A edição da Medida Provisória 443, que autoriza o Banco do Brasil (BB) e a Caixa Econômica Federal a adquirirem bancos privados colocou em pauta pelo próprio governo a expectativa de que a crise financeira vai acelerar a consolidação bancária.
"Os bancos estão tremendamente baratos. O BB vai aproveitar as oportunidades", disse o dono de um banco de pequeno porte. De fato, se os grandes do mercado como Bradesco e Itaú estão sendo negociados por pouco mais de uma vez e meia o valor patrimonial, e o Unibanco a pouco mais do valor patrimonial, os bancos menores estão uma verdadeira pechincha.
Alguns bancos médios que abriram o capital no ano passado estão sendo cotados em bolsa por metade do valor patrimonial. É o caso do ABC Brasil (35%), BicBanco (33%), Daycoval (58%), Indusval (58%), Panamericano (53%), Paranabanco (35%), Pine (48%) e Sofisa (53%).
Segundo relatório divulgado pela agência de rating Fitch, sexta-feira, "os bancos de médio e pequeno porte , alguns dos quais aumentaram significativamente suas bases de capital, não desfrutam da mesma franquia de seus concorrentes de maior porte e podem ser alvos de consolidação, principalmente em caso de queda pronunciada da economia local e escassez de funding oriunda da aversão ao risco".
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