É o pior dos cenários, quando os os dirigentes saem ofertando uma empresa para venda.
Neste caso, o lado do comprador tem todas as vantagens.
Quem ainda tem ações desta Globex?
Ramo de varejo, definitivamente, não serve para investidor em ações vive em tranquilidade.
----------------------------------------------------------------------------------------------
Depois de tentativas frustradas de venda do controle da Ponto Frio, segunda maior rede em faturamento do país no segmento de eletrodomésticos, eletroeletrônicos e móveis, Lily Safra, viúva do bilionário banqueiro Edmond Safra e acionista majoritária da rede, anunciou no último sábado nova iniciativa de venda.
Em comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a Globex Utilidades S.A., responsável pela operação da rede, informou ter contratado o banco Goldman Sachs para assessorar negociações com potenciais interessados. A empresa divulga hoje o balanço de 2008.
A Folha apurou que a iniciativa foi retomada devido às dificuldades de sucessão. A Globex Utilidades informou que, de acordo com informações dos controladores, "até a presente data não foi recebida qualquer proposta firme e vinculante para a aquisição do controle".
O objetivo, conforme orientação do Goldman Sachs, é fazer a venda do controle da empresa, e não uma OPA (oferta pública de ações). É a mesma recomendação feita pela instituição na tentativa anterior.
Na ocasião, o dólar era cotado a R$ 1,80 e a ação da empresa era avaliada em R$ 20. Agora, a divisa norte-americana está cotada em torno de R$ 2,30, e a ação do Ponto Frio, em R$ 5.
Para analistas de mercado, surpreende o momento escolhido para a venda. Ao contrário de períodos em que crédito e demanda impulsionavam o mercado brasileiro, a situação atual é de retração e de encolhimento de vendas.
"Quem comprar a operação Ponto Frio, se houver algum interessado, não irá adquirir a rede pelo que ela fatura, mas pela carteira de clientes ou pelos pontos-de-venda. A Ponto Frio nunca foi uma rede com grande performance em vendas", disse Claudio Felisoni de Angelo, do Provar (Programa de Administração de Varejo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário