quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Taxas vão a 150% do CDI para empresas

Com a escassez de crédito bancário, as empresas estão tentando buscar recursos a qualquer custo no mercado de capitais. As taxas foram para as alturas e os prazos caíram, em alguns casos, para apenas 90 dias. As emissões de notas promissórias, papéis de curto prazo, são as mais procuradas pelas companhias, por serem de rápida estruturação. Apenas nesta semana, três novas operações estão no mercado. Somam R$ 730 milhões e prometem rentabilidade que beira os 150% do Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI).

As debêntures também atraem novas empresas. Ontem, a CPFL pediu autorização para captar R$ 100 milhões. As taxas do mercado, porém, estão na casa dos 130% do CDI e os prazos caíram para 3 anos, em média. Em meio ao estresse causado pela crise financeira, os investidores, como fundos de pensão e gestoras de recursos, continuam exigindo alta rentabilidade para comprar os papéis privados.

Há pouco mais de um ano, era raro uma emissão de debêntures superar 110% do CDI. Em alguns casos, com boa classificação de risco, as emissões ficavam na casa dos 104% do CDI, para papéis de cinco ou sete anos. Nas notas, a CPFL Energia, por exemplo, captou R$ 450 milhões em maio de 2007 pagando apenas 102% do CDI.

A Eliane, fabricante de cerâmicas de Santa Catarina, acaba de pedir autorização na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para emitir R$ 40 milhões em notas promissórias. A remuneração oferecida é de 140% do CDI para papéis com prazo de 180 dias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário