Como sempre digo, em aplicações de renda variável não existe errado, considero todas as estratégias válidas, desde que você saiba o que está fazendo.
O problema surge, na verdade, quando o investidor confunde estes papéis, ou quando decide mudar de estratégia no meio da operação, quando algo começa a dar errado.
Trader:
Investidor:
Quem compra uma ação, provavelmente é um trader. Quem compra uma empresa, provavelmente é um investidor.
A trader may not hold a stock very long or may hold it a long time, depending on its performance. An investor buys a company with the intent of holding on to the stock for a long time.
Quando as cotações evoluem favoravelmente, nem o trader nem o investidor têm problema em ficar posicionados no papel. Porém, quando as coisas não vão tão bem, o trader deveria ter mecanismos que o fizessem sair de sua posição. Nada mais fácil para o trader, que não deveria ter nenhum laço emocional com o papel.
Já para o investidor, uma queda de preço é um momento para reavaliação da empresa. Provavelmente, o investidor não deveria fazer nada mais do que esperar.
Ambas as estratégias são válidas, e podem dar resultados excelentes.
Porém, não se deve ficar mudando de trader para investidor ou vice-versa. Não é possível ser as duas coisas ao mesmo tempo, certamente vai dar confusão e fazer você perder muito dinheiro.
Sou novato no ramo... fiquei com dúvida agora... E como pode classificar um investidor que faz uso da opções como instrumento de hedge?
ResponderExcluirEx: Investe na compania porém usa de artifícios com ações/opções para "proteger" ou diminuir o custo da sua carteira. Não estária atuando como trader e investidor ao mesmo tempo?
abraço,
Edu Lopes
Antes de mais nada, obrigado pelo comentário, Edu, fico feliz pela troca de experiências que podemos proporcionar.
ResponderExcluirSobre opções, tudo depende de como o investidor utiliza este instrumento. Conheço traders que operam compra a seco, travas e borboletas. Alguns, mais ousados, chegam a vender opções, geralmente em day-trade. Neste caso, são tipicamente traders, tentando arbitrar o mercado. E sempre no curto prazo, pois as opções no Brasil têm vencimento mensal, e liquidez somente para a série atual em vigor.
Em opções, considero que a única operação adequada para investidores de longo prazo é o lançamento coberto de opções de compra. Eu mesmo faço isto com minha carteira de longo prazo, mas busco a tranquilidade de séries bem fora do dinheiro. E com controle estrito para rolar a posição para longe do exercício. Tenho claro que o objetivo é tentar remunerar minha carteira de PETR4 e VALE5, únicas ações que têm liquidez adequada no Brasil.
Não acredito em utilizar opções como forma de hedge. Vender coberto ou fazer trava de baixa não te dá proteção plena a sua carteira. Um dia, talvez o mercado tenha opções de venda, neste caso sim poderíamos estruturar operações mais eficientes de proteção.
Existe a alternativa de operar mercado futuro (mini-índice do Bovespa), mas lembre-se de você estará fazendo hedge imperfeito, a menos que sua carteira consiga replicar perfeitamente a carteira do Bovespa. E fazer hedge com índice eu considero manobra meramente especulativa, coisa pra traders mesmo.
Proteção para investidor de longo prazo é a escolha de excelentes empresas, que possuam liquidez no mercado, lucratividade e perspectivas boas para os negócios. Mas nada impede o investidor de buscar melhorar o rendimento do portfolio, através da venda coberta de opções, e aluguel (se bem que aluguel de ações ainda é operação sem muita liquidez).