grau de endividamento dos brasileiros mais do que duplicou desde o primeiro ano do governo Lula. Segundo o Banco Central, o nível de endividamento das famílias, isto é, a relação entre crédito e massa salarial, saltou de 12,2% no primeiro trimestre de 2003 para 26,5% no segundo trimestre deste ano. O crédito tem sido, diz o BC, "determinante" para a sustentação do consumo.

Utilizando nesse cálculo o conceito de massa salarial apurado pelo IBGE por meio da Pesquisa Mensal de Emprego em seis capitais, o BC concluiu também que o comprometimento de renda com o pagamento de dívidas apresentou, no mesmo período, salto de 22,9% para 31,3%. Já o serviço da dívida chegou a 30,4%.

Antes de anúncio de perdas, negócios com Sadia crescem

O movimento atípico com ações preferenciais (PN, sem voto) da Sadia poucos dias antes do anúncio do prejuízo monstruoso de R$ 760 milhões em derivativos chamou a atenção do mercado. De 16 de setembro até 25, dia do anúncio das perdas, o volume de negociação da ação subiu da média de R$ 30 milhões para R$ 45 milhões diariamente, coincidindo com a forte alta do dólar no mercado brasileiro, alta esta que provocou a perda. Somente no dia do anúncio do prejuízo, que foi feito depois do fechamento do pregão, o volume atingiu R$ 64 milhões, conforme apurou a repórter Daniele Camba.

Outro fato que chama a atenção é a concentração na ponta vendedora nesse período. Segundo dados do mercado, o banco americano Morgan Stanley, que segundo um executivo de uma instituição financeira seria responsável pelas operações de captação da Sadia no exterior, vendeu R$ 76 milhões em ações da empresa no período, ou 53% dos R$ 143 milhões vendidos no mercado. Somente no dia do anúncio, o Morgan vendeu R$ 14,7 milhões. O Valor não conseguiu contatar representantes do Morgan para falar sobre as operações.

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hummm.....

onde há fumaça há fogo, será....

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Volume de hoje: R$5,8 bi

ok, caiu um monte, praticamente 10%, até acionou o 'circuit breaker'.

Mas se teve vendedor, tem de ter tido alguém que comprou.

E quem será que tem razão: quem vendeu, ou quem comprou.

E o movimento de vendas, será que continua nos próximos dias....

Corrida de investidores derruba site da Bovespa

O site da BMF&Bovespa saiu do ar na tarde desta segunda-feira e, ao final do pregão, a página da maior bolsa da América Latina ainda registrava problemas de acesso como lentidão. A causa "provável" foi o excesso de internautas que correram para o site em um momento em que a bolsa registrou o pior tombo desde setembro de 1998.

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Eu tentava acessar o site da Bloomberg na hora da votação. Acesso estava meio lento mesmo.

Agora, o que será que o pessaol foi procurar no site da BMF&Bovespa....

Enquanto Bovespa desaba, Mantega vê situação "normal"

Enquanto a Bolsa de Valores de São Paulo registrou mais de 9 por cento de queda e o dólar saltou 6 por cento frente ao real, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a situação no país "é bastante normal".
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Só posso pensar que:
- Nosso ministro da Fazenda não aplica em renda variável
- ele não entende de mercado financeiro....

Será que vai passar no congresso americano

Edward L. Yingling é presidente da Associação dos Banqueiros Americanos.

Ele acha que o socorro financeiro vai passar no Congresso. Agora ele dizer que foi um teste no mercado, isto é terrível. Bom, o mercado fez sua parte, bolsas azedaram pelo mundo inteiro, sem deixar margem para dúvidas.

Agora só temos de esperar passar o feriado judaico amanhã, vai pra votação de novo, depois vai pra mesa do presidente até o final da semana.

Acho que os americanos gostaram desta coisa de trabalhar todo fim-de-semana. Vai ser praticamente o quarto final de semana seguido que as autoridades americanas vão trabalhar, seja negociando resgate a Fannie Mae, seja buscando resgate para bancos com problema.

Mas mesmo que o pacote passe, duvido que o preço das ações se recupere totalmente no curto prazo. Quem perdeu, vai ter de esperar um bocado para recuperar seu rico dinheirinho.


Mr. Yingling remains optimistic that a measure will pass, and soon. “There’s an excellent chance it will pass after the holiday and would be on the President’s desk by the end of the week.”

Part of the reason for this is the strong reaction in markets throughout the globe. “Maybe there had to be a market test,’’ said Mr. Yingling, “that might determine it.”

Even so, Mr. Yingling said that the feeling in Washington is the same as on Wall Street: “Everyone is so shell-shocked – they don’t know where anything is going.”

Bolsas em queda

quer dizer que a Camara dos Representantes votou contra somente pra contrariar o Bush.
Mais engraçada ainda, foi o partido republicano (G.O.P.: Great Old Party) que votou contra. Se nem os republicanos aguentam o atual presidente, só posso desejar adeus ao Bush.

Mas e agora, vamos viver uma lenta agonia, até o próximo presidente americano assumir.

Acho impossível determinar agora quantos bancos ainda vão quebrar.

De certo mesmo, acho que só aperto nas linhas de crédito, aumento dos juros.

Recessão mundial é provável, apesar de que a recessão já vinha se desenhando com ou sem esse pacote de ajuda aos bancos americanos.

Mas McCain deu entrevista em Des Moines (ué, ele não devia estar em Washington, acompanhando a votação...) dizendo que quer voltar a mesa de negociação.

Na política, nada é simples mesmo. Mas este governo Bush está com jeito de fim de feira.

Europa em queda

Provavelmente devido as preocupações com o setor bancário na Europa.


Europe
BelgiumBel 20-132.32-4.70%2,681.799/29 12:28pm
EuropeDJ Stoxx-77.41-2.84%2,644.669/29 12:28pm
EuropeEuronext 100-20.95-2.92%696.089/29 12:28pm
EuropeEuronext 150-38.66-2.92%1,286.429/29 12:28pm
FranceCAC-118.50-2.85%4,044.889/29 12:28pm
FranceSBF 80-108.38-2.34%4,514.479/29 12:28pm
FranceSBF 120-83.52-2.78%2,920.079/29 12:28pm
GermanyDAX-161.62-2.67%5,901.889/29 12:28pm
GermanyMDAX-272.60-3.74%7,011.639/29 12:28pm
GermanyTECDAX-19.54-2.69%705.689/29 12:28pm
NetherlandsAEX-14.48-4.08%340.109/29 12:28pm
NorwayBRIX+0.70+0.02%3,924.109/26 12:00am
NorwayOSE Industry-13.84-0.82%248.379/29 12:27pm
SwedenOMX-20.49-2.49%800.899/29 12:28pm
SwedenOMSX All Share-4.66-1.76%260.289/26 12:00am
UKFTSE 100-151.56-2.98%4,936.919/29 11:28am
UKFTSE All Shares-76.19-2.95%2,505.789/29 11:28am
UKFTSE Eurotop-66.11-2.81%2,283.049/29 11:28am
UKFTSE Techmark-34.61-2.41%1,403.149/29 11:28am

domingo, 28 de setembro de 2008

GARCH


Alguém entende do assunto.
Estou lendo a respeito, achei o assunto bastante complexo para entender.
Agradeceria sugestão de material de leitura, gostaria de material para 'leigos', pois não sou estatístico nem matemático de formação.

Problemas com bancos

O Fortis tem duas alternativas: ser comprado ou falir, e em meio a esse dilema, o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, teve conversações emergenciais com parlamentares holandeses e belgas, as duas nacionalidades do banco, para tentar restaurar a confiança na instituição.

Trichet teuniu-se com o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, em uma tentativa de assegurar o futuro do Fortis, incluindo uma venda parcial ou total ou algum tipo de intervenção estatal, disse uma fonte próxima à situação.

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O Fortis foi o banco que comprou o ABN Amro, em conjunto com o Santander e o Royal Bank of Scotland.

Com bancos deste porte quebrando, não tem como a gente escapar. Aliás, vai pensando em qual banco você vai deixar seu dinheiro.

Fundos imobiliários

Sempre penso em investimento em imóveis, gostaria de ter alguns imóveis na carteira de investimento para longo prazo

Mas fico sempre desestimulado a comprar quando penso na vacância, problemas com inquilino, contratação de imobiliária e advogado, manutenção do imóvel.

Neste sentido, venho namorando fundos imobiliários já há bastante tempo.

Eu tenho olhado o fundo Europar, Euro11. Tem dado rentabilidade de 1,3% ao mes, desde janeiro deste ano.

Chegou bater R$160 este ano. Agora vale uns R$144,oo.

Com a atual crise imobiliária no hemisfério norte, será que cai mais um pouco de preço...

Outra dificuldade que estou encontrando: nem descobri ainda quais os imóveis que compõe o investimento. Sei que o fundo é administrado pela Banif, e só.

POP

Algum tempo atrás, a bovespa incentivou as operações estruturadas com opções, chamando de POP, Proteção de Investimento com participação.

Funciona assim:

a) Compra do papel - X lotes
b) Compra de opção de venda - X lotes
c) Venda opções de compra - Y lotes num strike de preço S

Neste caso, o investimento tem proteção até o nível mínimo de S. Em caso de alta, o investidor recebe apenas Y/X da alta que ocorrer.

O único detalhe, estes POPs têm liquidez bastante baixa.

Eu acho que os motivos para a baixa liquidez são falta de liquidez nas opções de venda e investimento relativamente complicado para o investidor comum.

E vem empacotado. O site da bovespa indica que é possível desmontar a operação, mas é complicado.

Mas deve ter sido vantajoso para os poucos que se atreveram a entrar na compra, depois de toda esta baixa.

Sobre médias móveis

Quando usamos duas médias móveis no gráfico de ações estamos comparando coisas diferentes.

Por exemplo, comparar média dos últimos 10 dias versus a média dos últimos 30 dias, estamos comparando o ponto médio de 5 dias atrás contra o ponto médio de 15 dias atrás.
Isto não parece fazer muito sentido, comparar coisas diferentes.

Na média móvel de 10 dias, o peso do último dia é muito superior ao efeito que existe na média de 30 dias. Se usarmos uma média exponencial, estamos colocando mais uma variável no sistema, o que pode trazer mais uma perturbação ao sistema. Ademais, qual critério utilizar para estabelecer o peso na média exponencial.

Ainda assim, o sistema funciona. Apenas temos de saber quanto é devido ao acaso, e quanto é devido a eficiência do sistema.

Pelo sim, pelo não, olho sim as médias móveis, mas sempre olho outros indicadores de tendência.

Crise se avizinhando

As 138 mil lojas de material de construção no país registraram forte redução da demanda nas duas últimas semanas, revela a associação do setor.
"O varejo de material de construção sentiu uma retração anormal nas vendas nos últimos 10 ou 12 dias", disse Cláudio Elias Conz, presidente da Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção) e membro do Conselho Curador do FGTS. A demanda do varejo responde por 77% da receita da indústria de material de construção.
Segundo ele, o comportamento do consumidor é reflexo direto das notícias da crise financeira no mercado mundial.
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será que a crise chegou por aqui no Brasil.
Então o consumidor brasileiro não é alienado, está muito antenado com as informações do noticiário econômico. Quais os próximos eventos, queda do consumo de duráveis, afetando empresas como Gerdau e Usiminas, depois a vez dos não-duráveis e semi-duráveis, problemas para empresas de bens de consumo e varejo.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Sadia perde R$ 760 milhões no mercado

Empresa é a primeira não-financeira no país a admitir

prejuízo com crise e pode ter prejuízo de R$ 200 milhões neste ano

Diretor financeiro da Sadia é trocado; para analistas, outras

empresas que estão alavancadas em dólares podem ter problema

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Já pensaram se tivesse alguma forma de responsabilizar diretamente este executivo pelo erro, quero ver de onde o cara ia tirar o dinheiro para pagar a conta.

Mas a queda do preço da SDIA4 hoje foi exagerada. Será que abriu uma janela de oportunidade de compra, ou um prejuízo deste tamanho compromete de tal forma o futuro da empresa.


O volume exportado pelo Brasil está estagnado e o crescimento vigoroso das vendas externas é sustentado apenas pelos preços, que ainda não sentiram o impacto da queda das commodities no mercado internacional. No acumulado de 12 meses até agosto, a quantidade embarcada subiu insignificante 0,5%, conforme a Fundação Centro de Estudos do Comércio Exterior (Funcex).

É o quinto mês consecutivo, também na comparação em 12 meses, que o volume vendido ao exterior cresce abaixo de 1%, com exceção de julho, que registrou alta de 1,2%. De janeiro a agosto, a quantidade exportada chegou a recuar 1,4%. "Na melhor das hipóteses, a tendência é de estagnação do volume exportado até o fim do ano", diz Fábio Silveira, economista da RC Consultores.

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Indicadores aos quais devemos ficar atentos. O governo brasileiro não tem feito nada para ajudar as exportações.

E se vier uma recessão à frente, é para o Brasil sofrer bastante.

Como no cinema, prendam os suspeitos de sempre

O mercado precisa de volatilidade para funcionar. Sem volatilidade, não têm negócio. Partindo-se do princípio econômico de que os agentes são racionais e agem segundos os princípios de maximização de riqueza, cabe aqui a seguinte pergunta: "Como é que acontecem os negócios?" Justifico a pergunta.

Se todos os agentes são racionais, se o mercado é razoavelmente eficiente, ou seja, as informações básicas estão divulgadas e todos têm acesso a elas, como é que existem operações? Afinal, deve ser bem difícil numa operação as duas partes saírem ganhando. A maior parte dos mercados, pelo menos em termos monetários, ou financeiros, são do tipo "zero sum game" (jogo de soma zero).

Ora, se as transações ocorrem o tempo todo, alguma coisa talvez não esteja correta no meu raciocínio até aqui, pelo menos parcialmente. Vamos explorar um pouco a questão.

Talvez os agentes econômicos não sejam tão racionais como se pressupõem. Se isso for parcialmente verdadeiro, alguns ajustes devem ser efetuados nos modelos de análise de decisão. Sou tentado a crer, até pelas minhas atitudes enquanto investidor e consumidor, que não trabalhamos com todas aquelas curvas, equações e gráficos que a microeconomia e as finanças sugerem. Nesse ponto, talvez deixemos um pouco a desejar.

Domingos Pandeló, no Valor Econômico

Motivado pela indignação com os altos salários dos executivos de empresas financeiras que quebraram, o Congresso americano pretende limitá-los como parte do pacote de resgate de US$ 700 bilhões. Um acordo de princípios forjado por líderes do Congresso ontem exige que o Tesouro dos Estados Unidos fixe "padrões para evitar remuneração de executivos excessiva ou imprópria para companhias participantes" do pacote de resgate.

Ainda não está claro se as novas regras diminuirão a remuneração dos diretores-presidentes. Tentativas anteriores de regulamentar os salários de executivos às vezes tiveram o efeito colateral de aumentá-los, ao estabelecer tetos que se tornaram pisos, ou legitimar práticas que até então eram raras.

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De um lado, a gente tem de achar estranho mesmo, um CEO conduz uma empresa em direção ao abismo, depois é demitido, e indenizado.

Mas estabelecer limite a remuneração, inacreditável pensar que tal idéia iria surgir nos USA.

E que tal responsabilizar os administradores das empresas pelos problemas que causam. Bom, acho que nenhum deles iria conseguir pagar os prejuízos.

Varejistas repassam a elevação dos juros

Os consumidores podem não ter se dado conta, mas as varejistas de eletroeletrônicos e móveis estão repassando aos poucos a elevação da taxa de juros desde que a Selic começou a subir nos últimos meses. Os aumentos estão sendo feito a conta gotas para torná-los imperceptíveis e não assustar os clientes das lojas.

Pesquisas feitas pela firma Shopping Brasil, que coleta dados sobre as promoções anunciadas pelas varejistas em jornais e revistas no país, mostram que os juros médios cobrados subiram de 4,3% ao mês em junho para 4,9% ao mês em setembro. A empresa vende essas informações para as próprias redes de eletrodomésticos, que acompanham seus concorrentes.

Uma das armas usadas pelo varejo foi aumentar o número de parcelas para fazer com que o valor da prestação continuasse cabendo no bolso do consumidor. Até junho, cerca de 52% dos planos ficavam entre 9 e 12 vezes. Mas, a partir de agosto, passaram a predominar os planos com mais de 12 pagamentos, que hoje já representam 50% das ofertas, diz José Resende, presidente da Shopping Brasil. A Casas Bahia foi uma das redes que usou desse recurso.

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A crise foi causada pelos norte-americanos, mas o mundo inteiro vai pagar o preço.

As linhas de crédito começam a escassear, juros vão subindo. E agora chegou a hora do consumidor brasileiro também dar sua contribuição.

Realmente, não dá para fingir que não é com a gente, nem falar que o Brasil está blindado.


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Você pediria dicas sobre investimentos a uma vidente?

"Você está infeliz, desanimado? Tem tido mais azar do que de costume?" Estas palavras impressas em um volante afixado no interior de um vagão do metrô lotado, na semana passada, referiam-se aparentemente ao sentimento de ansiedade geral alimentado pela extraordinária montanha-russa financeira em que o país foi atirado. A propaganda da vidente prometia "resultados garantidos em 24 horas para qualquer problema".

Existem centenas de videntes profissionais e conselheiros espirituais de alto nível na cidade, prontos para satisfazer a sede de informações sobre as forças que controlam a nossa vida. E agora, com a turbulência que varre os mercados financeiros, alguns videntes falam mesmo que está havendo um boom em seus negócios, relacionado às profundas preocupações das pessoas com dinheiro.

"Antes o problema era apenas o amor. Agora é o dinheiro", disse Mary T. Browne, que a revista Forbes já definiu como a "vidente ouvida por Wall Street", porque entre seus clientes há executivos do setor financeiro, além de várias celebridades. "As pessoas não pensam no amor quando não conseguem pagar o aluguel. O amor é maravilhoso até que você precisa se preocupar com a sobrevivência, mas, hoje em dia, ninguém mais pode contar com uma proteção segura."

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é, tá certo, quando AT, AF, B&S, GARCH, regressão, estatística, probabilidade, nada mais funciona,
porque não tentar uma abordagem esotérica....

Corretoras querem popularizar opções

As corretoras de valores que disseminaram o home broker para operações no mercado à vista querem incrementar os negócios de pessoas físicas com a popularização do mercado de opções. O consenso entre elas é que trata-se de um mercado de alto risco, mas que pode trazer rentabilidades mais interessantes. Trata-se hoje do mercado de menor participação no volume movimentado na Bovespa.
De janeiro a agosto, dado consolidado pela bolsa, as opções responderam por 3,36% da negociação, 4,02% veio do mercado a termo e o restante, à vista. Só ontem, enquanto os negócios à vista movimentaram R$ 3,66 bilhões, o giro no mercado de opções foi de R$ 172,9 milhões. De olho no potencial de crescimento, a Win Trade está criando um site específico com estratégias e simuladores de opção de compra e de venda, para ajudar o cliente a entender melhor o mercado e se tornar participante.
"Queremos popularizar o mercado de opções", diz José Góes, analista da Win Trade. Ele afasta do iniciante transações complexas, como o "put sintético" (venda de ação alugada e compra de opção), só feito por investidores muito experientes, e aconselha começar pelas operações clássicas, como compra seca (sem ter a ação) e venda coberta (já com a ação).

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atraindo sardinhas para os tubarões....

Keynes, ainda a velha solução

Sir John Maynard Keynes, se vivo, estaria dando gargalhadas. Afinal, anos seguidos de primazia absoluta da doutrina do liberalismo econômico conseguiram apenas provar que o mercado, completamente livre das amarras da intervenção do Estado, não é capaz de se auto-regular e muito menos de impor limites à sua atuação.

O presidente da SEC (o órgão regulador americano do mercado de títulos), Christopher Cox, reconheceu muito tardiamente, na terça-feira, ao falar ao lado do secretário do Tesouro, Henry Paulson, e do presidente do Fed (o BC dos EUA), Ben Bernanke, no Capitólio, de que deu em nada a iniciativa de regulação voluntária colocada à disposição dos bancos de investimento pelas autoridades.

O republicano Cox, alvo de severas críticas até mesmo por gente do seu partido (McCain encabeça a lista), admitiu que o mercado de subprime (financiamentos imobiliários de segunda linha) foi altamente manipulado, a tal ponto que mais de 50 investigações de atividades ilegais envolvendo operações com papéis do subprime estão em curso na SEC.

E, mais, Cox chamou atenção para as conseqüências no sistema financeiro de um outro "buraco" completamente desregulado, relacionado às operações envolvendo títulos de créditos em default ("credit default swaps" ou CDS), cujas posições dobraram de valor nos últimos dois anos. Chegam hoje a cerca de US$ 58 trilhões em termos "nocionais", considerando a dupla contagem das posições de compra e de venda nos mercados, lastreadas em um mesmo ativo financeiro.

Investidor reclama de Tenda e vê risco de contaminação

A governança empresarial do Novo Mercado foi colocada em xeque por um grupo de investidores estrangeiros que enviou carta à BM&FBovespa, reclamando da aquisição da Tenda pela Gafisa, por meio de uma incorporação, e pedindo providências.

A queixa foi encaminhada à bolsa, com cópia para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). O documento é de autoria do fundo londrino Foreign & Colony (F&C), focado em mercados emergentes, gestor de US$ 203 bilhões em recursos. A carta é endossada por doze outros gestores de recursos que, juntos, administram US$ 1 trilhão.

Trata-se do mesmo grupo que viu na aquisição da Aracruz pela Votorantim Celulose e Papel (VCP) riscos para a credibilidade do mercado brasileiro, especialmente, em função da previsão de incorporação das ações preferenciais da Aracruz. Embora a lei não garanta oferta por alienação de controle aos detentores de ações sem direito a voto e as companhias não integrem nenhum nível de governança da bolsa, o grupo pleiteou ao regulador oferta para os papéis da Aracruz.

Os investidores enfatizam que têm compreensão de que ambas as operações - Tenda e Gafisa e Aracruz e VCP - estão de acordo com a legislação societária brasileira. No entanto, destacam que as duas transações minam o espírito da boa governança no Brasil e danificam a fé da qualidade e na integridade do mercado local.

Fundos blindados contra a interferência humana

Você se lembra do computador HAL-9000, do filme "2001, uma Odisséia no Espaço"? Pois bem, logo ele estará operando no mercado, nos fazendo desejar que ele ao menos não crie os mesmos problemas retratados no filme, quando tentou assumir o controle da espaçonave.

Para eliminar a interferência humana nos chamados fundos quantitativos, todas as decisões de compra e venda de ativos são tomadas de acordo com regras claras, quase sempre implementadas por computadores. Os fundos quantitativos mais sofisticados são, inclusive, chamados de "black-box" (caixas-pretas), pois milhares de ordens de compra e venda de ativos são criadas por um programa de computador e enviadas eletronicamente para as bolsas de valores ou de futuros.

Existem muitos exemplos de fundos quantitativos com um longo histórico de bom desempenho. Entre eles, o Medallion Fund, de James Simmons, com retornos anuais de 35% desde 1989. Sua empresa, a Renaissance Technologies, administra mais de US$ 25 bilhões e é famosa pelo grande número de PhDs entre seus funcionários.

Críticos combatem plano, mas não apontam opções

O plano lançado pelo governo americano para conter a crise financeira foi bombardeado por críticos nos corredores do Congresso e nos centros acadêmicos mais prestigiosos, mas até agora ninguém parece ter encontrado soluções alternativas capazes de ao mesmo tempo restaurar a credibilidade dos bancos americanos e suprir o oxigênio de que o sistema tanto necessita agora.

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Na verdade ninguém sabe o tamanho do problema. Nem tem como prever quais mercados podem ser contagiados, bem provavelmente todos os mercados iriam sofrer.

Gestão de Recursos

Apesar da turbulência dos mercados, a maioria dos investidores está conseguindo evitar sacar o dinheiro da bolsa no momento errado, diz Dany Rappaport, da empresa de consultoria de investimentos InvestPort. Com uma carteira de R$ 85 milhões de recursos de clientes, Rappaport disse que teve apenas um investidor que resolveu sair dos fundos de risco e voltar para o grande banco onde aplica. "Depois que ele saiu, o fundo onde ele aplicava se recuperou, ganhou 7% em um só dia e virou o melhor do mês", lembra.

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E tem outro jeito, pra quem está comprado e é pego em quedas da semana passada, não tem defesa.
Realiza o prejuízo ou fica esperando melhorar.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

''Compre minha porcaria''

No fim de semana, foi lançado o site buymyshitpile.com (em uma tradução livre, compremeumontedeporcaria.com, onde os internautas devem "inscrever" as porcarias que querem vender ao governo americano).

"Ei, Washington, será que você pode comprar meus maus investimentos também? O que acontece em Wall Street afeta a vida real - compre meu monte de porcaria também, Henry". Entre os "ativos podres" que os internautas querem vender estão a Alitalia, ações de empresas pontocom falidas e móveis velhos de jardim.

Começou a circular pela internet uma mensagem de correio eletrônico que imita um golpe famoso da rede, conhecido como esquema nigeriano (Nigerian scam). O e-mail original oferecia uma soma milionária em dinheiro para o internauta ajudar alguém a tirar dinheiro da Nigéria, que estaria bloqueado por motivos legais ou políticos.

O e-mail que satiriza a crise imita a mensagem do esquema nigeriano. Escrito num inglês ruim, começa dessa forma: "Prezado americano: Preciso pedir seu apoio numa relação de negócios secreta e urgente, com transferência de fundos de grande magnitude. Sou Ministério do Tesouro da República da América (sic). Meu país está tendo uma crise que causou a necessidade de transferência de fundos de 800 bilhões de dólares US. Se você me apoiar nessa transferência, será bastante lucrativo para você."

A mensagem, falsamente assinada por Paulson, continua: "É um assunto de grande urgência. Precisamos de um cheque em branco. (...) Por favor, mande o número de sua conta bancária da Previdência e do fundo para universidade e os números de seus filhos e de seus netos para wallstreetbailout@treasury.gov para que possamos transferir sua comissão pela transação."



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posso oferecer umas ações da Agrenco ou Cosan. Talvez dê para oferecer algumas da Positivo, também...

US$ 2,6 bi deixam País em 1 semana

O agravamento da crise externa, a partir da derrocada do banco de investimento Lehman Brothers, inverteu os sinais do fluxo de capitais financeiros no Brasil em setembro. Em apenas uma semana, o indicador que mede o movimento de dólares no chamado câmbio financeiro - que inclui investimentos em ações e títulos da dívida, além de remessas de lucros, entre outros - registrou saídas de US$ 2,680 bilhões, entrando no terreno negativo. Segundo o Banco Central, o mercado acionário foi a principal vítima da fuga dos investidores.

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o valor é metade do giro diário da Bovespa, deveria ser pouco. Mas esta pequena saída de capitais causa uma queda deste tamanho na bovespa?

Pequenos afastam-se dos fundos de ações

A parcela de recursos dos pequenos investidores aplicada em fundos de ações caiu desde maio, segundo relatório do site financeiro Fortuna. Em 20 de maio, quando o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) bateu seu recorde de pontuação, fechando aos 73.516 pontos, o patrimônio dessas aplicações representava 14% das reservas de 516 fundos de varejo oferecidos pelos principais bancos comerciais do país, selecionados pelo Fortuna.

Na última sexta-feira , esse percentual havia caído para 10%, enquanto a fatia destinada aos fundos referenciados DI, de curto prazo e de renda fixa aumentou de 77% para 81%. Já os multimercados e balanceados, que representavam 9% da carteira dos investidores, passaram a corresponder a 8%. Até fundos DI e de renda fixa registraram saques na semana passada. A mudança do patamar dos fundos de ações, de acordo com o Fortuna, não tem a ver com resgates.

O fluxo líquido entre aplicações e saques neste período, aliás, se manteve estável. O problema foi o péssimo retorno conseguido pela aplicação. Só em rentabilidade, os fundos de ações perderam R$ 13,9 bilhões nos quatro meses desde maio. Em contrapartida, os fundos referenciados DI, de curto prazo e de renda fixa perderam R$ 13,3 bilhões com resgates, apesar de terem registrado ganho de R$ 7,7 bilhões .
Para muitos dos varejistas do país, o próximo período das festas de fim de ano começa a se delinear como o mais crítico desde a recessão no início dos anos 80. As redes que já não são muito lucrativas poderão acabar sendo os fantasmas de Natais passados.
Os comerciantes de varejo não apenas lutam com uma economia desacelerada e consumidores mão-fechada, mas a crise de crédito dificulta que financiem suas operações. A maioria dos varejistas que ainda não quebraram conseguiram adquirir seus estoques de inverno, mas isso ocorreu antes que Wall Street caísse de joelhos.
Com o arrocho do crédito persistindo, os profissionais do setor agora pensam que qualquer rede de varejo fraca que apresente um desempenho abaixo da média para o Natal será uma candidata ao colapso no início do próximo ano.

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varejo no Brasil é movido a crédito, até venda de roupa e alimentos dependem de crédito.
Quem já na Lojas Renner e na C&A, ou no Extra e Wal-Mart sabe como é ser abordado toda hora com oferta de cartão de crédito.

Mobius, gestor de US$ 40 bi, diz que a hora é de pechinchas

A desaceleração econômica dos EUA pode ser mais curta do que o esperado e quem investe na compra de participações deve começar a procurar pechinchas, depois da queda registrada neste ano, disse Mark Mobius, presidente-executivo da Templeton Asset Management Ltd. "Simplesmente não vejo uma recessão longa e prolongada", disse ontem Mobius, gestor de cerca de US$ 40 bilhões em ações de mercados emergentes, na conferência Super Return Asia, em Hong Kong. "Há uma oportunidade para comprar em baixa neste momento e vender em alta no próximo ciclo."
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Vontade de comprar não falta.
Falta apenas a coragem.

Eu já perdi uma excelente oportunidade em 2002, quando devia ter dado um 'all-in' na bovespa.
Mas na conjuntura atual, não teho coragem ainda, não tenho certeza de quanto tempo vai demorar para essa crise passar.

Como funcionam os principais sistemas de amortização utilizados no País

1. Sistema de Pagamento único: Um único pagamento ao final do período contratado.
2. Sistema da Tabela Price ou Francês (Price): Os pagamentos (prestações) são iguais durante todo o período do financiamento.
3. Sistema de Amortização Constante (SAC): A amortização da dívida é constante e igual em cada período.
4. Sistema de Amortização Misto (SAM): Os pagamentos são a média entre as prestações dos sistemas Price e SAC.
5. Sistema Americano: Pagamento no final com juros calculados a cada período.

Itaú ganha mercado com crise americana

Ao contrário dos bancos norte-americanos, as instituições financeiras brasileiras não têm, por enquanto, motivos para reclamar da crise e estão aproveitando o momento do mercado para ganhar novos clientes.
Só na última semana, o Itaú Private Bank levantou a captação de cerca de R$ 700 milhões de novos recursos, que devem entrar para a carteira do banco, com os clientes optando pela migração do seu patrimônio em instituições estrangeiras com o agravamento da crise no mercado financeiro nos Estados Unidos. "Nós mapeamos esse fluxo de recursos em apenas dois dias durante o pico da crise que abalou os bancos de investimento levando a queda do Lehman Brothers e a compra do Merrill Lynch pelo Bank of America", diz Paulo Corchaki, diretor de investimentos do Itaú Private Bank.

Gestora coreana obtém aval da CVM

A Mirae Asset Global Investments, uma das maiores gestoras de recursos da Coréia do Sul, obteve no último dia 12 licença da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para começar a operar no Brasil. A empresa alugou um andar inteiro em um prédio na Avenida Juscelino Kubitschek, número 1455, na região que se tornou o novo centro financeiro da capital paulista. Atualmente, são 15 profissionais, mas os planos da gestora incluem a contratação de cerca de 40 pessoas até fim do ano. Eles trabalharão tanto na gestão de fundos quanto na corretora. Uma parte da equipe se dedicará a analisar as empresas brasileiras para clientes locais e internacionais. Além da gestora, a Mirae também já solicitou licenças para um banco de investimento e uma corretora no Brasil.

A Mirae é atualmente uma das maiores investidoras do mundo em ações de mercados emergentes, com um patrimônio total sob gestão de US$ 121 bilhões, informa a instituição. A empresa - , que inclui também um banco de investimentos e uma corretora internacional bastante ativos - foi criada em 1997, em plena crise dos mercados asiáticos, por Park Hyeon Jooe, e tem na Coréia do Sul um patrimônio sob gestão de US$ 73 bilhões. Em entrevista exclusiva ao Valor em junho, executivos da gestora atribuíram o interesse pelo Brasil pela recente abertura do mercado aos investimentos no exterior. Hoje, os fundos em geral podem aplicar 10% de seu patrimônio lá fora, percentual que sobe para 20% no caso dos multimercados e para 100% nos fundos com aplicação acima de R$ 1 milhão. A idéia é se colocar como especialista em mercados asiáticos para os gestores e investidores brasileiros.

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excelente notícia!

Com a crise, investidores sacam de carteiras de ações

É preciso ter estômago para agüentar a enorme volatilidade que vem tomando conta dos mercados nos últimos meses. O forte vai-e-vem observado na semana passada, por exemplo, foi demais para muitos investidores que aplicavam em fundos de ações ou mesmo em multimercados, e que resolveram sacar de suas aplicações.

Segundo dados do relatório do site financeiro Fortuna, do total de R$ 440 milhões de resgates nos fundos de ações no mês até o dia 19, mais da metade, ou R$ 263 milhões, ocorreu na semana passada. Vale lembrar que os resgates são pequenos ante o total de R$ 68,715 bilhões presentes em fundos de ações. Em termos de rentabilidade, no mês, a categoria registra perdas de 5,99% para uma queda de 4,71% do índice. Já no acumulado do ano, a perda média dos fundos de ações chega a 20,09%, para 16,95% do Ibovespa até o dia 19.

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quem saiu, realizou a perda, quem aguentou continua com esperança de recuperar.

e aqueles que aplicam em fundos são investidores pequenos, que não gostam ou não querem operar ações diretamente. Então, o dado acima mostra poucos investidores fugindo da queda. Vai em linha com o que os consultores e especialistas recomendam em relação a bolsa de valores. Bolsa é para longo prazo.

Quem deve ter fugido foi o investidor estrangeiro. E parece que aqueles rumores sobre um fundo quase quebrando podem ter ajudado na queda, inclusive no preço de liquidação que ficou a Usiminas.

Por crise, BC muda regras de leasing e libera R$ 13 bi

A forte retração na disponibilidade de dinheiro nos mercados internacionais fez com que o Banco Central alterasse algumas regras do recolhimento compulsório de recursos no País, o que irá liberar às instituições financeiras cerca de R$ 13 bilhões, dando mais fôlego ao mercado de crédito brasileiro.

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e os juros por aqui, ouvi na radio CBN matéria onde informavam que a decisão acima indicava sinal de que o COPOM poderia parar de subir a taxa SELIC.

mas se as linhas de crédito podem escassear, não seria ao contrário, acho que a taxa deveria subir.

Na Ásia, tudo calmo

Calmo, não.
Está até em alta interessante.
Na Europa, tudo parece tranquilo também.
A continuar assim, acho qu vamos ter um dia tranquilo na bovespa.


Asia Pacific & Australia N/A
AustraliaASX 100+46.60+1.16%4,062.409/24 5:00pm
AustraliaASX All Ords+50.50+1.02%5,008.209/24 5:00pm
AustraliaASX Mid-cap 50+79.60+1.66%4,887.309/24 5:00pm
Hong KongHang Seng+89.14+0.47%18,961.999/24 5:48pm
Hong KongHSCC Red Chip+26.13+0.72%3,674.789/24 4:35pm
JapanNikkei 225+24.44+0.20%12,115.039/24 4:30pm

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Altruísmo ou senso de negócio

Olha o Buffett comprando participação no Goldman Sachs,
estaria ajudando o banco ou ele viu um bom negócio. As ações do Goldman cairam de mais de US$230 em outubro/2008 para cerca de US$125 agora.



The billionaire Warren E. Buffett will invest $5 billion in the investment bank Goldman Sachs as part of the bank’s efforts to raise $7.5 billion in fresh capital, a Goldman spokesman said Tuesday.
In return, Berkshire Hathaway, the conglomerate run by Mr. Buffett, will receive perpetual preferred shares in Goldman, said the spokesman, Lucas Van Praag. The preferred stock will pay a 10 percent dividend.

Cosan

A Cosan, principal produtora de açúcar e etanol do País, vai elevar seu capital social em cerca de R$ 880 milhões. Os recursos serão utilizados nos negócios de açúcar e álcool da empresa e também na Esso, recentemente adquirida. Com a operação, o capital da companhia passaria dos atuais R$ 2,9 bilhões para aproximadamente R$ 3,8 bilhões.

A empresa vai emitir 55 milhões de novas ações ordinárias. Os novos papéis corresponderão a 20,18% do total de ações da Cosan. A operação foi aprovada na reunião do Conselho de Administração da companhia realizada na última sexta-feira.

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Quem tem ações da Cosan, convidado para por mais dinheiro na empresa! Senão, vai ter capital diluído.

Pergunta: a COSAN3 foi lançado no Novo Mercado. Se foi, qual a vantagem que o acionista teve até agora.

Além de ação, encanador e até vidraceiro

Nestes tempos bicudos, qualquer coisa que facilite a vida do investidor é bem recebida. Mesmo que não tenha nada a ver com a bolsa. Pensando nisso, a Gradual Corretora fechou parceria com a Europa Assistance para oferecer serviços pessoais para os seus clientes de bolsa ou de fundos de investimento. O Gradual 24 horas é grátis para quem tem custódia, negocia ações ou tem cotas de fundos da corretora. Por enquanto, a corretora terá exclusividade entre as corretoras, explica Marcelo Smarrito, diretor da Gradual.

Entre os serviços estão encanador, eletricista, vidraceiro, hospedagem de animal de estimação, faxineira, chaveiro, informações médico-hospitalares, baby-sitter, entre outros. Há ainda comodidades como assistência em caso de acidentes em casa, motorista, locação de carros, táxi 24 horas, indicação de advogados e despachantes, reservas em hotéis e restaurantes e compra de entradas em shows e teatros no Brasil e no exterior. E assistência para autos, incluindo socorro mecânico, reboque, chaveiro e troca de pneu. Tudo grátis, dentro de determinados limites.


Fundo encontra no boi a proteção para as quedas

A aposta na arroba do boi foi a responsável pela maior parte dos ganhos do fundo Guepardo 30 FIM LP. Nos últimos 12 meses, até o dia 18, a carteira acumula rentabilidade de 68,26% ante 11,36% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) no período. Segundo Otávio Magalhães, sócio da Guepardo Investimentos e responsável pelo fundos, o boi gordo estava muito depreciado desde 2006. "Ele chegou a cair mais, bateu a mínima em 17 de setembro, e depois virou e a expectativa é de que a arroba (15 quilos) continue em alta até 15 de novembro, pelo menos", diz Magalhães.

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até existe sistema para operar mini-contratos futuros de boi gordo na BM&F, mas a liquidez é terrível.
Pra contratos futuros de commodities, ou você é um grande player, ou entra via fundos.

Desregulamentação perde defensores

Os 30 anos da era da desregulamentação tiveram um fim súbito e surpreendente em 16 de setembro. Tarde naquela noite, o Federal Reserve (Fed) sacou US$ 85 bilhões para tomar uma participação sem precedentes de 80% na American International Group (AIG), para salvar a gigante dos seguros que estava soçobrando. Menos de duas semanas antes, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry M. Paulson Jr., havia anunciado que o governo federal estava assumindo a Fannie Mae e a Freddie Mac, as colossais agências hipotecárias. De repente, o setor financeiro dos EUA não conseguia mais sobreviver sem a ajuda do governo.

Desde os dias distantes em que Jimmy Carter era o presidente americano, regulamentação é um palavrão em Washington. Nesse tempo todo, políticos dos dois partidos competiram para ver quanto da economia eles conseguiam libertar do jugo opressor do governo. O movimento pela desregulamentação começou quando Carter sancionou a Lei da Desregulamentação Aérea de 1978. Posteriormente, quando ela se espalhou para vários setores, como o de transporte rodoviário de cargas, telecomunicações e serviços financeiros, o grito de guerra foi o mesmo: menos regulamentação, mais crescimento.

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proibiram o short selling...

Qual próximo passo, proibir securitização de recebíveis, ou talvez acabar com mercado futuro...

Um drible na crise

A forte turbulência dos mercados financeiros na semana passada foi uma prova de fogo para os gestores de recursos, em especial os dedicados aos fundos mais agressivos, os multimercados. Levantamento feito pelo Valor com dados do site Fortuna mostra que poucos conseguiram passar pelo furacão incólumes. E um número ainda menor conseguiu ganhar dinheiro com a crise. Entre os fundos de arbitragem, ou long/shorts, de uma amostra de 54 carteiras, apenas 14 terminaram a semana encerrada dia 18 no azul. Já nos multimercados de gestores independentes, de 66 carteiras, 24 saíram sem perdas no período.

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então não teve muita vantagem em estar neste tipo de fundos.
Sempre ouvi falar de hedge, mas não consegui nunca ser eficiente no uso destes instrumentos:

- opções: conseguem pouca defesa, contra drawdowns como nestes últimos dias nem tem como usar
- índice futuro: quem seria louco de ficar posicionado o tempo tempo no índice... Isto custa caro em termos do ajuste diário. Além disso, se deixar 100% protegido, o que ganha-se no índice, perde-se na carteira, ou pode-se até perder nas duas pontas, se a carteira não replicar exatamente o Ibov
- Termos: não sei usar...
- aluguel de ações: como doador, taxas baixas, poucos negócios. Como tomador, nunca tentei

Preconceito

Ouvi pelo rádio agora uma crítica muito dura do presidente Lula sobre os especuladores.

Segundo ele, investimento bom é aquele que gera empregos.

Eu acho que isso é preconceito e falta de conhecimento sobre os mercados. Mas quando um presidente popular como ele fala, a população pode aceitar tais afirmações como verdade absoluta.

Planejamento da aposentadoria

Eu sempre guardei dinheiro pensando na minha aposentadoria.
Comecei com cerca de 80% em RF. Sucessivos aportes e uma bolsa em alta por 5 anos me levaram a ter mais de 50% em RV.

Depois de toda esta crise, meu capital total parece ter sofrido uma queda substancial.

Qual o plano agora, "Hold Steady", troca de posição, troca de mercado, fazer hedge.

Ainda tenho alguns anos até vestir o pijama. Sinceramente, não vejo muita opção senão manter as aplicações como estão. Não tem como defender queda, pois esta minha carteira não é de trader, pra ficar pondo stop-loss.

A única vantagem é que tenho ação comprada a mais de 10 anos, então o preço médio está lá em baixo.

E vocês, que fariam...

Spending (a Bit) Less in Retirement

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Alta do Petróleo e Mercado Futuro

Parece que a alta de hoje do petróleo está de alguma forma relacionado ao vencimento dos contratos de Outubro.

Interessante notar que o preço futuro do barril para novembro ficou em $108,63.

Então, será que o preço do petróleo vai amanhã...


Oil rose to its highest since Aug. 21 yesterday as traders scrambled to unwind positions on the October contract, the dollar declined the most against the euro since January 2001 and on speculation a proposed $700 billion U.S. bailout package for the finance industry may bolster the economy and shore up demand.

``The dollar will be the focal variable in the coming days because the Treasury proposition and the bailout plan could have a significant impact on the dollar,'' said Christopher Edmonds, the managing principal of FIG Partners Energy Research & Capital Group in Atlanta.

Crude oil for November delivery fell 74 cents, or 0.7 percent, to $108.63 a barrel at 9:13 a.m. Sydney time on the New York Mercantile Exchange. Yesterday, the contract rose $6.62, or 6.4 percent, to $109.37 a barrel.

(da Bloomberg)

No fim, ficaremos sem usar o FGTS pra comprar Petro

O governo desmentiu o que estava anunciando e disse que não pensa em capitalizar a Petrobras vendendo ações para o FGTS. Realmente, neste momento de volatilidade, seria uma loucura. Ninguém sabe para onde vão as bolsas. Uma operação assim, nesta altura dos acontecimentos, poderia trazer grandes perdas para o poupador, o dono do Fundo, que é o trabalhador. Depois que passar o pior da tempestade, pode-se até pensar nisso, mas agora?

Miriam Leitão

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Esta alegria durou pouco, eu certamente iria participar. Agora, vou ter de entrar com minhas reservas para comprar mais Petro.

Mas me parece, de um lado uma certa ganância do governo.
Por outro lado, um certo paternalismo, tipo deixa que eu decido para você como utilizar o seu dinheiro do fundo.

É pena, eu acho que democratizar a propriedade da Petrobrás com a população é uma das coisas mais sábias a fazer. E também uma forma muito moderna e justa do povo participar do crescimento do país.

Ouvi uma reportagem no rádio de que o governo tem medo de descapitalizar o FGTS. Bom, era só estabelecer limites de aplicação, né. Pura conversa fiada.

Protegendo seu emprego

- cuidado com o medo: não deixe rumores e o medo te dominarem. Isto pode te levar a decisões intempestivas, da qual você pode se arrepender. Ainda que sua empresa não esteja na situação do Lehman ou AIG, mantenha seu currículo pronto e atualizado. E nem adianta sir perguntando pedindo emprego pra sua rede de relacionamento, a resposta costuma ser negativa. Em vez disso, tente uma entrevista informal com alguma pessoa desta outra empresa que você almeja.

- se sua empresa está passando por cortes, pouco existe a fazer. Demonstre que suas habilidades e contribuições são importantes para sua empresa. Até certo ponto, ajuda ter uma amizade com sua chefia. Mas mantenha o foco em fazer um bom trabalho, não importa quão preocupado você esteja.

- caso sua empresa esteja sendo adquirida, mantenha a calma. Esta pode ser uma oportunidade em termos de experiência muito importante. Lembre-se, nem todo empregado da empresa adquirida será desligado.

- avalie suas competências e como você resolve problemas para seu atual empregador. Diferencie-se, enfatizando os resultados que você traz.

As estratégias são incontáveis, tem muito que você pode e deve fazer.

Os itens acima forma inspirados em reportagem do NYTimes.

domingo, 21 de setembro de 2008

'Times': funcionários do Lehman receberão bônus de US$ 2,5 bi

A equipe de funcionários do Lehman Brother de Nova York, nos Estados Unidos, deve receber um bônus de US$ 2,5 bilhões, referentes à participação nos lucros do banco de investimentos, que no início da semana anunciou falência. As informações são do Times.

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Que coisa, não.... Mas o Barclays esclareceu que considera alguns executivos como fundamentais para a continuidade dos negócios.

Isto me lembra também a taxa de performance cobrada por alguns fundos e por alguns gestores de recursos. Sempre que o investimento ultrapassa algum índice estabelecido com benchmark, cobra-se um percentual escandaloso sobre o excedente em relação ao benchmark.

E quando acontece o contrário, quando o fundo perde, nada acontece ao gestor.
Já pensou, se quando o fundo for mal, o investidor cobrasse um percentual diretamente do analista que propos a aposta perdedora.

Greater Fool Theory

Teoria do Idiota maior, não sou muito bom de tradução, mas acho que passa a idéia.

Algo assim: você compra alguma coisa, por pior que seja, na expectativa de que alguém recompre de você por um preço maior.

Como sabe a diferença entre preço e valor, não é mesmo.

Escrevi isto pensando no artista plástico inglês Damien Hirst, que vende animais conservados em formol por preços na casa de dezenas de milhões de Euros.

Mas também tem a ver com compra de ações, inclusive Small Caps. E comprar ações de empresas concordatárias, então.

Testemunha do colapso

Engraxate brasileiro que trabalha em Manhattan compara clima da última semana ao 11 de Setembro

Carioca de 29 anos, que inspirou romance best-seller nos EUA, viu demanda por seu trabalho cair na última semana

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Que é isso, nada contra engraxates, mas esse tipo de entrevista é quase surreal...

quem quiser ver, olha a Folha de São Paulo de hoje.

Lula quer capitalizar Petrobras para pré-sal

Presidente deverá permitir que os trabalhadores usem dinheiro do FGTS para uma nova rodada de investimento na estatal

Para permitir capitalização, será preciso mudar a lei; mesmo quem já tem ações compradas com o fundo poderá aplicar na empresa

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aos atuais detentores de ações da Petrobras: o governo pretende capitalizar a empresa, quem não quiser ver sua participação diluida, terá de aportar capital na mesma proporção que o governo.

Menos mal, os trabalhadores serão convidados a participar desta parte da distribuição da riqueza nacional. Mas só quem tem FGTS. Quem aplicou anteriormente nos FMP-FGTS da Petrobrás não tem do que reclamar. O dinheiro aplicado na época foi multiplicado por 8, muito mais do que se ficasse rendendo 3%+TR nas contas vinculadas do FGTS.


sábado, 20 de setembro de 2008

Mu Hak You, "o senhor do termo", perde feio na bolsa

Tudo que sobe, um dia, tem que cair. A velha e desgastada máxima desabou com toda força nos últimos dias sobre a cabeça do investidor coreano Mu Hak You, gestor e dono da GWI Asset Management. Seu fundo de ações GWI FIA foi campeão de rentabilidade por muitos anos, liderando rankings e acumulando prêmios. Em maio, quando o Índice Bovespa atingia seu recorde e cruzava a marca de 70 mil pontos, o fundo chegou a bater retorno acumulado de 777% desde o seu lançamento, em fevereiro de 2004. A carteira sempre andou muito à frente do Ibovespa, que no mesmo período ganhou 230%. A receita: risco, altas doses de risco.

Mas o GWI fez sua fama no período áureo recente da bolsa brasileira e, desde que foi criado, não havia conhecido o outro lado do mercado. Há poucos meses, de olho na elevada dose de risco da GWI, um dos maiores investidores da bolsa brasileira avisava: "no dia em que a bolsa virar, o Mu Hak You pode quebrar".

O aviso quase virou profecia nesta semana. Só na quarta-feira, quando a bolsa caiu 6,74%, o GWI FIA despencou 32,84%. No ano, o fundo acumula perda de 68,22% e, no mês, 62,52% - o pior desempenho do mercado brasileiro. Da mesma forma como sempre rendeu várias vezes acima do Ibovespa, agora o fundo amplifica a perda registrada pelo índice.

Os rumores não tardaram. Corria com força impressionante ontem, de mesa em mesa de operações, o boato de que Mu Hak You havia quebrado. Os boatos vinham acompanhados de piadinhas apimentadas - e não publicáveis. Um funcionário da GWI desmentiu os boatos. "Não é verdade que quebramos." "Não estamos com problemas de liquidez", acrescentou, completando que a empresa tem como política não se manifestar. De fato, os fundos continuam com patrimônio positivo.

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fundo para investidor relativamente qualificado. Se não me engano, tem de ter mais de R$100.000 pra entrar.

operações a termo são complicadas mesmo.

George Soros

PERGUNTA - O sr. perdeu dinheiro?
SOROS
- Não perdi dinheiro, mas tampouco ganhei. Mas não vou lhe revelar meus segredos.

PERGUNTA - O sr. é o "pai" dos fundos de hedge, cujos excessos estão no cerne da crise. Tem remorsos?
SOROS
- Não sou o pai dos fundos de hedge, mas um deles. Se pudesse voltar atrás, o que faria? Eu especularia melhor.

na folha de SP, sábado 20/set/2008

US$500 bi

US$500 bi a 1 US$1 tri
custo desta reestruturação financeira promovida pelo governo americano

conta barata, coisa de US$5.000 por família americana.

Patriotismo, segundo Mark Twain: "Defender seu país o tempo todo, e o seu governo, quando o governo merece".

E então, em qual situação os norte-americanos estão.

tempos de crise e volatilidade

Nestes tempos de crise ou alta volatilidade, como você planeja sua vida pessoal...

1) Investimentos: que tipo de investidor você vai ser. Como você reage a estes movimentos da Bolsa, eles te perturbam
2) Aposentadoria: vc tem reserva pra se aposentar, mas onde você vai deixar seu dinheiro aguardando ahora de vestir o pijama
3) Seguros: seus bens, em especial imóvel e carros tem de estar protegidos. Você tem seguro de vida para proporcionar segurança para sua família. E se seu seguro tivesse sido feito pela AIG americana.
4) Emprego: tempo de incerteza a frente, como está sua empregabilidade, você tem reservas para uma situação emergencial.
5) Dívidas: ficar atento, será que os juros irão subir
6) Plano médico

Estava exatamente comentando com amigos ontem, a crise americana bate bem perto no Brasil, não tem como achar que ficamos imunes. Temos de torcer para que o governo norte-americano saia bem da crise.

Alta de 9,57% na sexta faz Bovespa subir 1,2% na semana

O aceno do governo dos Estados Unidos para tentar conter a crise financeira do país catapultou a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) para a maior alta diária em quase uma década. O principal índice da bolsa fechou o dia nos 53.055 pontos depois de uma disparada de 9,57%, alta só inferior à de 33% de 15 de janeiro de 1999, época da máxi-desvalorização do real frente ao dólar. Com a variação desta sexta, o índice acumulou alta de 1,2% na semana.

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é espantosa a força de recuperação do mercado.
Depois de toda crise, pulverizando centenas de bilhões de dólares mundo afora,
tem investidor vindo comprar papel por aqui ainda.

Mas fica a lição, se não tiver comprador, o chão é o limite para preço das ações.

Mais por vir

O secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, pediu ao Congresso dos Estados Unidos, nesta sexta-feira, que apóie um plano para atacar a crise financeira com a compra de empréstimos arriscados. Ele afirmou que está preparando um pacote de medidas para ser aprovado pelos parlamentares para proteger a economia americana.

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que mais ele pensa fazer, fiquei curioso com este pacote de medidas.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Cronologia da Crise

Jan/2001: FED reduz juros a 1%, depois de ter atingido um pico de 6,5% 2 anos antes. Era a época pós bolha da Nasdaq

2002: em Wall Street, oferece os tais de mortgage backed securities e CDO's ao mercado. Diziam na época que estes instrumentos vai reduzir e dispersar os riscos

Out/2002: Preço dos imóveis sobem. Entre 2000 e 2006 preço dos imóveis praticamente dobram

Jul/2006: empréstimos de risco atingem pico, incentivados pelos instrumentos de securitização, juros baixos. Diminuem exigências de garantia, além de incentivar o refinanciamento dos imóveis sem necessidade de nenhum desembolso de caixa

Jan:2007: preço dos imóveis começam a cair

Abr/2007: falência do New Century Financial, a maior das financeiras envolvida com subprimes

2007: aumentam os defaults, na segunda metade do ano

Jan/2007: o fundo do Bear Stern, apesar da ajuda de US3,2bi, entra em colapso

Ago/2007: Countrywide reconhece prejuízos de US$11,5bi. Bancos tomam cerca de US$500bi
de write-downs. FMI aponta possibilidade de prejuízos chegarem a US$1 tri

Set/2007: Northern Rock pede ajuda ao Banco da Inglaterra

Out/2007: Stanley O'Neal, head do Merril Lynch, se demite, após prejuízos de US$8,4 bi

Nov/2007: Charles O. Prince III se demite do Citi,a pós prejuízo de US$5,9 bi

Nov/2007: fundo soberano de Abu Dhabi faz aporte de US$7,5 bi no citibank

2007: bancos tomam posições alavancadas, aproveitando taxas de juros baixas e apostando em aplicações de alto retorno

Mar/2008: Bear Stern é vendido ao JPMorgan

Jul/2007: ações da Fannie Mae e Freddie Mack despencam. Posteriormente, governo americano intervêm, com ajuda de até US$200bi, presidentes das duas empresas são destituídos

Set/2008: aumentam restrições ao crédito. Lehman tem dificuldade obter recursos, e confiança do investidor diminui. Entram em concordata, e começa a ser fatiado para venda no mercado

15/set/2008: Bank of America compra a Merril Lynch por US$ 50 bi

Set/2008: ajuda do governo americano a AIG, cerca de US$85 bi

Presidente Bush

Quinta-feira o presidente Bush falou.

Foi breve, dois minutos. Sombrancelhas cerradas, e suas palavras cuidadosas: "O povo americano pode ter certeza de que continuaremos a agir para fortalecer e estabilizar nossos mercados financeiros e aumentar a confiança do investidor". Então, sem maiores detalhes, novamente saiu de frente da nossas vistas.

No mndo surreal da Casa Branca, a apresentação foi um sinal de que toda a pretensa normalidade se foi. Por toda a semana, com Wall Street envolvida no que os analistas estão chamando de pior crise desde a Grande Depressão, Presidente Bush ficou fora de vista a maior parte do tempo, exceto quanto tentava manter a fachada de atividades usuais.

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Clima de fim de feira, não é...

Bolsas russas ficam fechadas pelo segundo dia

O governo Russo vai injetar até US$20 bi no mercado doméstico de ações, num esforço para deter a queda livre do mercado russso, como informou o Presidente Dmitri Medvedev nesta quinta-feira, no esforço mais direto de utilizas os lucros com petróleo para interromper a crise do mercado de ações.

As duas principais bolsas de valores russas permaneceram fechadas na quinta, após as autoridades interromperem o pregão na tarde de quarta-feira. Naquele instante, tinham perdido por volt de 57% em relação ao pico de maio, a maior queda entre as grandes bolsas desde que a crise financeira começou em Wall Street.

Origens da AIG

Embora possua um nome americano, suas raízes encontram-se na Ásia. O fundador, Cornelius Vander Starr, um veterano da I Guerra Mundial, viajou para a Ásia com apenas 300 ienes (menos de US$ 3 nas atuais taxas de câmbio) em seu bolso e abriu a empresa em Xangai em 1919.
Com a ajuda de um sócio, começou a vender seguros marítimos e contra incêndios e rapidamente expandiu os negócios para as Filipinas, Indonésia e China contratando agentes e gerentes locais, uma estratégia de negócio que a AIG usa ainda hoje. Quase metade dos 116 mil funcionários diretos - cerca de 62 mil - estão na Ásia.
Em 1960, Greenberg juntou-se à companhia, seguindo o seu mentor, um executivo da Continental Casualty Company em Chicago. Greenberg focou grandes transações comerciais, aumentando a participação da empresa no ramo dos seguros de vida e outros, que há décadas eram muito incomuns, como seguro contra seqüestros e proteção contra ações judicias movidas contra executivos de uma empresa.

O fator humano na crise americana

Inicialmente, é bom que se diga que nunca na história do sistema financeiro internacional se viu tanta incompetência ao mesmo tempo. O Fed , que tem como uma das suas principais funções fiscalizar os bancos, não viu a bolha crescer e, depois que ela estourou, não teve alternativa que não despejar bilhões de dólares para dar liquidez ao sistema e segurar os grandes bancos comerciais e de investimento dos EUA. Como dizem os amigos do Tio Sam, esses bancos - Citi, Merrill Lynch etc - são "too big to fail". Portanto, falha imperdoável de análise dos técnicos do Fed, que por certo ganharam atrativos bônus antes da bolha estourar.

As companhias de ratings também não foram capazes de enxergar um palmo à frente do nariz nas suas análises. Com ratings de investment grade, motivaram muitos a comprarem tais papéis lastreados em hipotecas de pessoas das classes C e D. Também ganharam seus polpudos bônus e agora assistem tranqüilos o castelo de cartas desmoronar.

Nos bancos, as coisas não foram diferentes. Cada um deles possui auditoria interna independente que verifica periodicamente a qualidade da carteira de crédito da sua instituição. Também foram envolvidos pela euforia global, receberam seus bônus e os seus bancos estão hoje tendo que amargar pesadas perdas por mais essa prova de incompetência.

P/L

A relação Preço/Lucro (P/L), que dá uma idéia em anos do tempo de retorno do investimento (portanto, quanto menor, melhor), caiu acentuadamente de dezembro para cá, acompanhando os preços das ações. O P/L da preferencial da Petrobras, por exemplo, caiu de 18 vezes em dezembro do ano passado para 8,3 vezes na terça-feira. Vale PNA, por sua vez, caiu de 12,3 para 10,6 vezes. E esse P/L deve ter caído mais depois das perdas de ontem, de 4,79% da Petrobras e de 7,68% da Vale. Os dados da Economática usam o lucro acumulado nos 12 meses encerrados em junho deste ano. A questão é se é hora de arriscar entrar no mercado agora ou esperar mais.

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tá, mas isso só tem significado pra quem vai comprar agora.
Pra quem comprou antes da queda, não significa muita coisa. Pra quem comprou a muito tempo, dá uma sensação de desconforto com a queda, mesmo com P/L favorável. Ou alguém espera viver de dividendos....

EUA discutem solução para papéis podres

O tumulto dos últimos dias em Wall Street está alimentando pressões para que o governo americano assuma um papel ainda mais agressivo no combate à crise financeira, criando uma empresa pública para absorver os papéis podres que infectaram o sistema financeiro, limpar os balanços dos bancos e assim eliminar a principal fonte de instabilidade nos mercados.

A idéia foi defendida nas últimas semanas por dois ex-presidentes do Federal Reserve, o Banco Central americano, Alan Greenspan e Paul Volcker, e também ganhou manifestações de simpatia de investidores, no Congresso e nos comitês de campanha dos dois candidatos que disputam a eleição presidencial deste ano, os senadores Barack Obama e John McCain.

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que beleza, hein, bancos fazem lambança, muita gente ganhou dinheiro, agora dividem o prejuízo com todo mundo.


Cena da liquidez no país é tranqüila, diz Febraban

O agravamento da crise financeira global nos últimos dias e as incertezas associadas a ela não trouxeram ainda impactos para o setor bancário nacional, que é "supersólido". A afirmação foi feita ontem pelo presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e presidente do Banco Real, Fábio Barbosa, para quem o cenário é "muito tranqüilo em relação à liquidez".

Apesar dessa tranqüilidade, Barbosa diz haver uma tendência de encurtamento de prazos de financiamento. Ele destaca que empréstimos mais longos, como o consignado e o para compra de veículos, continuam sendo feitos. Ainda assim, em função da crise externa, "existe uma tendência de encurtamento de prazos". Segundo ele, devido aos acontecimentos recentes, como a quebra de bancos americanos, é natural que as instituições não façam operações de cinco anos do mesmo jeito que faziam até então. "Existe tendência, mas hoje não dá para dizer que tenha uma redução de prazo significativa que tenha impacto na economia", ressalva o executivo.

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acho dificílimo que as linhas de crédito não fiquem escassas.


Sair da bolsa agora é assumir um prejuízo que não tem volta

A crise nos mercados mundiais trouxe oportunidades na renda variável, não para um horizonte de 12 meses, mas para pelo menos 5 anos. Além disso, é preciso estar atento: uma ação barata não significa necessariamente uma boa compra. As avaliações são de Roger Ganser, diretor-geral da maior associação de investidores individuais do mundo, a americana Better Investing. A entidade, totalmente focada na educação financeira, reúne 150 mil integrantes, além de 20 mil clubes de investimento, com patrimônio total de US$ 150 bilhões aplicado em ações.

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ok, entendi.
mas que day-trade é legal, isso eu também não nego...
especular com futuros, então nem se fala.

solução simples, reservo uma pequena parte da carteira para operar day-trade ou alavancado.

Lula: é triste ver palpiteiros quebrando

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira, no Rio Grande do Sul, que vê com tristeza a derrocada de bancos internacionais que "passaram a vida dando palpites sobre o Brasil". O presidente classificou essas instituições de palpiteiras.

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a vingança é um prato que come frio.....

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Para Lula, crise americana "será quase imperceptível" no Brasil

A crise econômica nos Estados Unidos foi tema de reunião da coordenação política do governo e até alvo de brincadeira do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ontem. Ao ser questionado por jornalistas, pela manhã, sobre o tema, Lula respondeu: "Pergunte ao Bush [George Bush, presidente dos Estados Unidos]". Diante da insistência dos jornalistas se a crise afetaria a economia brasileira, Lula complementou, com tranqüilidade: "Até agora, não".
Tranqüilidade foi a palavra usada por Lula e pelo ministro Guido Mantega (Fazenda) durante todo o dia. O presidente afirmou que a crise americana, mesmo que se agrave, "será quase imperceptível" no Brasil, principalmente se comparada a outros momentos da economia brasileira, porque o crescimento do país está sendo impulsionado pelo mercado interno.

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me lembra de pedir pro Lula repetir a frase pros investidores estrangeiros, que eu já estou cansando de ver o preço das ações derretendo sem parar....

Quebra preocupa fãs da Fórmula 1

Tão logo o Lehman Brothers anunciou a concordata, na segunda-feira, fãs da Fórmula 1 que sabem de sua participação no negócio demonstraram preocupação. Afinal, o Lehman Brothers possui 16,8% de participação na Formula One Group, a holding que administra a categoria. Os demais cotistas são JP Morgan, com 3,2%, o grupo britânico CVC Capital Partners, com 70%, e Bernie Ecclestone, promotor do show, com 10%.

Segundo alta fonte diretamente ligada à questão, em Londres, o CVC já adquiriu a parte do Lehman Brothers no negócio e, portanto, a crise não vai gerar nenhum desdobramento na Fórmula 1. Os principais proprietários da Fórmula 1 teriam agido rápido. Acompanhavam as dificuldades de seu sócio havia tempos e antes de sua participação no Formula One Group entrar na massa falida, agora, trataram de adquiri-la. A notícia deverá ser confirmada em breve, informou ontem a fonte.

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é isso aí, eu gosto de acompanhar a F1,
e logo agora que o Massa começou a ameaçar o Hamilton, não ia querer que parasse de jeito nenhum.

Empregados oferecem lembranças e desabafos

A quebra do Lehman Brothers Holdings, a maior da história, levou os funcionários da empresa para os sites de leilão do EBay, onde oferecem objetos e lembranças da empresa. Além de desabafos.
Um empregado que está vendendo uma garrafa de água do Lehman disse: "``Trabalhei aqui durante metade da minha carreira", segundo os comentários no site. "Comprei metade das minhas ações a um preço ponderado médio de US$ 45. Basta dizer isso", escreveu o vendedor.
"O principal executivo da empresa, Dick Fuld, me disse que essa garrafa novinha, que nunca foi usada, é inquebrável, mas ele também disse isso sobre o nosso negócio de crédito hipotecário, há dois meses. Mas o risco é do comprador, imagino eu", disse outro funcionário.

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não sei se é para rir, ou se é para chorar de dó....

Pequeno investidor busca proteção em corretoras

A piora do cenário financeiro global já tem reflexos no comportamento de investidores individuais que aplicam em bolsa. Corretoras e empresas especializadas em investimentos para esse público notam o aumento da preocupação com perdas. Também tem crescido, na percepção desses especialistas, o número de investidores que procuram auxílio de gestores profissionais e de mecanismos de análise cada vez mais sofisticadas para buscar alguma proteção. O movimento de tentar compreender melhor os solavancos do mercado tem sido notados pela corretora Intrader, que possui 700 clientes de varejo cujo patrimônio soma cerca de R$ 50 milhões. "Nos últimos dois meses, com a piora do cenário, o volume operacional médio registrou queda de aproximadamente 35%, o que é natural. Mas o investidor que monitora adequadamente o mercado sabe que a bolsa ficou atrativa e está tentando buscar novas informações para poder entrar futuramente", afirma o diretor da corretora, Hydalgo Junior.

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Que tipo de proteção uma corretora pode oferecer para uma queda destas das ações.
Na última grande queda da Bovespa, lá por outubro/2002, a Bolsa chegou a cerca de 9.000 pontos (depois de ter chegado a uns 18.000 pontos pouco antes). Não tem como defender quedas deste tamanho.

Por outro lado, naquela época, um analista disse que era momento de compra, estava tudo barato demais. Eu não acreditei. Se tivesse dado um 'all-in' na bovespa naquela época, hoje eu estaria confortavelmente aposentado.

Destino do Merrill Lynch no Brasil é incerto

Um dos bancos de investimento líder no mundo em operações de gestão de patrimônio, mercados de capital e assessoria financeira, a aquisição do Merrill Lynch pelo Bank of America Corporation (BofA), por US$50 bilhões em ações, levanta dúvidas sobre o futuro da atuação da empresa no Brasil. Presente no País desde 1954, o Banco Merrill Lynch de Investimentos, com sede em São Paulo, atua nas áreas de banco de investimento, private banking e análise financeira, oferecendo consultoria em processos de fusões e aquisições, assim como participa da estruturação de operações de captação de recursos no mercado de capitais.

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se acabarem com a ML no Brasil, como vou acompanhar as operações dos estrangeiros na Bovespa....... rs

O que deu errado

O que deu errado? A resposta curta: Minsky(*) estava certo. Um período prolongado de crescimento acelerado, inflação baixa, taxas de juros reduzidas e estabilidade macroeconômica geraram complacência e maior disposição para assumir risco. A estabilidade levou à instabilidade. Inovação, securitização, financiamentos fora dos balanços patrimoniais e outros mostraram-se, de novo, como a grande parte da história. Como alertou Minsky, a fé exagerada nos mercados não-regulados comprovou ser uma cilada.

É a ascensão do libertino, desfrutada pelos EUA ao longo da década passada. Mas o país não esteve só. As bolhas das ações e dos preços das residências também afetaram parte da Europa. Mas foram importantes em especial para o Reino Unido.

O pior já passou? Com certeza, não. O desenrolar de excessos nessa magnitude envolve quatro processos gigantescos: a queda dos preços dos ativos inflados a um nível sustentável; desalavancagem do setor privado; reconhecimento das perdas resultantes do setor financeiro; e a recapitalização do sistema financeiro. Agravando tudo isso estará o colapso na deStabilizing an Unstable Economymanda do setor privado, num momento em que o crédito se retrai e a riqueza retrocede.

Nenhum destes processos está sequer próximo de terminar. Alguns mal começaram. Em particular, os preços dos imóveis continuam caindo, mesmo nos EUA. Também o ajuste na economia real, especialmente aumentos inevitáveis nas taxas de poupança das famílias nos EUA e no Reino Unido, estão num estágio inicial. Considerando que até pessoas desinformadas entendem como são incertas as conseqüências, o temor é generalizado. Isso é demonstrado, entre outras coisas, pelos spreads elevados em empréstimos interbancários ante as taxas oficiais esperadas.

(*) Hyman Minsky, Stabilizing an Unstable Economy

Opinião - 1929 pode acontecer de novo?

"Oevento econômico mais importante do período Pós-Segunda Guerra mundial foi algo que não aconteceu: não houve uma grande e prolongada depressão". Essa frase do economista pós-keynesiano americano Hyman Minsky abre o capítulo introdutório do seu livro clássico: "Pode 'aquilo' acontecer de novo?", publicado em 1982. Por "aquilo", Minsky se referia à Grande Depressão de 1929, o evento mais traumático da história econômica dos Estados Unidos no século XX. Nesse livro, Minsky procura responder a uma questão fundamental, a saber: que ou quais razões têm impedido que a instabilidade crônica das economias de mercado se traduza numa queda profunda e prolongada do nível de atividade econômica, tal como ocorreu nos EUA e demais países desenvolvidos na década de 1930?

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uma perspectiva aterrorizante.
além dso problemas econòmicos, de certa forma, a crise dos anos 30 acabou por desembocar nas II Guerra Mundial.

E aí, para esta crise toda, quem é mais indicado, um republicano ou um democrata como presidente dos USA...