quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Quer algumas idéias de ações pra 2009?

As melhores ações para 2009 na avaliação da Fator
Large Caps
Empresa
Ação
Preço atual (R$)*
Preço-alvo (R$)
Potencial de alta (%)
Itaúsa ITSA4 8,93 11,95 33,82
Weg WEGE3 11,57 14,10 21,87
ALL ALLL11 10,17 17,00 67,16
Redecard RDCD3 24,56 29,30 19,30
Petrobras PETR4 23,80 24,61 3,40
Vale do Rio Doce VALE5 25,93 28,90 11,45
Cesp CESP6 14,50 27,00 86,21
Ambev AMBV4 110,90 137,00 23,53
Telesp TLPP4 48,23 65,70 36,22
AES Tietê GETI4 14,90 21,00 40,94
Banco do Brasil BBAS3 15,65 20,08 28,31
Vivo VIVO4 33,70 42,63 26,50
Telemar / Oi TNLP3 41,50 51,13 23,20

Previsões de 2009

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Planos de previdência

Como alternativa para investimento em 2009, estava pensando em um PGBL.
Estou na faixa de IRPF de 27,5%, e se deixar o dinheiro aplicado no PGBL por 10 anos, tenho opção de resgate por uma alíquota de 10%.

Fui a campo pesquisar, fui em dois dos maiores bancos privados brasileiros, afinal neste tipo de produto eu procuraria solidez e segurança para longuíssimo prazo.

Encontrei taxa de administração de 3% sobre o patrimônio.
Mais uma taxa de carregamento variável entre 1,5% e 5% sobre os aportes, varia de acordo com o montante aportado.
Isso quer dizer que eu saio pagando, de início, até 8% só de taxas.

Fiz uma simulação no Excel, horizonte de 10 anos, estas taxas que os bancos cobram praticamente anulam a vantagem do diferimento do IRPF. E a situação piora quanto menor for o salário da pessoa.

Se bem que um dos gerentes que me atende me prometeu isentar da taxa de carregamento.

Ficar sempre atento ao que o banco nos cobra. Estas taxas são quase imorais.
E por estas e outras que sempre vale a pena ter encarteirado ações de bancos, lucro certo.

Dez chances perdidas para fechar a boca

Peter Coy, BusinessWeek
Eis algumas das piores previsões feitas para 2008. Aproveite, pois uma safra como esta não aparece todos os anos.

1) "Um rali muito poderoso e estável está a caminho. Mas poderá ser preciso mais uns dois dias para ele começar. Se preparem e tenham fé!" - Richard Band, editor da "Profitable Investing Letter", 27 de março de 2008.

Na data da previsão, o índice Dow Jones Industrial estava nos 12.300 pontos. No fim de dezembro ele estava em 8.500 pontos.

2) A AIG "poderá ter ganhos enormes no segundo trimestre." - Bijan Moazami, analista da Friedman, Billings, Ramsey, 9 de maio de 2008.

A AIG acabou perdendo US$ 5 bilhões naquele trimestre e US$ 25 bilhões no trimestre seguinte. Ela teve seu controle assumido em setembro pelo governo americano, que vai gastar ou emprestar US$ 150 bilhões para manter a companhia operando.

3) "Eu acho que a Freddie Mac e a Fannie Mae estão fundamentalmente sólidas. Elas não correm o risco de afundar... Acho que elas estarão bem no futuro." - Barney Frank (representante do partido Democrata por Massachusetts), presidente do comitê de serviços financeiros da Câmara dos Representantes, 14 de julho de 2008.

Dois meses depois, o governo interveio nas gigantes hipotecárias e prometeu investir até US$ 100 bilhões em cada uma.

4) "O mercado está em processo de autocorreção." - presidente George W. Bush, em um pronunciamento feito em 14 de maio de 2008.

No resto do ano o mercado continuou se corrigindo... e corrigindo... e corrigindo.

5) "Não! Não! Não! O Bear Stearns não está com problemas." - Jim Cramer, comentarista da rede CNBC em 11 de março de 2008.

Cinco dias depois, o JP Morgan Chase assumiu o controle do Bear Stearns com ajuda do governo, quase que exterminando os acionistas da instituição.

6) "Vendas de moradias já existentes tendem a crescer em 2008." - Manchete de um "press release" da Associação Nacional dos Corretores de Imóveis em 9 de dezembro de 2007.

Em 23 de dezembro de 2008 o grupo disse que as vendas de novembro estavam em uma taxa anualizada de 4,5 milhões de unidades - queda de 11% em relação ao mesmo período do ano anterior - , na pior retração registrada pelo setor imobiliário desde a Grande Depressão.

7) "Eu acho que o preço do petróleo estará em US$ 150 no fim do ano." - T. Boone Pickens, 20 de junho de 2008.

O barril de petróleo custava na ocasião US$ 135. Hoje está baixo dos US$ 40.

8) "Eu acredito que haverá algumas falências... Não antecipo nenhum problema sério do tipo entre os grandes bancos ativos internacionalmente e que representam uma parte bastante substancial de nosso sistema bancário." - Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed), em 28 de fevereiro de 2008.

Em setembro, a Washington Mutual tornou-se a maior instituição financeira a falir na história dos EUA. O Citigroup precisou de socorro ainda maior em novembro.

9) "No ambiente regulador de hoje, é praticamente impossível violar as regras." - Bernard Madoff, gerente de investimentos, 20 de outubro de 2007.

Cerca de um ano depois, Madoff - ex-presidente do mercado de ações da Nasdaq - disse a investigadores que havia fraudado seus investidores em US$ 50 bilhões.

10) "A Bound Man: Why We Are Excited About Obama and Why He Can't Win" (algo como "Um Homem Coagido: Por que Estamos Tão Animados com Obama e Por que Ele Não Conseguirá Vencer" - título de um livro do escritor e comentarista conservador Shelby Steele, publicado em 4 de dezembro de 2007.

Senhor Steele, gostaria de ser apresentado ao presidente eleito?

O valor das coisas

Lendo novamente o livro do Edgar Paulos, "A lógica do mercado de ações", revi uma questão bastante interessante.

Foi oferecido a você uma lâmpada mágica, com um gênio dentro, que atenderá a qualquer pedido seu. Quanto você pagaria por ela? A condição é que você deverá revender a lâmpada por um valor inferior ao que pagou por ela. E assim sucessivamente, alguém compra, usa, e tem de revender a um valor inferior ao que pagou.

É praticamente um esquema de pirâmide ao contrário. Pois o último a comprar não aceitaria pagar R$0,01, pois não teria como revender a um valor inferior.

Voltando a questão de quanto você pagaria por ela. Não pode ser R$0,01, evidente. Nem R$0,02, pois certamente você não acharia comprador.

Talvez você pagasse um valor mais significativo, como R$ 100.000,00. Mas existe uma incerteza sobre a possibilidade de você encontrar comprador, desde que esse comprador tenha um comportamento racional.

Pra pensar no ano novo que se inicia

Vamos supor que seja oferecida a você a quantia de R$1.440 todos os dias. Pra você gastar como quiser. A única condição: você precisa gastar tudo no próprio dia, não pode poupar nem utilizar no dia seguinte.

Como você faria uso desta importância?

Assim é a nossa vida. Temos 1.440 minutos todo dia. Temos de decidir como usar cada um desses minutos. Se não usarmos é um tempo perdido, que não tem como recuperar.

domingo, 28 de dezembro de 2008

Esse texto...

Impressionante como os autores se expressam.
Texto bem chauvinista.
Ainda assim, deve ter gente que acredita e utiliza estes conceitos.


Um trader precisa saber quando sair de uma posição. Ele não está casando com o trade; é mais como se fosse um encontro típico. Encontre o trade, entre, tire o que puder dele e então saia sem olhar para trás. Claro, você irá prometer ligar no dia seguinte, mas então uma nova ação vai ter atraído sua atenção.

"A trader needs to learn when to let go of a position. He is not marrying a trade; it's more like a typical date. Find the trade, get in, get what you can out of it and then get out without looking back. Sure, you'll promise to call the next day, but by then a different stock has caught your fancy."
High Probability Trading, Marcel Link

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Sexta feira pós Natal

Hoje a Bovespa girou apenas R$1,192 milhões, o menor giro do ano.
Apenas 101.000 negócios.
Mas pelo menos subiu 1,08%.

Hoje, dei uma passada aqui no blog só para dar uma olhadinha, acho que nem nada de relevante para analisar ou informar.

Fui às compras, na Rua Santa Efigenia, em SP, rua lotada. Acho que todo mundo teve a mesma idéia, matar o serviço e ir passear.

Tendência de dias mornos na Bovespa até o ano que vem.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Petrobras e os emprestimos

Parece muito fator político, esta discussão toda sobre os empréstimos da Petrobras na Caixa Federal e no BB. Devido a magnitude da empresa, os valores parecem irrisórios, nada para se preocupar.

Mas o governo brasileiro, acionista da empresa, também não tem ajudado muito:
- notícias na mídia sobre excesso de contratações, sugerindo inclusive que seria um cabide de empregos
- não reajuste do preço da gasolina, lembrando que o barril bateu em US$145, e agora por volta de US$40
- Petrobras anunciando vários programas de redução de despesas
- Ministro das Minas e Energia anunciando a criação de um empresa para gestão dos direitos de exploração sobre os poços pré-sal
- relativa passividade nas relações com Bolivia e Venezuela.

Ser sócio de empresas com o governo não é fácil....

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A obtenção de melhores condições de taxas e prazo de pagamento foi o que motivou a Petrobras a alongar suas dívidas junto ao Banco do Brasil e à Caixa Econômica Federal, aumentando em mais R$ 1,5 bilhão o valor do empréstimo com esta última.

A Petrobras informou que o montante devido à Caixa agora é de R$ 3,6 bilhões, e de R$ 2 bilhões com o Banco do Brasil.

"No momento em que se tomou o crédito, especialmente o da Caixa, as condições não eram as melhores do mundo, mas eram as possíveis. Alongando o prazo nas duas operações, estas condições melhoraram muito", disse uma fonte da estatal, sem informar os porcentuais.

Os dois empréstimos têm agora prazo para pagamento até 2011 e não mais até 2009 como anteriormente. A operação da Petrobras foi recebida de maneira "natural" pelo mercado.

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Sindicato pede redução da jornada de trabalho na Vale

Os Sindicatos da Coordenação Única dos Trabalhadores da Companhia Vale (Cutvale) informaram que aceitam discutir uma redução na jornada de trabalho dos trabalhadores da companhia. Em nota à imprensa divulgada nesta terça-feira, 23, eles exigem, em contrapartida, a revogação de todas as demissões ocorridas desde o primeiro dia de novembro.

Segundo nota da Cutvale, proposta nesta linha foi encaminhada na segunda-feira ao presidente da Vale, Roger Agnelli, ao presidente do Conselho de Administração da companhia, Sérgio Ricardo Silva Rosa, à diretora de Recursos Humanos Carla Grasso e ao diretor de Relações Trabalhista e Clima Organizacional, Roberto Rui Lima de Figueiredo.

No documento, a coordenação propõe discutir soluções que "poderiam amenizar a crise que está ocorrendo na Vale". "Este momento requer da direção da empresa, bem como dos representantes dos trabalhadores, reflexão e atitudes construtivas, objetivando a superação deste momento sem insegurança, que resulta apenas em desconfiança e insatisfação da força produtiva da Vale", diz a nota.

Segundo o diretor da Cutvale, Jorge Luiz Campos, há a expectativa de que representantes do sindicatos se reúnam com a empresa em janeiro. Até o momento a Vale anunciou 1,3 mil demissões de trabalhadores. Mas a Cutvale alega que já são 3 mil funcionários diretos que foram desligados, mais cerca de 6 mil trabalhadores terceirizados.

"Sabemos que é complicado rever demissões, mas vamos insistir nisso, além de pedir à empresa que suspenda sua política de demissões que vem continuando, para dar mais tranqüilidade aos funcionários contratados hoje", diz a nota.

A assessoria de imprensa da Vale informou que o número de demitidos foi mesmo de 1,3 mil trabalhadores. A empresa não comentou a carta dos sindicatos.

Gerente de fundo francês ligado a Madoff comete suicídio

O francês Thierry de la Villehuchet, gerente de fundo cuja empresa levantou recursos na Europa para o esquema de "pirâmide" de investimentos de Bernard Madoff, suicidou-se nesta terça-feira em seu escritório de Nova York, informou o jornal parisiense La Tribune. De la Villehuchet, de 65 anos, é um dos fundadores da Access International, que investia no esquema de Madoff.

Segundo parentes de De la Villehuchet citados pelo La Tribune, ele "não teve como lidar com as pressões que se seguiram à eclosão do escândalo. Ele tomou sua própria vida esta manhã em seu escritório de Nova York. Este é o adeus de alguém que não fez nada de errado. Na última semana, ele vinha tentando, dia e noite, encontrar uma maneira de recuperar o dinheiro de seus investidores e havia iniciado uma ação judicial nos EUA contra as autoridades norte-americanas. Ele não pôde agüentar a caça a culpados lançada pelos europeus".

Segundo os procuradores da Justiça dos EUA, Madoff confessou ter perdido US$ 50 bilhões de milhares de clientes com seu esquema de pirâmide. Ele pagou US$ 10 milhões de fiança para não permanecer preso à espera de seu julgamento e está em prisão domiciliar em Nova York. As informações são da Dow Jones.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Forex

Operar taxa de câmbio também poderia ser uma excelente oportunidade. Já operei mini-contratos de dólar futuro no BM&F.

Começaram a aparecer ofertas para operar Forex. Pouco sei deste mercado.
Sei que se trata de operar pares de moedas, por exemplo GBR/USD. Sei também que se mede em pips, e que o mercado é estremamente volátil.

Dúvidas: não tem nenhuma corretora brasileira que ofereça a operação, neste caso será que é ilegal? Como faz para remeter o dinheiro para a corretora, para margem de garantia e cobertura de ajuste diário? Quais os mecanismos de controle de risco de perda, como "stop-loss"? Quais ferramentas são disponibilizadas? Como acompanhar as cotações, on-line e em tempo real?

Muitas dúvidas....

Corte de juros na China

Anunciado um corte de 0,27 pontos percentuais na taxa de juros.
É um número estranho, aqui a gente está acostumado a corte de 0,25 pontos.

Acho este número de 0,27 deve estar relacionado a cultura deles, números múltiplos de 9.
Se for para dar sorte, não há mal, não é mesmo?

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PEQUIM (Reuters) O banco central chinês reduziu a taxa básica de juros e a taxa de depósito em 0,27 pontos percentuais nesta segunda-feira, o quinto corte desde meados de setembro.

Os custos de empréstimos bancários de um ano caíram para 5,31 por cento ante 5,58 por cento, enquanto a taxa de despósito de um ano recuou para 2,25 por cento de 2,52 por cento, afirmou o BC chinês.

O corte de juros passa a ser efetivo na terça-feira, afirmou o banco central em seu site na Internet (www.pbc.gov.cn).

Em tempos de crise

Cerca de 37% dos mais de 2 mil adultos entrevistados apontaram o sexo como passatempo grátis predileto.

No questionário de múltipla escolha, constavam ainda as opções "conversar com amigos", "olhar vitrines", "ir a um museu", "nenhuma destas opções" e "não sei".

A pesquisa foi realizada entre os dias 21 e 23 de novembro pela empresa YouGov para a Terrence Higgins Trust - uma das principais instituições de caridade britânica voltada para portadores de HIV e em defesa de uma vida sexual saudável.

A organização, que faz campanha pelo sexo seguro, elogiou o fato de que foi registrado um aumento nas vendas recentes de preservativos no país.

População japonesa

Olhei os dados abaixo, de reportagem da BBC.

Com uma pirâmide populacional como essa, país fechado, povo extremamente poupador, não tem pacote capaz de segurar a economia japonesa. Deve ser por isto que repetidas vezes vemos notícias de estagnação daquele país.

Marcas consagradas do Japão perderam muito espaço para concorrentes coreanos e chineses.

Ainda assim, o Japão é a 4a. economia do mundo, se não me engano.

Mas e economia mundial não poderá depender deste país.

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A chegada da recessão levou muitos brasileiros a pensar na volta definitiva ao país natal. Apesar do cenário nem um pouco animador da economia local, será muito difícil a comunidade brasileira simplesmente sumir do arquipélago.

Uma análise profunda sobre o destino da sociedade japonesa mostra uma queda dramática no contingente populacional. Se o ritmo de crescimento do país ficar do jeito que está, em 100 anos a população nipônica terá sido reduzida a quase um terço dos 127 milhões atuais.

Neste sentido, o arquipélago necessita, hoje, segundo a ONU, importar 640 mil trabalhadores estrangeiros apenas para manter o mesmo nível do mercado de trabalho.

Pico do pretróleo

Pico do petróleo se refere ao momento em que a produção mundial de petróleo irá atingir seu máximo, a partir deste ponto a produção entraria em declínio.

A cerca US$40/barril, depois de ter batido mais de US$145 este ano, ficam inviabilizados projetos como o do pré-sal brasileiro, poços no litoral africano e alguns poços pouco no Canadá (cujo custo de extração chega a US$90/barril).

Atualmente sobra petroleo no mundo, por isto a queda. Há notícias de que a Shell está armazenando petróleo em navios petroleiros, aguardando melhores preços e clientes.

Projetos de energia alternativa, inclusive o álcool brasileiro, ficam para um segundo plano.

Se a China sofrer com a recessão também, imaginem a quanto poderá chegar o preço do petróleo a curto prazo.

Você tem ações da Petrobrás?

Custos com empregados

As empresas norte-americanas podem reduzir custos com mão-de-obra:

- semanas de 4 dias
- férias não remuneradas
- concessão de licenças
- congelamento de salários
- esquemas de horário de trabalho flexíveis

Isto para não ter de apelar para demissões.
Algumas idéias para serem aplicadas por aqui também. A legislação trabalhista atual não prevê as possibilidades acima, obrigando a discussão de acordo com sindicatos.

Um pouco de modernização para as relações trabalhistas.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Perder dinheiro na Bolsa

O texto abaixo saiu na Folha de SP de hoje.
Texto curioso, mas me parece meio longe da verdade do investidor médio.
Em todo caso, fica aqui a reprodução da reportagem


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Evidentemente, o defunto não pode ser tratado de maneira tão prática quando se fala em perda do vigor sexual -um fantasma quase tão assustador quanto o do empobrecimento, concordam os psicanalistas.
Para usar a linguagem do mercado, o especulador que optou por um investimento pessoal "conservador" e, nas palavras de Jorge Forbes, faz com a mulher um sexo programado, não perde muito (já que, como diz o outro, não há muito que perder).
"A mulher que esse jovem financista escolhe não é necessariamente a que o atrai, e sim aquela com a qual vai fazer uma boa dupla social", diz Forbes.
Por sua vez, o investidor ousado, que preferiu optar por uma aplicação de risco, acha que pode ignorar o fracasso sexual transando com profissionais. Em seu isolamento, o "dono do mundo" resolve a questão como se fosse apenas uma necessidade fisiológica.
"Ouço gente que freqüenta puteiro quase todo dia", conta Cristiano Nabuco. É nesse ponto, diz Ari Rehfeld, que fica visível para o próprio analisando o quão fetichista é sua relação com o dinheiro. E, bom, aí só resta rezar para a crise (a financeira) acabar logo.

Gas natural

O governo de São Paulo anuncia nesta semana autorização para a Comgás reajustar em 19% o preço do gás cobrado dos grandes consumidores industriais do produto no Estado, informa Guilherme Barros em reportagem publicada na edição da Folha deste domingo (íntegra disponível para assinantes do jornal ou do UOL).

Para os pequenos consumidores da indústria, o aumento deve ser de 10%. Já o preço do gás residencial não deve ser reajustado, informa a Folha.

De acordo com a reportagem, a decisão não atende todo o pedido feito pela Comgás, que era de reajuste de 56%. O cálculo da distribuidora é o de que essa defasagem já tenha provocado perdas de R$ 500 milhões até novembro. Em janeiro, iria para R$ 600 milhões.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Juro zero

Nos USA, entre 0 e 0,25% aa.

E no Japão, coisa de 0,1%aa. Muito baixa. E como os japoneses gostam muito de poupar, reduzir juros não se mostrou nunca uma política econômica eficiente, país vive praticamente uma eterna estagnação.

Por aqui, juros de 13,75%aa. Mesmo assim, país cresceu nos últimos anos, pouco mas cresceu.

Fico imaginando que política de juros altos tem pouca eficácia. Porque crescimento econômico depende mais de mercados consumidores, no caso do Brasil e Japão, depende muito mais do mercado consumidor externo.

Montadoras americanas

E o governo Bush empurrou a resolução do problema para o colo do Obama.
Deu dinheiro, cerca de US$17, coisa de metade do que elas queriam. Sem decidir se estas empresas são viáveis a longo prazo.

Se quebrarem, será já com o novo presidente.

Petrobras

Entender a política de preços da Petrobras é impossível. Certamente tem um viés político enorme.

Se a empresa foi prejudicada, e se é uma empresa de capital aberto com ações livremente negociadas no mercado, haveria como responsabilizar os dirigentes por praticar uma política de preços danosa a empresa?

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Quem era Charles Ponzi

Bernard Madoff não é o primeiro milionário a tirar vantagem dos outros por meio das pirâmides financeiras. Na década de 20, o ítalo-americano Carlo (ou Charles) Ponzi entrou para a história como um dos grandes estelionatários especializados no esquema. Ele enganou por volta de 30 mil pequenos empresários nos Estados Unidos com a promessa de pagar altos dividendos em um curto período de tempo - dobrar o capital investido em 90 dias.

Assim como Madoff fez mais tarde, com o dinheiro pago pelas vítimas, Ponzi remunerava quem estava no topo da pirâmide. No tempo das vacas gordas, o rendimento diário do golpista chegou a US$ 250 mil. O esquema naufragou quando as vítimas começaram a pegar de volta seus investimentos. Ponzi foi parar na cadeia.

Ao ser libertado, assim como tantos bandidos que rumam até um paraíso tropical para esquecer dos dias difíceis, Ponzi se mudou para o Rio de Janeiro e viveu no apartamento 112 da Rua Engenho Novo, número 118. Mas a história não teve o final feliz dos filmes, com o bandido tomando uma caipirinha em Copacabana. O golpista morreu na Santa Casa em 1949, paralítico e cego, como indigente. Madoff, ao ser preso, homenageou a fonte inspiradora ao dizer que era "basicamente, um esquema Ponzi gigante" o que ele fazia.

CSN pode demitir 400 funcionários esta semana

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) vai demitir até o fim desta semana cerca de 400 funcionários da usina de Volta Redonda, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense. A empresa confirmou a antecipação de demissões previstas para dezembro e janeiro, sem informar o número.

"Estão aproveitando para tirar vantagem da crise e o pouco que os trabalhadores têm", afirma o presidente do sindicato, Renato Soares Ramos. Segundo ele, a CSN não oficializou as demissões ao sindicato.

Em nota, a companhia informou que as demissões não têm relação com a crise. "A CSN está antecipando demissões de rotina (turnover) que aconteceriam em dezembro e janeiro. Nesses desligamentos, a prioridade é para os colaboradores que já estão em processo de aposentadoria ou já se aposentaram. As demissões não têm relação com a crise econômica, cujas discussões com o Sindicato dos Metalúrgicos ainda não se encerraram."

Na última segunda-feira, a CSN anunciou férias coletivas de 22 de dezembro a 22 de janeiro. Renato Ramos informou que a empresa está negociando com o sindicato a flexibilização de alguns benefícios dos trabalhadores, como a redução do benefício-férias de 70% de um salário para 33,33%, piso estabelecido pela legislação trabalhista.

T4F vai cancelar registro de cia. aberta?

"Como pode imaginar, estão todos muito ocupados com o show da Madonna. Acho difícil você conseguir falar com alguém nesta semana. " Foi assim que, gentilmente, a secretária da Time for Fun, ou simplesmente T4F, responsável pela organização da turnê da cantora, declinou da solicitação da entrevista para comentar a decisão da empresa de cancelar seu registro de companhia aberta. Certamente, um assunto completamente fora da lista de prioridades da empresa de entretenimento neste momento. Pelo menos, nesta semana agitada.

A T4F obteve registro de empresa aberta em fevereiro deste ano. A companhia pretendia listar ações no Novo Mercado neste ano. O objetivo era realizar uma oferta de, no mínimo, US$ 100 milhões, de acordo com o piso estabelecido no acordo de acionistas.

Sem sequer a expectativa de uma fresta para captação em ações em 2009, a manutenção do registro de empresa aberta acaba sendo onerosa. Só obrigações legais. Poucos benefícios.

Como não há minoritários fora do acordo de sócios, a T4F não terá gasto ao cancelar seu registro, pois não há necessidade de oferta para comprar ações em mercado - uma vez que elas não existem. Por conta disso, a empresa pretende pedir à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para cancelar o registro com um "procedimento diferenciado". Ou seja, sem os trâmites de uma operação que envolveria uma oferta de ações tradicional com essa finalidade, com laudos e editais, entre outros.

Dinheiro fundo do Madoff

A fraude envolvendo o fundo hedge americano gerido pelo ex-presidente da Nasdaq Bernard Madoff deve desencadear uma caçada internacional em busca de eventuais recursos que o gestor possa ter escondido pelo mundo. Para os investidores, inclusive muitos brasileiros, apanhados pelo escândalo da carteira que funcionava num esquema de pirâmide, onde os aplicadores novos pagavam os antigos, e que chegou a US$ 50 bilhões de patrimônio, só resta esperar o processo legal de liquidação, que começa com o levantamento dos ativos que eventualmente tenham ficado no fundo e posterior investigação de desvio de recursos pelo próprio Madoff e por pessoas a ele ligadas.

A explicação é do advogado Otto Lobo, do escritório Motta, Fernandes Rocha Advogados, que vem recebendo consultas de vários brasileiros sobre o que fazer agora que a pirâmide desabou. O escritório é associado à Fraudnet, divisão especializada em combate a fraudes da International Chamber of Commerce (ICC).

Investidores estrangeiros voltando

Esta é uma boa notícia, tudo se tranquilizando.

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Desde o início do mês, mas com mais intensidade da semana passada para cá, o mercado brasileiro vem se recuperando. Alguns dizem que é pela melhora do cenário internacional, enquanto outros atribuem o movimento ao rali de alta que tradicionalmente costuma ocorrer no fim do ano. Seja por um motivo ou por outro, o que se sabe é que essa valorização está sendo patrocinada pela volta do investidor estrangeiro. Os mais pessimistas acham que ele está retornando apenas para se aproveitar de um ganho ali outro acolá e que irá bater em retirada assim que estiver com os bolsos cheios. O que se diz nas mesas de operações é que a maior parte é formada por investidores institucionais de longo prazo, como gestores de fundos de ações de grandes gestoras de recursos, que costumam fazer aplicações vislumbrando pelo menos os próximos 12 meses. Caso isso seja verdade, é bem possível que a alta das ações neste mês seja mais do que um simples rali de fim de ano.

Os números comprovam o interesse crescente desses investidores. No mês, até o dia 12, o saldo líquido (diferença entre compras e vendas) de estrangeiros na Bovespa está negativo em R$ 483 milhões, sendo que até o dia 5 essa cifra estava negativa em R$ 3 bilhões. Isso significa que nos cinco pregões da semana passada (de 8 a 12 de dezembro), as compras de ações dos estrangeiros superaram as vendas em cerca de R$ 2,5 bilhões. Nada mau considerando que nos últimos meses, com o agravamento da crise financeira internacional, o que mais se viu foram grandes saídas de recursos.

Cheque sem fundos

Eu, que moro em São Paulo, praticamente não uso mais cheques, para nada.
Nas próprias lojas da Santa Efigênia, onde compro acessórios de informática e eletrônicos, e nas lojas do comércio popular da rua 25 de março a preferência é por dinheiro vivo e cartão de de débito e crédito.

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A inadimplência medida pela devolução de cheques sem fundo em novembro cresceu 12,5% em relação ao mesmo mês de 2007, com 21,6 cheques devolvidos para cada mil compensados - maior volume registrado neste ano. Conforme dados da Serasa Experian, dos 105,44 milhões de cheques compensados, 2,28 milhões foram devolvidos por insuficiência de fundos. Na comparação com os dados de outubro, o aumento das devoluções foi de de 7,5%. Naquele mês foram devolvidos 20,1 cheques para cada mil compensados. No acumulado do ano até novembro, a proporção das devoluções em relação aos cheques compensados cresceu 1% frente ao mesmo intervalo de 2007, com 19,8 cheques sem fundos por mil compensados. O aumento de novembro é afetado pela sazonalidade do último trimestre.

Fundo garantidor de crédito

É estranha essa decisão de utilizar os recursos do FGC para bancos comprarem carteiras de crédito.

É dinheiro, enfim, e o governo deve ter considerado ser um desperdício deixar os recursos para este fim, pois o mercado financeiro tem se mostrado muito sólido e seguro nos últimos anos.

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O Conselho Monetário Nacional (CMN) mudou o estatuto do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) para permitir que essa instituição apóie a expansão das carteiras de crédito de bancos pequenos e médios, que foram os mais atingidos pela crise financeira internacional.

O novo estatuto permite que o FGC empreste recursos aos bancos menores para eles expandirem suas carteiras de crédito. Num segundo momento, o próprio FGC compraria essas novas carteiras de crédito.

Outra alteração no estatuto do FGC permite que essa instituição invista até 50% de seu patrimônio líquido na compra de carteiras de crédito de bancos pequenos e médios. Antes, essas aquisições estavam limitadas a 20% do patrimônio, que em novembro somava R$ 18 bilhões.

Além das alterações feitas pelo CMN, o FGC deverá mudar suas diretrizes de investimento, estabelecendo que só poderão ser investidos recursos na compra de carteiras de instituições financeiras com patrimônio até R$ 2,5 bilhões. Além disso, as carteiras adquiridas não poderão ultrapassar 50% do patrimônio de referência de cada instituição.

Opção de investimento

O volume em custódia de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) na Câmara de Custódia e Liquidação (Cetip) apresenta um aumento de 143% neste ano, passando de R$ 2,8 bilhões em dezembro de 2007 para R$ 6,9 bilhões até o último dia 8. Em março, o estoque já havia superado a marca de R$ 3,7 bilhões, atingindo R$ 5,2 bilhões em julho e superando o patamar de R$ 6 bilhões a partir de outubro.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Pedágio

O primeiro dia de cobrança do pedágio nas 13 praças do Rodoanel, no trecho oeste do Estado de São Paulo, foi marcado por tumulto na manhã desta quarta-feira. Segundo a concessionária Rodoanel Oeste que administra o trecho (que interliga as rodovias dos Bandeirantes, Anhangüera, Castello Branco, Raposo Tavares e Régis Bittencourt), as reclamações começaram por volta das 7h30 de hoje, no pedágio localizado na saída do Rodoanel para a rodovia Castello Branco.

Segundo a Polícia Rodoviária Estadual, o trecho apresentava lentidão, mas dentro da média para o horário.

Telefone celular

Idéias simples, para empresas no relacionamento com clientes:

1. Navegar no celular: idéia óbvia.
2. Receber um SMS da loja, no momento que você entrar na loja, com ofertas do dia
3. Poderia navegar no celular, até para me ajudar a comprar. Seria útil em supermercados, por exemplo. Ou poderia informação customizada, enquanto ando pela loja.
4. Utilizar o celular para pagamento, ou para obter descontos especiais.

Coisas simples, só implementar.
Eu, pessoalmente, iria adorar.

OPEC

OPEC se reuniu e decidiu cortar a produção em 2,2 milhões de barris/dia, mais do que o Brasil produz por dia.

Trata-se do terceiro corte de produção decidido desde setembro passado. Depois deste corte, acumula corte de cerca de 12% da produção.

Esperam que talvez o preço volte a cerca de US$80/barril. Muita esperança, pouca certeza.

E, produzindo petróleo, tem muitos países complicados e problemáticos. Não há como garantir que os países irão respeitar o acordo. Quando precisam de dinheiro, vendem, nem que seja por baixo dos panos.

O segundo maior produtor mundial de petróleo, a Russia não pertence ao cartel. Outros produtores importantes fora do cartel são México, Noruega e Azerbaijão.

Pertencem a OPEC:
Irã
Iraque
Kuwait
Arábia Saudita
Venezuela
Catar
Indonésia
Líbia
Emirados Árabes Unidos
Argélia
Nigéria
Equador
Angola

Cozinhar em casa

Os norte-americanos passaram a comer mais em casa, como forma de reduzir despesas, para tentar enfrentar esta crise atual.

Bom para empresas de alimentos, como a Conagra.

Mas não é só. Americanos agora cortam cupons de desconto nos jornais, aproveitam ofertas, compram menos carne ou escolhem peças mais baratas, aproveitam sobras, compram marcas de supermercado (no lugar de marcas famosas de fabricantes), comparam preços entre lojas.

Estas técnicas não tem nada de novo, eu faço isso em casa a muito tempo, tenho certeza que a maioria dos brasileiros também. Se eles quiserem, podemos até dar uma consultoria para os norte-americanos.

Veja matéria completa no NYTimes
http://www.nytimes.com/2008/12/10/dining/10home.html?ref=your-money

Preso em casa

Bernard Madoff, responsável pela pirâmide de US$50 bi que ruiu na semana passada, vai ficar preso em casa. Praticamente mordomia, preso no conforto do lar.

E vai ficar sobre monitoramento eletrônico. Nunca vi um desse, é como uma coleira que colocam nele, aí ficam monitorando onde ele está? Igual a gente vê nos filmes na televisão, eu acho.

Entre os clientes que perderam dinheiro, várias fundações, inclusive a fundação da família Madoff, algumas universidades. Esta perda foi democrática.

Fortunas podem já ter perdido US$ 10 tri

Como presidente do private banking do Credit Suisse, Walter Berchtold está numa posição-chave para constatar até que ponto a dramática crise financeira global continua destruindo fortunas. Pelos cálculos do banco suíço, o estrago é bastante grande: as perdas somam cerca de US$ 10 trilhões em ativos como ações e no mercado imobiliário somente neste ano, num dos maiores impactos negativos sobre as riquezas.

Mas Berchtold vê ocasião para recuperação e surgimento de novos milionários a partir do segundo semestre de 2009, com a roda da fortuna voltando a girar. É quando o banco suíço espera que a injeção de centenas de bilhões de dólares dos planos lançados pelos governos de países desenvolvidos e emergentes começarão a ter efeito na economia real. "O primeiro semestre de 2009 será de transição e o segundo deve ter algo positivo e (mais milionários) vão aparecer", disse Berchtold ao Valor.

Ele se baseia em intervenções gigantescas de governos ao redor do mundo, além de programas de infraestrutura como as planejadas pelo futuro presidente americano Barack Obama, de US$ 500 bilhões a US$ 700 bilhões, para energias renováveis, escolas, pontes. Além disso, ele leva em conta os mais US$ 527 bilhões anunciados na China, US$ 269 bilhões no Japão e mais ? 200 bilhões na União Européia.

papéis defensivos para 2009

A Fator Corretora lança hoje a décima edição de seu tradicional book de análise. Para a edição que vai vigorar em 2009, o investidor encontrará análises detalhadas de 118 empresas listadas na bolsa brasileira de 31 setores. Isso representa aumento ante as 107 companhias avaliadas de 28 segmentos da edição passada.

Voz destoante do otimismo que tomou conta depois que a bolsa bateu os 75 mil pontos, Lika Takahashi, estrategista da Fator Corretora, preferiu reduzir as estimativas para o Índice Bovespa num momento em que a grande maioria dos analistas revisava para cima as projeções. Na ocasião, algumas casas de análise chegaram a projetar 80 mil pontos para o índice no fim deste ano, enquanto a Fator reduziu para 57 mil.

Segundo Lika, desde fevereiro deste ano, o ambiente já dava sinais de deterioração. Algumas empresas e até analistas, no entanto, se mantiveram num estágio de negação, acreditando que as dificuldades seriam passageiras. "O mercado já dava sinais de maior restrição de crédito, menor apetite por IPOs (aberturas de capital) e já não havia tanto espaço para lançamento de debêntures", lembra Lika.

Para o ano que vem, as projeções da corretora apontam para um Ibovespa na casa dos 51 mil pontos em dezembro, o que embute um potencial de valorização de 30%. Para Lika, o preço das ações está muito barato. "Para os investidores que têm horizonte de longo prazo, de pelo menos cinco anos, estamos num momento histórico para comprar ações baratas", avalia. Na visão de Lika, qualquer notícia de ajuda aos mutuários americanos, como taxas menores para as hipotecas, será positiva para a bolsa americana e, por tabela, para a brasileira. "Mas não me atrevo a dizer que o pior já passou, assim como dizer que o pior está por vir", diz.

O sentimento de pânico visto principalmente em outubro, após a quebra do Lehman Brothers, não deverá ocorrer na mesma intensidade daqui para a frente. "Os mercados estão mais confiantes de que as autoridades monetárias agirão para evitar uma crise sistêmica."

Na visão de Lika, os ajustes no mercado devem terminar em meados de 2009. Em momentos de recessão ou desaceleração global, o processo de ajuste dos mercados ocorre mais lentamente. Ela lembra, no entanto, que o mercado irá antecipar essa melhora vislumbrada para o segundo semestre.

Apesar de as ações estarem baratas, a especialista recomenda ao investidor não comprar somente olhando os múltiplos da empresa. Os múltiplos são os parâmetros normalmente usados por analistas para saber se uma ação está cara ou barata. "Não adianta olhar só o Preço/Lucro ou o EV/Ebtida para dizer que o papel está barato", afirma. "As pessoas olham os múltiplos e se sentem confortáveis, mas o investidor precisa ficar muito atento ao fluxo de caixa descontado", diz.

Na opinião da analista, o investidor deve neste momento privilegiar empresas com políticas consistentes de investimento. "É hora de premiar as empresas que tenham prudência e olhar bem o fluxo de caixa da empresa." Para a economia, a equipe de analistas da Fator Corretora estima um crescimento do PIB de 2,2% no ano que vem. Lika avalia que o país passará por uma desaceleração razoável, que irá melhorar no segundo semestre.

Juros zero

Interessante, desta vez o FED fala em faixa de juros entre 0 e 0,25% aa.
Por aqui, a gente ganha 13,75% aa. Nosso governo cuida muito bem dos investidores.


Fed Cuts Key Rate to a Record Low
The New York Times

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Reabrindo para aplicações

Lembram da GWI, cujos fundos hedge chegaram a mais de 90% de perda?
Se credibilidade é tudo no mercado financeiro....
E neste momento, em que tomamos conhecimento da fraude de US$50 bi do fundo gerido pelo
Bernard Madoff...

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O coreano Mu Hak You vendeu ontem importante participação na Lojas Americanas - uma das ações brasileiras que compõem o portfólio do investidor - para recompor a liquidez da sua gestora de recursos, a Global Worldway Investment (GWI). Hoje, a gestora reabre para captações e resgates os fundos GWI FIA e GWI Classic FIA, que foram fechados para operações no dia 8 de outubro por conta do agravamento da crise financeira internacional.

Mu Hak You era o maior acionista individual de Lojas Americanas. Assim, a venda das ações, que aconteceu por meio de leilão na Bovespa, foi um negócio de peso. Movimentou R$ 255,8 milhões, com 211 transações, e levou a ação ordinária (ON, com direito a voto) da varejista ao posto de terceira mais negociada da bolsa nessa segunda-feira, atrás apenas das gigantes Petrobras e Vale do Rio Doce.

A venda envolveu 18,2% das ações ON e 6,6% do capital total da Lojas Americanas. Com a transação, o coreano deve sair do conselho de administração da companhia, o que, porém, ainda não foi anunciado oficialmente.

Segundo a GWI, as ações leiloadas fazem parte da carteira própria de Mu Hak You e do fundo GWI Private. O papel saiu a R$ 5 no leilão, com ágio de 11% em relação ao preço proposto de R$ 4,50. Além de mexer com o volume da bolsa, o leilão influenciou o valor das ações. O papel fechou cotado a R$ 5,35, com queda de 6%.

"Por meio desta iniciativa, a GWI busca recuperar sua liquidez e reafirma seu empenho no plano de recuperação e normalização dos fundos sob a sua gestão", informou a gestora.

domingo, 14 de dezembro de 2008

Trontastic

In 2007, there were 281 billion gigabytes of digital information worldwide, or 45 gigabytes per person. Yearly growth is estimated at 60 percent and, if growth continues at this rate, there will be 1.8 zettabytes of digital information by 2011...

do site www.stats.org

Presentes de Natal para crianças

Brinquedos, de preferência.
Pelo menos, é o que eu sempre queria no Natal, quando era criança.
Sempre achei difícil escolher brinquedos, até porque tudo está muito caro. Então, quais critérios utilizar para escolher o brinquedo adequado?

Como identificar um bom brinquedo?
Ele pode ser jogado de mais de uma forma pelas crianças. Já comprei vários que as crianças utilizavam por meros 30 segundos, para em seguida ser abandonado para sempre.
Brinquedos a pilha ou bateria, evito totalmente, até porque estes são brnquedos que "brincam" sozinhos, sem a participação das crianças

Brinquedos fazem parte do desenvolvimento das crianças
Crianças são cientistas natos. Irão verificar fatores como resistência a quedas, durabilidade, farão testes com água, calor, terra, pressão (pisarão ou sentarão em cima do brinquedo eventualmente).
Desisti de dar brinquedos que contém partes soltas.

Tech-toys
Geralmente são uma péssima idéia. Comprei uma vez um Lego MindStorm para meu filho, com vários motores, uma pequena CPU programável. Nunca usamos, complicado demais.
Nestes casos, se o objetivo é abrir espaço para criatividade da criança com uso de tecnologia, melhor usar os inúmeros sites da internet, com jogos e diversão praticamente grátis.

Brinquedos servem pra aprendizado
Certamente servem, e melhor se puder ser jogado em grupo. Aprender a jogar pelas regras, treinar comunicação interpessoal, liderança.

Mas se o objetivo for ensinar tecnologia, melhor assistir a canais como Discovery e National Geographic. Vão ver como construir pontes, prédios, como consertar navios, e até pequenas experiências.

Acho que isto conta muito, poder aplicar parte do tempo com as crianças, especialmente nesta época de festas, em que a gente costuma ter um pouco mais de tempo livre. E nem vai custar caro.

Procurar brinquedos que busquem atrair a curiosidade e interação com as crianças, não a tecnologia embutida nele por si só.

Vantagens de quem é mais velho

1. Quem é mais velho já viu recessões antes, como congelamento de preçõs, confisco poupança, crise petróleo, inflação, estagflação, bolha da Nasdaq
2. Muitos mais velhos podem tentar optar por trabalhar menos, em nome da qualidade de vida. Especificamente, aqueles que conseguiram construir e acumular patrimônio.
3. Temos experiência real, e menos experiência teórica
4. Trabalhadores mais velhos querem e gostam de ser desafiados. Pelo menos é o que indica uma pesquisa da Pennsylvania State.
6. Sabem que tecnologia não é tudo. Jovens conhecem sobre linguagem de programação, sistemas de ERP, redes sociais, novas tendências em tecnologia. Os mais velhos podem oferecer conhecimento em liderança e vendas, por exemplo. Tecnologia é muito importante, mas definitivamente não é tudo.
7. Trabalhadores mais velhos não precisam de feedback tão constante quantos os jovens.
8. Os mais velhos hoje têm muito mais saúde hoje em dia, fruto de dietas, exercícios físicos e menores níveis de stress que trabalhadores mais jovens.
9. Com o tempo, aprendemos a controlar melhor nossas emoções, administramos melhor a nós mesmos.
10. A rede de relacionamento é tanto maior quanto maior é a idade.

Nem tudo acima serve para investir em bolsa, mas serve para pensar a respeito do seu emprego e de como se relacionar melhor com o mercado de trabalho.

Investimentos e stress

A American Psychological Association fez uma pesquisa com 2500 pessoas nos Estados Unidos. Descobriram que 80% das pessoas se sentem estressadas com o atual cenário econômico, contra 64% em abril deste ano.

Não tem pesquisa como essa por aqui no Brasil, mas certamente podemos traçar um paralelo.

Para controlar um pouco o stress:

- Acompanhe o mercado, mas não precisa ficar mergulhado de cabeça nele. Vamos combinar, uma ou duas vezes por dia é mais que suficiente para sentir o mercado.
- Como você reage a este stress de origem financeira? Come mais, bebe mais, dorme menos...
Fique atento aos sinais. Talvez você possa buscar apoio de especialistas.
- Encare as adversidades como oportunidade de crescimento ou mudança.
- Use o stress como desculpa para praticar alguma atividade física.

Viram? Nem vou falar daquele velha frase feita de que ações é para longo prazo.
Porque depois desta queda de 75000 até 30000 pontos na Bovespa, segurar ações e esperar longuíssimo prazo também virou jogada de cassino.

Vamos todos tratar de "money management", e dar a devida atenção aos analistas gráficos.

Queda dos salários é o próximo passo, afirmam especialistas

A extinção dos supersalários será o passo seguinte ao corte de vagas e à racionalização das equipes nas empresas, apostam especialistas em recursos humanos ouvidos pela Folha. Ao menos durante a crise, as remunerações de diretores e CEOs (chief executive officer, principal executivo de uma companhia) devem ser "realinhadas" e perder dígitos.
"Os salários são crescentes enquanto a economia está em ebulição. Nas crises, isso é revisto", avalia José Augusto Minarelli, da Lens & Minarelli. "As remunerações vão se reequilibrar", prevê Sofia Esteves do Amaral, presidente da DM Recursos Humanos.
Nos Estados Unidos, onde a crise do "subprime" dava sinais já em 2007, levantamento divulgado na semana passada pela The Corporate Library, ONG ligada à promoção de práticas de transparência e governança corporativa em empresas, revelou desaceleração nos contracheques. A remuneração (salário mais bônus) do alto escalão subiu em média "só" 7,5% em 2007, menor taxa dos últimos seis anos. A compensação total média aos presidentes de 2.701 companhias chegou aos US$ 2,05 milhões ao ano -quase R$ 4,9 milhões -ou pouco mais de R$ 370 mil ao mês, considerando 13 salários.

Petrobras reduz a publicidade e assusta mercado

A reunião do Conselho de Administração da Petrobras, que acontecerá na sexta, 19, é aguardada com certa apreensão pelo mercado publicitário.
A Petrobras já afirmou que pretende reduzir os gastos em propaganda no próximo ano. Se isso acontecer, a estatal será a primeira grande anunciante que assumirá cortes na área e poderá ser um indicador sobre como se comportará o setor no próximo ano.
O percentual da redução deve ser decidido na reunião do conselho. O mercado publicitário, no entanto, estima que o corte gire em torno de 30% em relação ao investido neste ano, quando a empresa gastou cerca de R$ 280 milhões.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Pirâmide no mercado de títulos americanos

Bernard L. Madoff Investment Securities é o nome da empresa que proporcionou esta fantástica pirâmide no mercado financeiro americano. Fantástica, considerando que esta firma foi fundada em 1960, e que pagou cerca de 11% em retornos anuais nos últimos anos. De forma segura, pensaram seus investidores.

Hoje, com a prisão de Madoff, há processo pela perda de US$50 bi em investimentos.

A história é mais ou menos assim.

Na terça, dia 09, Madoff comunica a um dos seus executivos seniores que ele desejada antecipar o pagamento do bonus anual em Dezembro, com dois meses de antecedência. Alguns dias antes, ele mesmo havia declarado a outro executivo senior que estava em dificuldades de caixa para pagar US$7 bi, para cobrir um resgate de um dos clientes da casa.

Na quarta, este executivo procura Madoff para obter explicações sobre esta antecipação do bonus. Madoff, no lugar da explicação, convida os dois executivos seniores para uma reunião à noite em seu apartamento em Manhattan.

À noite a revelação. Madoff, um senhor hoje na casa dos 70 anos, declara que todo o sistema de "money-management" dele é uma farsa, uma grande mentira. Um grande sistema de Ponzi, uma pirâmide. Ele vinha pagando os retornos para alguns investidores com dinheiro tirado de novas captações de clientes. Nesta reunião ele declarou que "estava liquidado, que não tinha nada".

Madoff contou que planejava se entregar as autoridades na quinta-feira da próxima semana. Mas que antes gostaria de distribuir cerca US$300 mi para certos executivos, familiares e amigos.

Não houve tempo. Madoff foi preso na quinta-feira. Pena máxima de 20 anos de prisão. Multa máxima de US$ 5 mi.

Parece enredo de filme sobre Wall Street.

Sinal de retração

A Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres) entregará ao governo um levantamento completo sobre o corte na demanda de energia elétrica entre os grandes consumidores do país em 2009.
A crise sobre a economia real provocada pelos problemas financeiros em todo o mundo inverteu completamente a tendência no mercado interno: de uma frenética procura de energia para contratação para o momento atual em que as empresas tentam vender a energia que não vão mais usar no ano que vem.
De acordo com Ricardo Lima, presidente da Abrace, os números consolidados devem ser repassados a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) até o fim deste mês.
O setor estimava que a demanda para contratação antes da crise alcançava 2.000 MW. Esse volume de energia, exigida para 2009 antes da crise, já baixou. Segundo ele, não deve superar os 500 MW hoje.

Barganha imobiliária

Entre a minoria que ainda não sente os efeitos da crise, há mais oportunidades à vista.
O maior site imobiliário da China, SouFun, está organizando uma viagem em janeiro para clientes que queiram procurar imóveis em Los Angeles e São Francisco.
O diretor do site, Liu Jian, disse que 300 pessoas já demonstraram interesse na expedição, atrás de pechinchas imobiliárias na Califórnia. O SouFun tem cerca de 40 milhões de usuários registrados.
A primeira viagem deve contar com 40 possíveis compradores. "O mercado chinês passa por reajustes, os preços ainda estão altos, e muitos investidores chineses gostam de investir em imóveis. Os preços no mercado americano estão convidativos", diz Jian.
O foco da viagem na Califórnia se deve à grande concentração de famílias chinesas com parentes no Estado americano. Muitos dos candidatos pretendem mandar seus filhos estudar por lá no futuro.
Não se sabe, porém, se os filhos também voltarão correndo para a China.

Folha de São Paulo

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Queda no oriente

Sem acordo no senado americano para o pacote de ajuda americana, mercados em queda.
Hoje o dia por aqui no Brasil deve abrir em queda também.


AustraliaASX 100-71.50-2.41%2,897.8012/12 5:07pm
AustraliaASX All Ords-81.70-2.31%3,452.5012/12 5:07pm
AustraliaASX Mid-cap 50-90.70-2.80%3,156.3012/12 5:07pm
Hong KongHang Seng-855.51-5.48%14,758.3912/12 4:37pm
Hong KongHSCC Red Chip-177.22-5.16%3,260.0712/12 4:37pm
JapanNikkei 225-484.68-5.56%8,235.8712/12 4:30pm

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Mudando as regras do jogo

De acordo com notívia veiculada na Folha On-line, a Positivo pensa em mudar os estatuto para conseguir efetivar a venda da companhia.

Claro, tava muita mamata para os minoritários....

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Desde a abertura de capital, no final de 2006, suas ações caíram de R$ 23,5 para R$ 10,45, no pregão de ontem, o que barateou o valor da empresa.

Para fechar o negócio, a Positivo tinha o preço alvo de R$ 4,7 bilhões, embora, segundo a Folha apurou, aceite R$ 3 bilhões. Segundo um dos envolvidos nessa negociação, as conversas podem avançar caso a crise financeira se agrave no primeiro trimestre de 2009. A alta do dólar impacta o caixa da Positivo, que vem operando com margens de lucro pequenas.

É por isso que as propostas continuam em análise. Os chineses querem pagar R$ 2 bilhões, quantia mínima que obrigaria a Positivo a fazer uma mudança de seu estatuto, desprotegendo os acionistas minoritários. Pelas regras vigentes, o comprador de mais de 10% das ações terá de pagar a cotação mais alta dos últimos dois anos, inclusive aos minoritários.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Livro

Este livro parece ser interessante.
Deve sair no Brasil muito em breve. Vai para a lista de livros a ler.

Para Thaler, a irracionalidade dos mercados não é uma surpresa e a atual crise pode gerar uma mudança profunda no pensamento econômico dominante, segundo o qual o mercado é formado por agentes econômicos racionais, capazes, em última instância de fazer as melhores escolhas para si mesmos.

Economista comportamental da Universidade de Chicago, ele descreve no seu mais recente livro (Nudge: O empurrão para a escolha certa) como as pessoas podem – e devem - ser ajudadas a fazer melhores escolhas econômicas sem perder liberdade. Essa é, aliás, a tese central de um movimento criado por ele com o estranho nome de "paternalismo liberal".

Custo da mão de obra

A mão-de-obra nas montadoras americanas representa, atualmente, somente 10% do custo final do produto.
De certa forma, essa história do plano de saúde, fundo de pensão e salários altos é como um lobby da indústria para conseguir benesses do governo.


Figuring Autoworkers’ Pay

Massive computing

Pra quem sonha bater o mercado através de algoritmos de computação massiva, redes neurais e outras técnicas, agora ficou mais fácil. Já dá para comprar um supercomputador.

Bom, pra ficar tudo bom, falta combinar com a telefonica não me deixar sem internet e as corretoras não me deixarem sem sinal..

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Por cerca de 4.000 euros, é possível comprar um supercomputador que cabe em cima da sua mesa. As máquinas, montadas por diversas empresas, são equipadas com unidades de processamento gráfico Tesla C1060 . São chips desenvolvidos pela Nvidia com nada menos do que 240 núcleos de processamento paralelo. Um chip tem 250 vezes a capacidade de processamento de um PC padrão, conforme dados da empresa. Os supercomputadores -com aparência de um desktop convencional- equipados com a tecnologia são projetados para usar uma tomada tradicional como fonte de energia e são silenciosos o suficiente para ficar sobre a mesa do escritório, enumera a Nvidia.

Sobre Publicidade em tempos de crise

Em tempos de economia fraca, os fortes não economizam em publicidade

“A primeira reação é cortar, cortar e cortar, e a publicidade é uma das primeiras áreas afetadas”, observa Peter Fader, professor de marketing da Wharton. Fader acrescenta que quando as empresas cortam a verba de publicidade em momentos de crise, deixam um espaço vazio na mente do consumidor e permitem que empresas mais ousadas avancem sem medo nesse território. A economia atual “oferece uma oportunidade rara para que uma empresa se diferencie das demais e se destaque na multidão”, diz Fader, “mas é preciso muita coragem e persuasão para que a gerência mais graduada embarque nessa idéia”.

De acordo com Leonard Lodish, professor de marketing da Wharton, com a queda na demanda por publicidade, o custo do serviço cai, justificando os gastos com propaganda em meio a um contexto negativo para os negócios. “Se sua empresa tem algo importante a dizer nesse cenário, é muito melhor que o diga agora do que em tempos mais favoráveis”, diz Lodish.

As pesquisas mostram que as empresas que sempre recorrem à publicidade, mesmo em períodos de recessão, têm melhor desempenho a longo prazo. Um estudo feito pela McGraw-Hill Research com 600 empresas, de 1980 a 1985, mostrou que as empresas que optaram por manter ou elevar seu nível de gastos com propaganda durante a recessão de 1981 e 1982 tiveram vendas muito mais expressivas depois que a economia se recuperou. As empresas que utilizaram de forma persistente a propaganda durante a recessão tiveram vendas 256% maiores do que as que fizeram cortes na área.

Artigo completo aqui
http://wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewArticle&id=1621&language=portuguese

A crise vai pegar o Brasil?

Seria divertido, se a crise mundial não fosse tão séria.

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem que tem gente torcendo para que a crise econômica mundial tenha reflexos mais fortes no país para prejudicá-lo.
"Não quebramos nem vamos quebrar. Mas tem gente torcendo. Tem gente que vai deitar rezando "tomara que a crise pegue o Brasil para esse Lula se lascar'", disse, em discurso para funcionários da Odebrecht, que estão fazendo as obras da Ferrovia Norte-Sul, no Tocantins.
Lula explicou aos trabalhadores sobre a necessidade de aumentarem o consumo para que a economia não se desaqueça e aumente o desemprego. Brincando, foi didático com o público: "Quando vocês ouvirem esta palavra durável, é um carro, uma casa, uma máquina. E semiduráveis são uma geladeira, um fogão", afirmou. Na realidade, são classificados como bens semiduráveis itens como vestuário e calçados. Geladeira e fogão são bens duráveis.

Pílula do veneno?

Eu não sabia desta definição do estatuto da POSI3.
Deste jeito, dificilmente vai sair venda a curto prazo.
Mas se sair, seria bom estar dentro, receber R$47,15 por ação do Positivo seria um grande prêmio aos abnegados compradores de IPO.

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A possível venda do controle da Positivo Informática está desafiando os advogados e banqueiros que trabalham na operação. O motivo é a cláusula estatutária conhecida como "pílula de veneno" que engessa os modelos de alienação. Os controladores estão provando do próprio veneno, pois adotaram um dos modelos mais duros de restrição.

O estatuto da empresa limita a compra de uma fatia na companhia a 10% do capital total. Caso contrário, o investidor está obrigado a lançar a uma oferta a todos os acionistas pela cotação máxima do papel alcançada nos últimos 24 meses, que foi de R$ 47,15 - equivalente a mais de cinco vezes o preço de mercado atual (R$ 9,00).

O estatuto da companhia é muito difícil de ser alterado. O regulamento criado pelos próprios controladores diz que aquele que tentar retirar a cláusula é obrigado a fazer uma oferta para todos os acionistas nas condições previstas.

Os controladores da Positivo têm 71,5% do capital total da empresa e os 28,5% restantes estão dispersos no mercado.

Algumas ações que subiram este ano

Investir em títulos com juros zero

Você inestiria em títulos que não pagassem nada de juros?
O investidor norte-americano sim.
Por aqui podemos contar com mais de 13% aa. Nosso governo trata muito de nós investidores brasileiros.



Flight to Safety



Volkswagen

Mais uma empresa pedindo ajuda ao governo de seu país...
Da Folha SP de hoje.

A fabricante alemã de automóveis Volkswagen afirmou ontem que suas divisões financeiras, a Volkswagen Financial Services e o Banco Volkswagen, pediram ajuda ao governo da Alemanha, dentro do programa do país para ajudar o setor bancário. A empresa informou que não conseguirá cumprir suas metas nos próximos dois anos devido aos efeitos da crise.
A Volkswagen Financial Services e o Banco Volkswagen apresentaram pedidos de garantias de empréstimos por meio do Soffin, um fundo governamental para estabilização do mercado financeiro. Em outubro, o Bundestag (Câmara dos Deputados da Alemanha) aprovou um pacote de resgate de 500 bilhões (US$ 640 bilhões) preparado pelo governo para ajudar os bancos do país contra a crise global.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Tribune

Os jornais Los Angeles Times e Chicago Tribune, do grupo Tribune, entam em concordata.

O New York Times deve vender o prédio de sua sede, tentando levantar cerca de R$200mi.

Problema antigo da mídia impressa, concorrência com outros meios de comunicação, em especial internet. Agora com a crise econômica tudo piora muito.

Bovespa em alta

Alta de 8,3%, volume subiu.
Quem sabe, talvez seja movimento de recuperação afinal.
Ufa, chega dessas mínimas....


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Esperançosos com um megaplano de investimentos para tirar os Estados Unidos da crise, os investidores foram às compras, levando a Bolsa de Valores de São Paulo ao maior patamar em cinco semanas.

Com uma disparada de 8,31 por cento, o Ibovespa chegou aos 38.284 pontos. O giro financeiro da sessão somou 4,79 bilhões de reais, acima da média diária recente.

De acordo com profissionais do mercado, o foco dos negócios foi o anúncio feito no sábado pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, de um plano para criar 2,5 milhões de empregos, que incluiria o maior investimento em infra-estrutura desde a década de 1950.

Socorro as montadoras

Quem tem padrinho não morre pagão.....
O caixa do governo americano parece não ter fim. Apesar que US$15bi é uma gota se comparado ao que já foi despejado no colo do sistema financeiro, e a economia não melhorou.

Meio que ganharam um tempo, o problema fica para o próximo presidente, Obama, porque as mudanças nas montadoras americanas terão de ser estruturais também. Não vão poder viver só de SUV.


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A Casa Branca e os democratas no Congresso se aproximavam de uma acordo nesta segunda-feira sobre a proposta de 15 bilhões de dólares para regatar as montadoras norte-americanas, um plano que irá ampliar os empréstimos e deixar decisões importantes sobre reestruturações para o próximo governo.

Segundo o esboço do projeto, obtido pela Reuters, um "czar" do setor automotivo será designado para supervisionar o pacote de resgate e será requerido que cada montadora --Chrysler, Ford e GM-- entregue um plano de reestruturação até 31 de março.

Este irá permitir ainda que o governo detenha ações preferenciais e ordinárias das companhias e acerte os termos para os empréstimos com duração de sete anos a 5 por cento e após cinco anos a 9 por cento.

O esboço do projeto afirma que a ação é necessária para "estabilizar a economia dos EUA" e para "restaurar a liquidez e estabilidade" da indústria automobilística norte-americana.

O Congresso deve considerar o projeto nesta semana para impedir a ameaça de colapso da General Motors e Chrysler, salvando milhares de fábricas e milhões de empregos relacionados durante a piora da recessão norte-americana.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Petrobras e patrocinio Flamengo

A Diretoria da Petrobras desaconselhou a renovação do contrato de patrocionio do Flamengo.

Crise economica sobrando para todo mundo, serão cerca de R$20 milhões por ano que deixam de sair da conta da Petrobras.

Tudo conspira para tentarmos imaginar qual o tamanho atual dos problemas financeiros da Petrobras.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Itaú fecha parceria com Marisa e investe R$ 120 mi

Desse total, R$ 65 milhões são pela exclusividade e uso da base de clientes da rede de varejo e 55 R$ milhõess são vinculados ao cumprimento de metas ao longo de 5 anos.

O banco Itaú anunciou nesta sexta-feira que fechou acordo com a rede de moda feminina Marisa para venda de produtos e serviços financeiros à base de clientes da rede de varejo. Os grupos tinham assinado um memorando de entendimento sobre a parceria de 10 anos em outubro. Com a assinatura do acordo, o Itaú investiu cerca R$ 120 milhões, que serão disponibilizados para a Marisa de imediato, informou o banco.

BC não tem meta para conter o dólar, diz Meirelles

"O Banco Central não tem meta para a taxa de câmbio, nem defende cotações específicas. Nossa atuação visa corrigir distorções na formação de preços em função de problemas de liquidez do mercado", disse o presidente do BC.

O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, afirmou nesta sexta-feira que a autoridade monetária não tem meta para o dólar e que é preciso serenidade na sociedade sobre o atual momento de crise mundial.

Em evento com empresários do setor eletrônico em São Paulo, Meirelles disse também que "temos tido pânico na sociedade em relação à inflação. Agora há pânico em relação à atividade. Nem o primeiro se mostrou correto, nem o segundo será evidenciado de forma consistente pelos fatos".

"Serenidade é sempre bom e é essencial em momento de crise. Nestes momentos, cabe reafirmar nossa confiança nas políticas adotadas", afirmou ele.

GM corta produção em 3 fábricas nos EUA e demite 2 mil

As vendas de novembro da GM despencaram 41%, uma queda que a montadora atribuiu à recessão dos Estados Unidos, ao aperto no crédito e a preocupações sobre a sobrevivência da companhia na crise. "Estamos encolhendo porque o mercado está encolhendo", afirmou o porta-voz da GM, Chris Lee.

A General Motors anunciou nesta sexta-feira que está cortando turnos em três fábricas da América do Norte, em resposta à queda na demanda. A decisão implica na demissão de 2 mil trabalhadores sindicalizados.

Os cortes na produção foram anunciados em um momento em que o presidente-executivo da montadora, Rick Wagoner, testemunhou perante o Congresso dos EUA em um esforço para convencer parlamentares a conceder financiamento emergencial à empresa de até US$ 18 bilhões.

A GM informou que vai eliminar terceiros turnos de fábricas de Michigan, Ontario (Canadá) e Ohio. GM, Ford e Chrysler estão buscando um total de US$ 34 bilhões em empréstimos e créditos federais. Tanto a GM quanto a Chrysler afirmaram que precisam dos recursos ainda este mês para evitar a insolvência.

Volume da Bovespa

Volume de operações caindo muito. Até que ponto a liquidez foi afetada?
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Após a forte queda das ações nos últimos meses, em novembro foi a vez do volume financeiro negociado na BM&F Bovespa assustar. A movimentação da bolsa no mês passado alcançou R$ 71,7 bilhões, menor patamar desde janeiro de 2007. A média diária, que em outubro girava em torno de R$ 5,3 bilhões, caiu para R$ 3,8 bilhões.

Para analistas, o resultado era esperado e reflete um novo momento da crise financeira. Enquanto que, em um primeiro estágio, a volatilidade do mercado até contribuiu para uma alta nos valores negociados, por conta da corrida por troca de posições, a ordem do dia agora é reduzir ao máximo os volumes. Apesar de não ver espaço para uma queda maior da bolsa no curto prazo, o economista-chefe da Ágora espera que os negócios com ações permaneçam em níveis baixos. "O cenário deverá se manter enquanto não houver um consenso de que a situação pode melhorar", projeta. Ele lembra que a própria queda nos preços dos ativos faz com que o volume também seja menor.

Varejistas

Vai reportagem sobre a Les Lis Blanc, saiu na Gazeta Mercantil.
Os homens que não conhecem a loja, tentem falar com sua namorada ou esposa.

Mas investir em ações de varejistas, não sei não, não gosto muito. Varejo é lugar onde ainda tem muita empresa familiar e pequena, vida muito dura para quem é grande.

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Desde meados de 2008, o setor de varejo de vestuário não é apontado entre os prediletos dos analistas de investimento, já que o cenário é de inflação dos alimentos, provocando reversão do foco de gastos, e retração de crédito para consumo. Mas os indicadores são potencialmente prejudiciais para as varejistas focadas em classe média e baixa, já que a classe média alta e alta não é tão dependente deste tipo de crédito. Isso explica como a Le Lis Blanc tem mantido um desempenho na BM&F Bovespa acima de seus pares.

A rede não está imune à crise econômica e à evasão dos investidores da renda variável, acumulando queda de 49,92% no ano (até 03/12). No mesmo período, a Lojas Marisa, por exemplo, recuou 60,78% e a Guararapes (controladora da Riachuelo), 71,54%. A companhia, focada em vestuário de moda feminina de alto padrão, fez abertura de capital no ano passado, quando captou R$ 150,18 milhões. A empresa conseguiu aproveitar o bom momento do mercado de capitais para se listar no Novo Mercado da Bovespa, enquanto muitos analistas avaliavam que só tinha porte para uma listagem no Bovespa Mais.

A captação viabilizou o início da mudança no plano de negócios, que inclui o foco em lojas próprias, reduzindo o número de unidades licenciadas, e aumentando área de vendas em pontos mais padronizados. No terceiro trimestre, a receita bruta foi de R$ 72,5 milhões, contra R$ 47,2 milhões no mesmo período de 2007, um aumento de 53,7% - no universo de lojas próprias, o crescimento de vendas foi de 104,9%.

A rede encerrou o trimestre com 27 lojas próprias e quatro licenciadas, sendo que das dez inaugurações, sete foram conversões de licenciadas. A meta era abrir mais três lojas no quarto trimestre. As corretoras que acompanham a empresa indicavam a compra dos papéis, ao final do segundo semestre. A Merrill Lynch dava preço-alvo de R$ 10,00 e o Morgan Stanley, de R$ 8,50, papel que hoje é negociado na casa dos R$ 3,50. Apesar da mudança de cenário, com aperto econômico e reversão de crescimento do País e do mundo, as corretoras ainda não divulgaram uma revisão desses valores. Para Alberto Serrentino, sócio da consultoria especializada em varejo Gouvêa de Souza & MD, o aperto econômico não representará necessariamente uma redução dos negócios no comércio de vestuário. "É prematuro decretar que vai haver queda de vendas no segmento. A Le Lis Blanc está focada na categoria premium, que não perde a capacidade de consumo de uma hora para outra", avalia o consultor. "Já houve no passado retração econômica em que o segmento de vestuário se beneficiou, já que a aversão ao risco faz os consumidores postergarem ou cancelarem dívidas maiores e de longo prazo, destinando mais renda para semiduráveis."

Ele avalia que as redes de departamento são mais dependentes da eficiência operacional, logística e crédito, mas em rendas mais altas a qualidade do produto ganha peso. "Além disso, no segmento de moda rápida, em que estão Le Lis, H&M, Zara, ter lojas próprias dá mais agilidade ao processo decisório, em redes com alto giro de estoque e renovação permanente de linha", afirma Serrentino.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Crise economica afetando até a Formula 1

A partir do blog do Fábio Seixas:

Deu no Grand Prix, o principal site de bastidores sobre o automobilismo: a Honda anunciou ontem queda de 32% nas vendas nos EUA, e isso derrubou em quase 5% as ações da empresa na Bolsa de Tóquio.

O resultado significa o maior baque para a montadora no mercado americano em 27 anos e a devolve a um cenário de 2000. Ou seja, 8 anos de crescimento já foram pro saco.

Além do fechamento da fábrica em Swindon por 50 dias, a montadora também congelou planos de expansão na Turquia.

O melhor (ou pior) da nota do Grand Prix está no final: funcionários da equipe de F-1 da Honda já começaram a mandar currículos para outros times. Fry e outros executivos não falam, mas há rumores de uma decisão iminente de "significativos cortes no orçamento e de demissões coletivas" em Brackley.

Não se surpreenda se os testes da semana que vem, já agendados com Bruno e Barrichello, forem adiados (ou cancelados).

E se ficar só nisso, estará de bom tamanho.

Lula, a crise e os inimigos do povo

Rolf Kuntz*

O presidente Luiz Inácio da Silva deveria denunciar de uma vez quem torce pela crise, quem odeia o Brasil, quem se opõe ao ingresso dos pobres nas universidades e quem deseja ver o povo passar fome. Não haveria como processá-los, mas valeria a pena expor seus nomes publicamente, para os bons cidadãos não serem mais enganados. Segundo o presidente, a torcida contra o País continua firme. Ele repetiu essa acusação num dos quatro discursos - quatro, sim senhor - feitos em Pernambuco, anteontem. "Vocês estão vendo na televisão que tem uma crise no mundo, uma crise causada nos Estados Unidos, e nós vamos mostrar para aqueles que querem que a crise chegue ao Brasil como nós vamos saber enfrentar essa crise e derrotá-la, para que o Brasil possa melhorar a vida do seu povo." É isso aí. Se Lula falou, só duvidará quem tiver muita maldade no coração ou a mente perturbada pelo Maligno. Vade retro.

Ele não explicou por que um inimigo do povo, morando no Brasil, sendo presumivelmente um membro da "zelite" e interessado em ganhar dinheiro com seus negócios, desejaria ver a crise desembarcar por aqui. Mas esse é um detalhe desprezível. A turma da maldade sempre encontra motivo para torcer pelo pior. O presidente sabe das coisas.

Mas a sua fala, como a dos profetas e santos, nem sempre é fácil de entender. Pelo seu discurso, a crise ainda não chegou. Coisa estranha. Em outubro, segundo o IBGE, a produção da indústria foi 1,7% menor que em setembro. As vendas de carros caíram. Várias fábricas deram férias coletivas. A Volvo demitiu 430 funcionários em Curitiba. Numa pesquisa com 95 fábricas de autopeças, 46% informaram planos de redução dos investimentos programados para 2009 e 48% indicaram a intenção de manter. Investimento maior só em 6%.

E o noticiário ruim não vem só da área industrial. Avicultores anunciam a intenção de cortar 17,5% da produção, para reagir à queda de preços e à redução das vendas externas: a exportação de novembro, 220 mil toneladas, foi 27% menor que a de um ano antes. Essa tal de crise continua mesmo só lá fora?

Mas o governo vai tomar providências. O presidente prometeu. "Entre 2009 e 2010", disse Lula ao povo de Olinda, "nós vamos inaugurar grande parte das obras do PAC. São R$ 504 bilhões." Se ele prometeu, com certeza vai cumprir. Mas também vai ter de correr muito se não quiser inaugurar só obra de estatais. A maior parte do Programa de Aceleração do Crescimento (R$ 436 milhões) deve ser executada por empresas do governo e do setor privado.

O resto, R$ 67,8 bilhões, vai depender da execução do Orçamento-Geral da União pelo governo federal. Pelo realizado até agora, é difícil prever um grande resultado nos próximos dois anos. Até 18 de novembro, o governo só empenhou R$ 10,72 bilhões dos R$ 17,97 bilhões autorizados no orçamento. Das despesas previstas para o ano, só se executou uma fatia de R$ 2,53 bilhões. Do desembolso total, R$ 9,12 bilhões, mais de dois terços, R$ 6,74 bilhões, corresponderam a restos a pagar do exercício anterior.

A execução do orçamento total de investimentos, com R$ 42,32 bilhões previstos, também ficou longe da meta. Foram empenhados R$ 20,73 bilhões até 7 de novembro e pagos R$ 4,76 bilhões (além dos restos a pagar, é claro). O governo deve estar fazendo suspense, para dar uma arrancada sensacional nos próximos dois anos e deixar o povo boquiaberto.

Mas o presidente, em Olinda, também falou em saneamento e obras contra enchente, iniciadas, e ainda não concluídas, na zona do Canal da Malária.

Que não tenham sido concluídas, em Olinda, também não chega a ser surpresa. Estão previstos, no Orçamento federal, R$ 375,9 milhões para o programa de prevenção de desastres e preparação para emergências. Até dia 21 de novembro foram gastos R$ 97,8 milhões, 26% do total, e essa parcela inclui restos a pagar de 2007. Neste ano, o governo entregou a Santa Catarina R$ 2,4 milhões para obras preventivas. O triplo, R$ 7,4 milhões, foi destinado ao Estado, depois, por meio do programa de "resposta a desastres". A rubrica poderia ser "resposta ao resultado da falta de prevenção".

Deve haver um jeito de atribuir aos inimigos do povo, aos torcedores da crise, a responsabilidade pelo desastre de Santa Catarina e pela insuficiência das obras de contenção de encostas e de outras necessárias para a segurança ambiental. Talvez seja possível atribuir a esses mesmos inimigos a demora na execução do PAC e de outros programas de investimento. Entreguem um microfone ao presidente e ele dá um jeito.

Lucro no varejo

Não é que seja pouco dinheiro, mas girar mais de R$12 bi por ano de venda, pra deixar só R$135 milhões de lucro, não parece muito bom não.

Vida de varejista não é fácil mesmo.

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Casas Bahia
O lucro da rede em 2008 caiu pela metade em relação ao do ano passado e deve somar R$ 135 milhões. "Isso não tem nada a ver com a crise. O lucro será menor em 2008 porque estamos pagando juros mais altos para os bancos, os preços dos aluguéis aumentaram muito e os salários dos funcionários subiram mais do que o nosso faturamento", diz o executivo Samuel Klein.

Governo e emprego

Se nosso governo tem medidas de combate ao desemprego, que apliquem logo estas medidas.
E os amigos da América do Norte podem precisar destes conselhos também.....


"Hoje o governo tem os instrumentos para diminuir a quantidade de desemprego, isso é uma das questões centrais para o governo, não deixar uma queda do emprego que comprometa tudo que conquistamos até agora", afirmou.

Sem adiantar as medidas que poderão ser anunciadas pelo governo para conter o desemprego, Dilma afirmou que a geração de empregos é conseqüência do crescimento econômico. "São várias medidas. Ninguém mantém emprego de forma artificial, você mantém se você manter a economia crescendo."

Mais demissões

A companhia americana do setor de telecomunicações AT&T informou nesta quinta-feira que irá cortar 12 mil empregos, cerca de 4% de sua força de trabalho, devido aos efeitos da crise financeira global.

Segundo a empresa, os cortes devem ocorrer a partir deste mês e continuar ao longo de 2009. A expectativa da AT&T é que o resultado do quarto trimestre seja atingido por encargos relativos a tais cortes no valor de US$ 600 milhões.

How to Afford Anything (But Not Everything)

  • It’s important to prioritize. Half of being able to afford what you want is to spend your money on what you really want.
  • As Elizabeth Warren emphasizes in All Your Worth [my review], one of the best ways to be able to afford small expenses is to economize on large expenses. Rockwell says that this means never buying a new car. It also means buying less house than you can afford.
  • Learn to practice patience and diligence. “When I buy a used car or camera,” Rockwell writes, “I may spend months looking until the perfect sample appears. When it does, I jump all over it, but if it doesn’t, I don’t worry.”
  • Don’t get sucked into new luxuries. Luxuries have a tendency of becoming necessities.
  • Don’t worry about what you own. “How rich you are is determined by how much money you have, not by what you own. What you own is how much you’ve given away to others!”
  • Don’t be afraid to ask for a deal, says Rockwell. Last spring I shared tips from a reader who uses haggling to save big bucks. Another GRS reader e-mailed me yesterday with a similar story.
  • Avoid addiction, including addictions to caffeine, nicotine, and television. “Watching television makes you stupid,” Rockwell says. I wouldn’t go that far, but I do know that since I’ve given it up, I’ve accomplished things I never dreamed possible — such as building this site.
  • “If you really want something, buy it, or wait until you can. Don’t buy something that isn’t what you really want.”

Crise....

A Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) prevê uma "carnificina" sobre o quadro geral de empregos no país após as festas de fim de ano. O setor é responsável hoje por 294,7 mil empregos diretos.
Ontem, durante apresentação do balanço, o setor colocou sobre os ombros do governo, e em parte do sistema bancário brasileiro, a responsabilidade de evitar demissões em massa na indústria de bens de capital.
Dados do Departamento de Economia e Estatística da associação mostram retração de 10,3% no nível de atividade do setor em outubro em comparação a setembro. O faturamento da indústria de máquinas em outubro foi de R$ 7,33 bilhões. Na terça-feira, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) havia registrado recuo de 1,7% na atividade industrial em outubro.

Crédito contraindo e crise economica

A financeira Taií, empresa de crédito pessoal do Itaú, decidiu fechar 10% de suas lojas no país. A financeira tem hoje 250 unidades próprias, além de postos de atendimento em redes varejistas como Pão de Açúcar, Extra e Lojas Americanas.
A expectativa é que pelo menos 150 funcionários sejam demitidos. O banco não confirma os números. A Taií atribuiu os cortes a um superdimensionamento da rede de lojas, feito ainda antes da crise nos mercados.
"Por motivo de atualização na distribuição dos pontos-de-venda, a Taií está encerrando atividades de algumas unidades. Essa atualização corresponderá em 2008 a cerca de 10% do total de unidades", informou, em nota.

Cadê a blindagem que estava aqui?

Da Folha SP, editorial do Clovis Rossi

Era uma vez um tempo em que o Brasil estava blindado contra a crise externa. No máximo, haveria por aqui uma "marolinha", lembra-se? Agora, já são duas as consultorias (Morgan Stanley, norte-americana, e LCA, brasileira) falando não mais em desaceleração, mas em recessão -os tais dois trimestres consecutivos de retração da economia.
Não sei se vem "marolinha" ou recessão por aí. Mas sei que foram pouquíssimos os economistas/consultorias que não falaram em blindagem. Ou pelas formidáveis reservas, ou pelo formidável mercado interno, ou porque os emergentes salvariam o mundo, ou por qualquer outra tese que, agora, se desmancha no ar cada vez que sai um novo dado da vida real.
O que acho, honestamente, é que a Folha, para não dizer todo o jornalismo brasileiro, deveria adotar como regras pétreas de seu "Manual da Redação" os seguintes elementos: 1 - Todo economista/consultoria que errar por mais de 5% suas previsões sobre PIB, câmbio, juros etc.
fica definitivamente riscado da agenda de fontes. Nunca mais será ouvido.
Vinicius Torres Freire, esse excelente colunista, me diz que, se aplicada, a regra nos deixaria com zero fontes. Ótimo. Cometeríamos nossos próprios erros em vez de sermos cúmplices de erros alheios.
2 - Toda vez que se publicar palpite de economista/consultoria, seria obrigatório mencionar quais interesses estão em jogo, se ele tem ou recomenda aplicações no dólar ou contra o dólar, nos juros altos ou baixos, e assim por diante.
O leitor teria pelo menos um elemento para julgar se o palpite vem do cérebro do consultado ou do bolso. 3 - No fim de cada ano ou trimestre, seria publicada a lista completa de palpites dessa turma toda, ao lado dos dados da realidade, para que o leitor possa saber quem chuta bem e quem chuta mal.

Desemprego

Todo mundo se segurando e apertando os cintos.
Até o ministro do trabalho reconhece que desemprego vai aumentar.
Esta "marolinha" não passa nunca!
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No mesmo dia em que a Vale anunciou a demissão de 1.300 funcionários em todo o mundo, o governo federal e a indústria fizeram previsões pessimistas para a economia no início de 2009. Conhecido pelo discurso otimista, o ministro Carlos Lupi (Trabalho) prevê alta do desemprego no primeiro trimestre do ano que vem.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Títulos de 100 anos

Essa é uma compra só se for pra deixar de herança...

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Peter Fisher, da BlackRock, informou que o Tesouro dos Estados Unidos analisa a venda de bônus de 100 anos para aliviar os custos com empréstimos do governo federal, à medida que enfrenta um déficit orçamentário que, segundo as estimativas, deverá superar US$ 1 trilhão.

"Caso se tivesse emitido um bônus de 100 anos com o principal e juros amortizados suavemente ao longo dos últimos 50 anos, criaríamos uma forte ferramenta de empréstimos para o Tesouro, que nos permitiria rolar o peso dos empréstimos para as aposentadorias e gerações futuras", disse em entrevista Fisher, diretor gerente e co-chefe do setor de renda fixa da BlackRock, em Nova York.

O Tesouro no mês passado triplicou sua estimativa de planejadas vendas de dívida nos três últimos meses do ano para um recorde de US$ 550 bilhões , à medida que tenta custear ajudas a bancos e programas de estímulo fiscal a fim de dar início ao crescimento econômico. O secretário do Tesouro, Henry Paulson, disse em uma conferência em 17 de novembro que os EUA irão emitir cerca de US$ 1,5 trilhão em valores mobiliários do Tesouro no ano- fiscal que teve início em 1 de outubro.

Fisher, ex-subsecretário do Tesouro, eliminou os leilões de bônus de 30 anos em 2001 para reduzir os custos com empréstimos do governo, após quatro anos de superávits no orçamento federal. Desde então os EUA nunca mais saíram do vermelho. O governo reativou as vendas do valor mobiliário em fevereiro de 2006.

ETF

Depois do PIBB11, mais alguns fundos de ações com cotas negociadas em bolsa.
Pode ser interessante, se mecanismos com aluguel de ações e opções funcionarem junto com estes ETFs.

Desvantagem: tem taxa de administração, e por ser fundo de ações, não podem gozar da isenção de IR nas alienações até R$20 mil por mês.

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O bilionário mercado dos Exchange Traded Funds (ETF, na sigla em inglês), de fundos de índice, ganhou três novas versões nacionais na BM&F Bovespa com o início das negociações das cotas do iShares Ibovespa (que replica o Ibovespa), iShares BM&F Bovespa Small Caps (de empresas de baixa capitalização) e iShares BM&F Bovespa MidLarge Cap (de companhias de média e grande capitalização). Com a gestão assinada pelo Banco Barclays, as carteiras marcam a estréia da instituição inglesa na gestão de ativos no Brasil. Compostos por uma cesta de mais de 60 ações, os portfólios combinam as características de um fundo aberto diversificado com a negociação das cotas em pregão. O Citibank será o administrador e também atuará como formador de mercado.

No mundo, existem quase 3 mil ETFs, que movimentam uma média de US$ 40 bilhões ao dia. No mercado americano, essas carteiras são bastante populares entre as pessoas físicas, que respondem por 90% dos ETFs, apesar de os primeiros fundos, criados em 1989, terem tido os institucionais como alvo. No Brasil, que até aqui tinha no Papéis Índice Brasil Bovespa (PIBB) - ofertado pela BNDESPar em em 2004 e 2005 -, que replica o IBrX-50, como único exemplo de fundo de índice, a expectativa é de que os ETFs tenham trajetória semelhante à trilhada pelos fundos de índice no mercado internacional. Na largada, o foco do Barclays - que tem US$ 2 trilhões em ativos sob gestão -estará nos grandes investidores, mas a idéia é atrair também a pessoa física na medida em que o segmento amadureça.