"Os bancos estão preocupados em fazer corretagem", afirma André Gordon, sócio-gestor da GTI Administração de Recursos. "Eles ganham de 3% a 9% sobre o valor captado na emissão de ações e valorizam os papéis de qualquer jeito."
Segundo ele, o caso da Agrenco foi simbólico. Há menos de um ano, a empresa de agronegócio captou R$ 666 milhões, valendo R$ 10,40 a ação. Após o escândalo e a prisão dos controladores, os papéis deixaram de ser negociados, mas, na última cotação, de 27 de agosto, valiam R$ 0,44.
"O Credit Suisse avaliava as ações da empresa em R$ 24", diz Gordon. "O relatório do analista chamava-se "Agrenco -Deep Value in the Land of Opportunity" [Grande Valor em Terra de Oportunidades]. Houve erros graves, que prejudicam o mercado como um todo."
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