Por Angelo Pavini, de São Paulo
Mark Mobius, diretor geral da Templeton Asset Management, está otimista. Responsável por uma das maiores carteiras de ações de mercados emergentes do mundo, ele detecta uma retomada das aplicações neste ano, depois da onda de saques no ano passado. As carteiras da Templeton perderam 15% do patrimônio em emergentes - ou US$ 2,5 bilhões de um total de US$ 20 bilhões - de outubro a dezembro, auge da turbulência dos mercados. Agora, diz ele, a situação mudou. As taxas de juros, observa, estão caindo no mundo todo, inclusive no Brasil e os governos estão injetando trilhões de dólares na economia. "Onde os investidores vão colocar todo esse dinheiro?" questiona ele, para em seguida responder: em ações. Parte pode ir para ouro, outra forma de se proteger da desvalorização das moedas e da inflação, admite. Mas ouro não paga dividendo, não tem ganho de capital, então a resposta é ações, diz. "Eu mesmo estou investindo mais em ações do meu próprio bolso", afirma o executivo.
Mobius chegou ao Brasil na semana passada, já passeou de bicicleta em Copacabana (ele sempre carrega uma dobrável em suas viagens, que duram o ano todo) e conversou com o Valor sobre os mercados e os investimentos.
Valor Econômico
Nenhum comentário:
Postar um comentário