terça-feira, 28 de abril de 2009

GM

O plano de redução de custos anunciado nesta segunda-feira pela General Motors (GM), que projeta corte de 21 mil funcionários até 2010 e fechamento de fábricas, não deve afetar o Brasil, segundo a assessoria da própria montadora no País.

A filial brasileira tem freqüentemente defendido a independência de suas operações, mas os efeitos da crise já provocaram a demissão de 744 funcionários da montadora em São José dos Campos no último mês de janeiro.

O diretor do Sindicato dos Metalúrgicos da região, Vivaldo Moreira Araújo, alerta para possíveis conseqüências dos problemas financeiros da matriz. "É uma situação que tende a se agravar mais aqui, apesar de a direção da empresa falar de independência financeira e legal. Mas tem a influência política", lembrou.

"Eles vão fazer de tudo para manter a GM americana. É uma questão de símbolo. Se for necessário retirar dos países periféricos, eles vão fazer. Isto eles tentam esconder por questão de mercado, mas não podemos ser ingênuos", explicou Araújo.

Nesta segunda-feira, a montadora divulgou um plano de reestrturação que prevê a redução do número de fábricas nos EUA de 47 para 34, o corte de funcionários horistas de 61 mil para 40 mil e de concessionárias de 6.246 para 3.605.

A companhia, que na semana passada sacou US$ 2 bilhões em empréstimos emergenciais do governo americano, elevando o total para US$ 15,4 bilhões até agora, foi informada pelo governo dos EUA que tem até 1º de junho para fazer cortes profundos de custos.

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