Inicialmente, as estruturas das corretoras Bradesco e Ágora serão mantidas independentes. “Não vai mudar nada, nem para os funcionários, nem para os clientes”, disse o presidente do Bradesco, Márcio Cypriano, destacando que não haverá canibalização. “As duas corretoras têm mostrados resultados muito bons na conquista de clientes. Não há motivos para eliminar um dos dois modelos”, afirma.
Segundo Cypriano, menos de 10% dos investimentos no Brasil são feitos em ações. Nos Estados Unidos, esse valor ultrapassa os 60%. “Temos, portanto, um mercado com grande potencial de crescimento e essa expansão deve ser acelerada”, diz. A instituição, no entanto, não deve lançar promoções para atrair clientes. "Os valores de corretagem em ambas as corretoras permanecerão os mesmos, e todos os serviços que são oferecidos hoje serão mantidos."
Dos 830 milhões de reais envolvidos no negócio, 500 milhões de reais referem-se à corretora e 330 milhões de reais às ações da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e da Bolsa de Mercadoria & Futuros (BM&F) detidas pela Ágora. As instituições negociavam desde o ano passado e, no acordo firmado nesta quinta-feira (6/5), ficou definido que o pagamento será feito por meio de ações do Bradesco Banco de Investimentos (BBI). Dessa forma, os ex-donos da Ágora passam a deter 8% de participação no BBI e, caso desejem se desfazer das ações, o Bradesco terá prioridade na compra dos papéis.
A operação, de acordo com o diretor de Relações com Investidores do Bradesco, Milton Vargas, não deverá afetar as ações do banco na Bovespa. “Dados os resultados da Ágora, o impacto da compra no balanço deve ser neutro no primeiro ano e gerar ganhos a partir do segundo ano”, afirma.
See Here or Here
ResponderExcluir