Mesmo não sendo uma cliente "subprime", a contadora Luciana Lentar, 33, também está "submersa" em dois imóveis que comprou em Miami há cerca de dois anos.
Ela viu o valor de cada um despencar de US$ 245 mil para US$ 200 mil e, com a abundância de apartamentos vagos no mercado, não consegue inquilinos. "Somando os condomínios, pago todos os meses US$ 1.300 em um e US$ 1.600 em outro. Se eu vender, perco mais dinheiro, então vou esperar mais um pouco, ver se a situação do país melhora."
A crise imobiliária americana pegou de surpresa até o analista de risco em hipotecas Robert D. De proprietário de três casas, que somavam mais de US$ 2 milhões, ele passou rapidamente a dono de nenhuma.
"Não queria especular. Apenas achei três bons negócios, mas que, com a crise, acabaram não sendo tão bons assim", diz ele. "Eu comprei os imóveis sem entrada, porque preferi investir na reforma das casas. Perdi mais de US$ 200 mil em pouco tempo. Não esperava que a crise fosse forte."
Robert diz ter vontade de comprar outra casa nos próximos anos. Contudo, após passar por uma execução da hipoteca, está com o crédito sujo, e portanto teria dificuldade em conseguir o empréstimo. "Preciso que alguém faça a compra por mim. Talvez minha próxima esposa."
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