quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Preço das ações é expectativa

Se você é um investido em ações, você deve sempre estar se perguntando sobre que a empresa vai fazer para você no futuro. Quero dizer, você deve estar preocupado com o crescimento da empresa, com os lucros, com os dividendos. No longo prazo, são estes fatores que deverão direcionar os preços das ações.

Ter um grande resultado no ano atual é sempre bom, mas veja também se existe um futuro brilhante para a empresa, sem o que não há como esperar um desempenho bom para as cotações das ações.

Não necessariamente o mercado pode concordar com você sobre o futuro brilhante da empresa. O programa de produção de álcool brasileiro sempre parece uma ótima idéia, observando que as reservas de petroleo se esgotaram muito em breve. Mas nem por conta deste possível futuro brilhante, o desempenho das ações do setor sucro-alcooleiro têm oferecido oportunidades interessantes.

Outro cuidado. Tente verificar quem são os gestores atuais da sua empresa, se existem sucessores capazes de repetir a história de sucesso. No Brasil, ainda temos casos de empresários de sucesso, mas cuja sucessão pode ser crítica.

Trata-se de buscar uma perfeita união entre ser investidor de longo prazo e encontrar uma ação que te permita ficar posicionado por bastante tempo.

Existe, contudo uma exceção, como sempre. Empresas de energia elétrica, por exemplo, não são empresas que consigam oferecer lucros crescentes ao longo do tempo. Por outro lado, estas empresas podem oferecer dividendos mais polpudos.

E o investidor não está buscando retornos passados excelentes. O investidor deveria procurar uma empresa com futuro brilhante. Pois o preço atual da ação deveria ser igual ao valor presente dos retornos futuros. Ainda que a curto prazo você possa ver distorções de preço, cedo ou tarde o mercado deverá voltar a ser racional.

2 comentários:

  1. Sempre achei interessante o setor elétrico mas a sou do tipo que acha que as empresas de telefonia tem mais oportunidades de crescimento no médio e longo prazo, uma variedade maior de produtos, concorrência mais ativa e etc... Minhas principais desconfianças sobre o setor elétrico é que o seu desenvolvimento depende muito de atitudes governamentais o que acaba por limitar demais o crescimento.

    abraço,
    Edu Lopes

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  2. É verdade, regulação afeta muito o setor elétrico. Mas o IGP-M teve alta no ano passado, esta alta deverá se refletir nas tarifas deste ano.

    São empresas com endividamento em dolar, então sofrem com a desvalorização do real.

    Mas têm um fluxo de caixa bastante folgado, o que permite a empresas como a CPFE3 distribuir praticamente todo o lucro na forma de dividendos.

    É um tipo de negócio onde há um enorme investimento inicial, mas durante a vida útil do empreeendimento não existe necessidade de grandes reinvestimento.

    Em telefonia me assusta a quantidade de celulares no país, parece que a quantidade de celulares em uso já é maior que a população brasileira.

    O que tenho visto é busca de convergência da telefonia com outros serviços, como internet e tv por assinatura. Mas esse caminho depende de conseguir que a ANATEL não crie nenhuma restrição, e de melhoria da renda da população. Moro na Grande São Paulo, tv a cabo e acesso a internet ainda é para poucos no bairro onde moro.

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