Há outros exemplos. Em dezembro, uma emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) com lastro em créditos imobiliários devidos pela Petrobras e vencimento em 13 anos foi a mercado pagando IGP-M mais 10,5% ao ano - taxa que, para o investidor pessoa física, é líquida, já que ele tem isenção de imposto de renda nesse tipo de papel. Em outubro, debêntures da Sabesp saíram a 120% do CDI na primeira série, com prazo de cinco anos, e IPCA mais 12,87% na segunda tranche, de sete anos. Todas essas operações, avalia Andrea Moufarrege, diretora da área de investimentos do HSBC Private Bank, foram lançadas com um retorno alto para o risco relativamente baixo das empresas.
Andrea diz estar bastante confortável para oferecer esse tipo de papel para os clientes. "É a melhor relação risco/retorno hoje", afirma. Segundo ela, é bastante improvável que empresas como a Petrobras ou a Vale deixem de honrar seus compromissos, mas mesmo assim estão pagando altos retornos.
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