Acontece que os juros, antes generosos, foram caindo, caindo, e os ganhos com a renda fixa minguando para menos de 1% ao mês e deixaram José desanimado. Via tanta gente festejando ganhos fantásticos na bolsa que começou a achar que podia arriscar também. Tomou coragem e colocou metade da pequena fortuna em ações. Ficou animadíssimo ao ver que a rentabilidade de uma semana na bolsa era maior do que a de um ano inteiro na renda fixa. Não bastasse essa maravilha, ouviu na TV que o dólar se aproximava de R$ 1,60. José fez as contas e se convenceu de que, se os ventos continuassem soprando a favor, a sonhada viagem para a Disney sairia logo, logo. As crianças pularam de alegria quando o pai lhes contou que iriam conhecer o mundo da fantasia.
José não entende direito o que está acontecendo: uma tal crise de "subprime" que ele não sabe o que é, grandes bancos americanos quebrando e quase todos os países do mundo afetados por uma crise de confiança. O fato é que os ventos mudaram e a maré não está para peixe. A bolsa caiu tanto e com uma velocidade tão grande, que José ainda não conseguiu absorver os acontecimentos. Tem certeza de uma coisa: o valor de suas ações caiu muito e se vender agora receberá metade do que investiu. E o que é pior, o dólar subiu. Subiu tanto que José não tem reais suficientes para comprar os dólares que a família precisa para fazer a viagem dos sonhos. E agora José?
A viagem vai ter de esperar um pouco mais. Diga aos meninos que todos vão ter que contribuir para economizar nas despesas para que a família possa criar um fundo de reserva - em dólares - para esse projeto. Com o envolvimento de todos, o desafio fica menor, você vai ver. Se as passagens já foram compradas, compromissos com hotéis assumidos, pense em diminuir o tempo da viagem, reduza as despesas com compras e evite estourar o orçamento. Dessa viagem devem ficar apenas boas lembranças!
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