Bloomberg
As vendas do varejo caíram inesperadamente em março nos Estados Unidos, uma vez que a disparada das demissões obrigou os consumidores a se retraírem.
A queda de 1,1% seguiu-se à alta de 0,3% registrada em fevereiro, um desempenho melhor que o estimado anteriormente, disse ontem o Departamento do Comércio em Washington. As concessionárias de veículos, as lojas de produtos eletrônicos e os restaurantes puxaram a retração.
A queda dos gastos do consumidor, que alcança já parte do segundo trimestre, permite concluir que a recessão deverá persistir. Mesmo assim o presidente do Federal Reserve (o BC dos EUA), Ben Bernanke, disse ontem que há sinais de que a "desaceleração acentuada" da economia está perdendo fôlego, o que indica um "primeiro passo" potencial rumo à recuperação.
"Embora os dados de março não sejam suficientes para nos fazer reconsiderar as expectativas de que o pior já teria passado, eles servem, efetivamente, como um lembrete de que a via de saída desta recessão pode ser tão dolorosa quanto a própria recessão", disse Guy Lebas, economista-chefe da Janney Montgomery Scott de Filadélfia.
Segundo a mediana das estimativas de 73 economistas consultados pela Bloomberg, as vendas do varejo subiriam 0,3% em março, depois da queda de 0,1% originalmente atribuída a fevereiro.
Outro relatório do governo americano mostrou que os preços pagos aos produtores dos EUA, o Índice dos Preços no Atacado, caiu em março, após dois meses de alta. A retração, que contrariou as previsões, indica que a recessão está mantendo a inflação sob controle.
A queda de 1,2% seguiu-se à alta de 0,1% de fevereiro, segundo o Departamento do Trabalho. O chamado núcleo do índice, que exclui combustíveis e alimentos, mantive-se inalterado. Nos últimos 12 meses os gastos dos atacadistas tiveram sua maior queda do último período de quase seis décadas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário