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O setor de fundos hedge, ou multimercados, será um dos grandes perdedores dessa crise internacional, no Brasil e no exterior, e deverá sofrer uma diminuição significativa, especialmente nas carteiras de retorno absoluto, que buscavam ganhar em qualquer cenário, como os long/shorts. O alerta é de um dos maiores especialistas no assunto, Luis Stuhlberger, da CS Hedging-Griffo, responsável pela gestão do lendário Verde, de R$ 11 bilhões, um dos maiores fundos hedge do mundo. O próprio Verde acumulava perda neste ano de 7,23% até dia 15, 16,25% nos últimos três meses, segundo o site Fortuna, quebrando uma tradição de invulnerabilidade que vinha desde a crise da Ásia, em 1997.
Isso tem feito Stuhlberger dedicar mais tempo a dar explicações aos clientes, organizando seguidos grupos para cafés da manhã. Mas para os que acham que ele perdeu seu toque de Midas, o gestor segue tranqüilo e lembra que, nessas horas, é preciso mostrar que se está cumprindo o mandato e que os papéis da carteira são bons. Para Stuhlberger, o mercado está cheio de pechinchas, com empresas valendo um terço do patrimônio que possuem ou metade de seu custo de reposição, casos de Cyrela ou Cosan. E que em algum momento essa crise vai passar e esse valor vai aparecer. Abaixo, os principais pontos da entrevista com Luis Stuhlberger.
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