Revista Época
Está resolvido: Henrique Meirelles deixa o Banco Central em março do ano que vem, para entrar na disputa pelo governo de Goiás. Conforme o blog da Revista Época apurou, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está de acordo com a ideia. A dúvida de Meirelles, agora, é o partido.Pode ser o PP, do atual governador do Estado, Alcides Rodrigues, o Cidinho, um antigo protegido do senador Marconi Perillo que rompeu com o criador e lhe ofereceu a legenda. Ou pode ser o PR, do vice-presidente José Alencar. Até setembro, Meirelles deve escolher a legenda para filiar-se dentro do prazo legal.
Meirelles nunca escondeu seus planos de assumir uma carreira política. Já era deputado federal (pelo PSDB) quando o senador Aloizio Mercadante conseguiu convencê-lo a assumir o Banco Central no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, numa época em que o real despencava e o futuro da economia era uma incógnita em função da troca de governo. Após várias recusas, Meirelles topou a oferta, correu o risco e tornou-se a principal referência da economia brasileira nos mercados internacionais. Em função do caráter benigno da crise brasileira, ele costuma ser aplaudido em encontros de seus colegas de outros países.
Sempre que fala, informalmente, de seus planos político-eleitorais, o presidente do Banco Central faz o possível para desconversar. Chega a dizer que não seria fácil encontrar um cargo capaz de lhe garantir uma posição de tanto destaque e prestígio como a atual. A observação até faz sentido, mas quem conhece os bastidores de Brasília sabe que é uma forma de Meirelles disfarçar seus projetos, numa atitude compreensível para quem ocupa uma posição estratégica e delicada na economia.
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