quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Povo previdente

"Não me esqueci do passado", diz Gert Heinz, consultor fiscal em Munique. "Se dependemos de papel moeda podemos perder tudo. Aprendemos isso do modo mais difícil, após duas guerras mundiais."

Portanto, quando a chanceler Angela Merkel foi à televisão recentemente para dizer aos alemães que suas contas bancárias estavam a salvo, Heinz, que aos 68 anos ainda se recorda das fileiras de comida enlatada que sua mãe armazenava no sótão, decidiu que preferia se sentir a salvo que arrependido.

Heinz converteu uma parte de sua poupança em ouro, como já fizera anteriormente, e fez um estoque de seis meses de arroz, açúcar, farinha e uma marca especial de leite em pó que dura por 50 anos.

Heinz pode ser um exemplo extremo, mas não está só. À medida que os europeus procuram segurança em face de uma turbulência financeira que - pelo menos até o momento - os afetou diretamente muito menos do que a muitos americanos, refletem sobre a história de seu continente sofrido, que foi cenário de guerras, revoluções e crises financeiras ao longo dos séculos.

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