terça-feira, 27 de novembro de 2007

PRGA3 - Perdigão ON

Observando os números da empresa identificamos um aumento substancial e consistente nos lucros líquidos apresentados, talvez em função de investimentos na sua estrutura que reduziram momentaneamente a receita operacional. E ainda ocorreu um aumento de seu valor patrimonial por ação. Nesta briga pelo marketshare com a Sadia, e também seguindo o desempenho do índice bovespa (do qual responde por 1,15%), o ativo perdeu mais de 20% em suas cotações de mercado. Agora ela ainda vai ganhar mais um concorrente de peso no segmento: o grupo Bertin comprou o controle da Vigor (leia matéria mais abaixo).


Pelo gráfico, está atingindo a sua linha de tendência de LP, mas ainda segue a recente LTB, a qual deverá ser rompida para poder caracterizar uma reversão mais confiável deste movimento no curto prazo. Se já é hora de comprar? Talvez voltando para cima de 40,00 valha uma entrada com stop justo.


Matéria: Perdigão ganha mais um concorrente de peso


O grupo paulista Bertin anunciou nesta segunda (26) a compra de 56% da Goult Participações, holding que possui 74,6% da fabricante de laticínios Vigor. Com a aquisição, efetuada por um valor não divulgado, a Bertin se tornará um dos grandes players de lácteos – segmento em que não atuava até então. A Vigor fabrica produtos lácteos das marcas Vigor, Leco, Danúbio e Faixa Azul, entre outros. Como a Bertin é uma das maiores exportadoras de carne do Brasil, a Vigor ganhará fôlego para ampliar a participação no mercado de leite. A companhia catarinense não tem do que se preocupar – pelo menos no curto prazo. É que o volume de leite captado pela Vigor corresponde a apenas 20% do total da Perdigão (177,8 milhões de litros ante 1,4 bilhão), “A Perdigão não reinaria sozinha em um mercado com tantas oportunidades como o lácteo”, comenta Rafael Weber, analista de investimentos da Corretora Geração Futuro.

A companhia de Videira (SC) entrou no segmento dos lácteos ao adquirir a Eleva (antiga Elegê) em outubro. O movimento, segundo Weber, é resultado da alta demanda por produtos lácteos tanto no Brasil como no exterior, efeito da elevação do custo do milho nos Estados Unidos, importante produtor de leite. A maior arma do grupo paulista no embate com a Perdigão é a marca Vigor que é muito conhecida dos consumidores, principalmente no Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Mas ambas ainda precisarão percorrer um longo caminho de aprendizado no setor, pondera. “Mesmo que a Perdigão tenha comprado a Batávia há um ano e meio não aprendeu tudo ainda sobre o segmento. O mesmo vale para a Bertin”, alerta Weber.

No mesmo dia em que anunciou a compra da Vigor, o grupo Bertin declarou também que pretende estrear no mercado de frangos por meio de aquisições – outro campo da Perdigão. “A consolidação do setor é notável e o que vai ditar a velocidade deste movimento é a estrutura de capital de cada player envolvido”, sustenta Weber. Com faturamento previsto de R$ 900 milhões este ano, a Vigor tem hoje 2,5 mil funcionários em unidades na capital paulista e em São Gonçalo do Sapucaí (MG). A Leco tem fábricas em São Caetano do Sul (SP), Anápolis (GO) e Santo Inácio (PR). Marcos Graciani

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