"Cabe aos conselhos de administradores e empresários fazer uma análise de perto de seu negócio e, como o momento é ruim, vale mesmo manter o dinheiro em caixa e ver como se posiciona o mercado e quais serão os reflexos da turbulência global", afirma o sócio do Ferreira Rosa Advogados, Pérsio Thomaz Ferreira Rosa.
De acordo com o advogado, no atual cenário, o mais recomendável é que se congele a distribuição dos lucros porque a "situação é extrema e requer do empresário medidas extremas".
Na opinião do advogado Sérgio Schwartsman, do Lopes da Silva & Associados, vale lembrar que antes de discutir a distribuição dos lucros, os empresários têm de averiguar se a empresa, de fato, teve lucro e, caso a resposta seja afirmativa, deve-se avaliar se é o momento certo de tirar o dinheiro em caixa. "A justificativa para esse cuidado é muito simples. O cenário econômico mundial mudou. Há muitas expectativas. A decisão não pode ser unilateral. tem de ser estudada e negociada", salienta.
A advogada Simone Rocha, do Homero Costa Advogados faz coro a opinião dos advogados e ressalta que o momento é de reestruturação no programa de distribuição dos lucros porque já se deve conversar e decidir como será tratado este assunto daqui para a frente. Além disso, ela recomenda que a empresa adote formas de "engajar os trabalhadores, sócios e acionistas para um maior comprometimento com o negócio". "Não é justo distribuir os lucros, todos têm de flexibilizar, abrir mão deste benefício para o bem e saúde do negócio", avalia o advogado Pérsio Rosa.
Gazeta Mercantil
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