segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

CVM investiga oscilações atípicas da Rossi

As ações das empresas do setor de construção civil têm apresentado alta volatilidade na BM&F Bovespa com o mix de expectativa de melhoria nos negócios através da adesão ao plano de habitação do governo federal e o temor de que os balanços do quarto trimestre sejam piores que o estimado. Entretanto, o pregão da última quarta-feira, dia 4 de fevereiro, deixou até a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) com a "pulga atrás da orelha".

A movimentação financeira dos papéis das líderes Cyrela Brazil Realty e Gafisa foi atípica, com uma queda forte ao final do dia, após ganhos consideráveis pela manhã. Mas ainda mais estranho, na avaliação de analistas e investidores, foi o comportamento das ações da Rossi Residencial. Na carteira do Ibovespa, as ordinárias fecharam com a brusca queda de 16,7%, variação creditada à prévia de resultados operacionais da empresa - que, por sua vez, só foi divulgada após o fechamento do pregão.

No ano passado, o volume diário médio de negociação das ações da construtora foi de R$ 18,54 milhões, média que caiu para R$ 7,56 milhões nos pregões de janeiro deste ano. Na quarta-feira, o volume negociado foi de R$ 56,25 milhões. "A justificativa mais plausível para a queda foi a divulgação de um relatório do UBS Pactual revisando para baixo as vendas da empresa, mas isso aconteceu no final do pregão, quando as fortes ordens de venda dos grandes bancos já tinham se consolidado", diz um analista.

O efeito manada veio como reflexo da ordem de "stop loss" da Merrill Lynch, que empatou com o Credit Suisse como maior vendedor do dia. Cada um se desfez de cerca de R$ 4 milhões, segundo operadores. "Quando o mercado vê uma casa estrangeira vendendo forte, todo mundo acompanha", afirma um chefe de análise.

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