Os fundos de investimento que aplicam em ações de empresas com práticas de sustentabilidade devem se desfazer dos papéis da Petrobras a partir de segunda-feira. Com a mudança da carteira teórica do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da BM&F Bovespa, válida a partir do dia 1º de dezembro, as gestoras que administram esses fundos precisam reformatar as carteiras e desfazer posições na petrolífera, excluída do índice.
Conforme dados da Anbid, são 29 fundos focados em ações de sustentabilidade e governança corporativa, que totalizavam ao final de outubro um patrimônio líquido de R$ 1,06 bilhão. Os papéis da Petrobras representam atualmente 23% da carteira teórica do ISE. Somente a Bradesco Asset Management administra cinco produtos do tipo. "Seguimos exatamente o que o estatuto dos fundos define, que é o investimento na carteira do ISE. E, a partir de segunda-feira, a Petrobras estará fora na nossa carteira", diz Herculano Alves, superintendente executivo de renda variável do Bradesco, sobre os fundos sustentáveis, cujo patrimônio é cerca de R$ 40 milhões. A única flexibilidade permitida é a inclusão de ações preferenciais e ordinárias de uma mesma empresa, mesmo que só uma esteja na carteira do ISE.
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