quarta-feira, 4 de junho de 2008

BM&F e Bovespa preparam-se para a internacionalização

Menos de um ano depois da abertura do capital e dois meses depois da fusão, a BM&F Bovespa começa a preparar sua internacionalização. "Temos um papel a cumprir no cenário internacional", disse nesta terça-feira Gilberto Mifano, recém-nomeado presidente do conselho de administração da holding, em palestra a profissionais de mercado.

Mifano salientou que ainda não há nenhuma operação específica em estudo, mas que uma integração dos mercados na América Latina faz parte da estratégia.

"Com a fusão da Bovespa com a BM&F, nós nos tornamos uma das maiores bolsas do mundo, viramos um player global. Oportunidades (de aquisições) vão ser consideradas, desde que façam sentido estratégico e dêem retorno para os acionistas", acrescentou.

O executivo avaliou ainda que a concessão ao Brasil do selo de investimento seguro pelas agências Standard & Poor's e Fitch terá reflexos positivos para o mercado acionário no Brasil.

Um deles é a retomada das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) no segundo semestre. "É possível que retomemos os níveis de 2006", disse.

No ano passado, o volume captado em ofertas iniciais de ações na Bovespa somaram US$ 30,1 bilhões, segundo dados da Thomson Reuters, um aumento de 296% em relação aos US$ 7,6 bilhões de 2006. No acumulado de 2008 até ontem, o total captado por esse meio era inferior a US$ um bilhão.

Mifano acredita ainda que o volume diário de negócios no mercado doméstico deve continuar crescendo. Desde a elevação da nota soberana brasileira pela S&P, em 30 de abril, o volume médio da Bovespa já subiu 21,5%.

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