Furlan afirma que negociações com Perdigão continuam; concorrente nega
Carolina Mandl e Alda do Amaral Rocha, de Vitória de Santo Antão (PE) e São Paulo
O presidente do conselho de administração da Sadia, Luiz Fernando Furlan, afirmou que as negociações de união da companhia com a Perdigão continuam em curso. Durante a inauguração de uma fábrica de embutidos em Vitória de Santo Antão, a 50 km do Recife, o ex-ministro disse que na próxima semana poderá haver um anúncio em torno do tema.
Furlan, apostando na possibilidade de fusão, disse que as sinergias criadas, principalmente no mercado internacional, poderiam aumentar o valor de ambas em 40%. Entretanto, ele ressaltou as dificuldades da união entre as duas empresas. "É um assunto recorrente. Por isso, não há garantia de que haverá acordo desta vez."
Em reunião com jornalistas em São Paulo para falar dos resultados da Perdigão, o presidente da empresa, José Antônio do Prado Fay, reafirmou que não existe conversa no momento com a Sadia. "O que tínhamos de dizer estava na nota que divulgamos [na semana passada, que dizia não haver 'qualquer negociação em curso']", afirmou, acrescentando não querer fazer especulações sobre o caso.
Diante das incertezas para este ano, Fay disse que "é difícil tomar uma decisão desse porte". Ele afirmou que não se referia especificamente à Sadia, mas a qualquer aquisição. Disse ainda que a Perdigão vai avaliar oportunidades que surgirem, mesmo no exterior, mas negou negociações com a Aurora.
Segundo o Valor apurou, as negociações com a Perdigão não foram adiante por conta dos valores pedidos pelos controladores da Sadia.
Para a Sadia, a injeção de capital novo seria muito importante depois das perdas que a empresa teve com as operações de derivativos. A dívida atual deve ser informada na sexta-feira, com a divulgação dos resultados da empresa
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