O Brasil foi o único país da América Latina que reajustou os preços internos dos combustíveis diante da disparada do petróleo, aponta a Agência Internacional de Energia (AIE), em relatório de ontem. As demais nações optaram por elevar ou manter os subsídios.
A entidade lembrou que no início de maio a Petrobras anunciou um reajuste de 10% para a gasolina e de 15% para o diesel, os primeiros desde 2005. "Preocupado com as pressões inflacionárias, o governo reduziu o imposto sobre a gasolina para manter o preço na bomba", diz a AIE. "No caso do diesel, a redução foi marginal e os preços subiram 9%."Para a AIE, os carros bicombustíveis também contribuem para segurar a gasolina.
O Chile adicionou mais US$ 1 bilhão ao seu fundo de estabilização dos combustíveis, que visa amortecer as flutuações.A meta do governo é uma redução de preços de 10%. O imposto sobre o diesel cairá 80% entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2009.
Na Colômbia, o governo adiou planos de eliminar subsídios, num esforço para manter a inflação sob controle. Para reduzir o impacto fiscal, as empresas do setor terão de fazer uma "contribuição adicional", que ainda será definida.
Argentina, México e Venezuela seguem relutantes em remover seus regimes de administração de preços . Para a agência, o México e a Venezuela podem suportar os subsídios devido as suas posições de exportadores. A AIE avalia que o custo dessa política representa 2% do PIB mexicano e 7% do venezuelano. No caso da Argentina, a AIE nota que o país se depara com desabastecimentos constantes, já que as empresa privadas relutam em abastecer o mercado doméstico.
quarta-feira, 11 de junho de 2008
Só o Brasil elevou preços
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