Será que as autoridades do governo brasileiro demoraram a tomar atitudes preventivas.
A partir desta semana, com a divulgação do balanço dos bancos do terceiro trimestre, será possível ter um quadro mais detalhado do impacto do aperto da liquidez no sistema financeiro. Mas os dados de agosto, antes do recrudescimento da crise, que entraram nesta semana no site do Banco Central (BC) já mostravam a ponta de um iceberg.
De julho para agosto, enquanto os grandes bancos aumentavam a captação em depósitos, os pequenos mostravam estabilidade ou queda; raros conseguiram atrair mais dinheiro.
O grande beneficiado pela busca dos investidores por segurança foi o Banco do Brasil (BB) cujos depósitos totais aumentaram 5,5% em apenas um mês, de julho para agosto. Os grandes bancos privados também se saíram bem. Os balanços não consolidados do Bradesco e do Itaú mostram a expansão dos depósitos totais de 3,5% e 3,7%, respectivamente, no mesmo espaço de tempo, de acordo com os balanços não consolidados.
De uma amostra de 12 bancos médios, um terço - BBM, BicBanco, Cruzeiro do Sul e Panamericano - conseguiu aumentar os depósitos totais de julho para agosto. Mas, em todos os outros casos os depósitos ficaram estáveis ou apresentaram quedas. Procurados pelo Valor, os bancos cujos depósitos diminuíram não quiseram dar entrevista. Alguns deles estão em período de silêncio pela proximidade da divulgação do balanço.
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