Uma empresa, por exemplo, possui uma carteira de recebíveis. Através de um banco, vende estes direitos no mercado, recebendo antecipadamente os recursos. Quem compra ganha o deságio do contas a receber e os juros.
Geralmente não vendem para pessoas físicas, mas se você é aplicador em fundo de investimento, talvez seja melhor você dar uma olhada se papéis este tipo está na composição do seu fundo.
Dois fundos de investimentos em direitos creditórios (FIDC) foram colocados em observação negativa por duas agências de ratings. Esses instrumentos são bastante usados por instituições financeiras para captação de recursos por meio da securitização de contratos de empréstimos.
A Fitch Ratings afirmou que está reavaliando o Rating Nacional de Longo Prazo AA(bra) do Credibel Fundo de Investimento em Direitos Creditórios II - Veículos (Credibel FIDC II). O fundo era lastreado por contratos de financiamento de veículos usados por parte do Banco Credibel, cujo montante nominal inicial era de R$ 56,0 milhões.
De acordo com comunicado da agência, ação reflete "a incerteza quanto ao esforço contínuo de cobrança dos direitos creditórios transferidos ao fundo, já que o banco tomou a decisão estratégica de não mais atuar no segmento de financiamento de veículos, diretriz posta em prática em setembro deste ano".
Além desta medida, o Credibel reduziu seu quadro de funcionários, disse a Fitch, o que pode implicar "menor eficiência no gerenciamento de dados e informações em geral". O Credibel é o agente de cobrança de créditos inadimplentes do fundo.
"Mesmo que o banco continue afirmando que os processos de cobrança permanecerão inalterados, a Fitch entende que a decisão do Credibel de não mais atuar neste setor e as medidas internas subseqüentes mudam o foco de atuação do banco e propor- cionam menor incentivo à ade- quada cobrança dos créditos".
Já a Standard & Poor's colocou a nota brAf do Link Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (Link FIDC) em avaliação com implicações negativas, ou seja, podem levar ao rebaixamento ou à reafirmação do rating. A principal razão da colocação da nota em revisão, segundo a agência, "foi a constatação de que o volume de direitos creditórios em carteiras sem a análise prévia da Standard & Poor's excedeu o limite de 7% do patrimônio líquido do fundo".
Nenhum comentário:
Postar um comentário