quarta-feira, 28 de novembro de 2007

CSAN3 - Cosan ON

Uma ação que apresenta este comportamento gráfico, perdendo todos os suportes, ladeira abaixo seguindo o seu canal, já deveria ter sido estopada há muito tempo. Chama a atenção o volume descomunal antes da perda do suporte na faixa dos 37. Quem se manteve posicionado deve estar amargando a falta de um estudo mais apurado em AT.



Os números da empresa também espelham bem a situação que ela vivencia. Apesar da significativa redução de seu PL, suas receitas e lucros operacionais despencaram. Não dá mesmo para ficar posicionado em um ativo que apenas em uma semana desvaloriza mais de 21% sem tomarmos nehuma atitude. Pior é pensar em vender depois de tanta queda. Ela deve estar agora com um monte de "maridos" e "esposas" que sentem-se "casados" com o papel! Fazer o quê? Antes tarde do que nunca... o divórcio já está oficializado no Brasil faz tempo!

Leiam abaixo um trecho da matéria publicada na Exame:

O pior negócio do ano

O fim da euforia do etanol e uma série de estripulias no mercado abalaram o desempenho da Cosan na Bovespa

Quando abriu seu capital na Bolsa de Valores de São Paulo, em novembro de 2005, a Cosan despontou como a grande estrela do mercado de ações brasileiro. Maior produtora e exportadora mundial de açúcar e álcool de cana, a Cosan viu seus papéis se valorizarem na mesma proporção em que os preços internacionais de seus produtos subiam e que o etanol ganhava fama mundial como a melhor opção para substituir o petróleo. Diante desse cenário, em apenas um ano o valor das ações da Cosan quase triplicou, passando de 16 reais para 42 reais no fim de 2006. O controlador e presidente da empresa, Rubens Ometto, viu seu nome incluído na lista dos 500 maiores bilionários do mundo da revista americana Forbes e tornou-se um dos empresários mais poderosos do país. Nos últimos meses, no entanto, houve uma quebra na safra de boas notícias da Cosan. O desempenho de seus papéis na bolsa caiu abruptamente. De 28 de dezembro de 2006 a 31 de outubro deste ano, as ações da Cosan perderam 38% de seu valor, recorde negativo entre as ações que compõem o Ibovespa. A média da bolsa foi uma valorização de 47%. Quem investiu em renda fixa ganhou 10%. Os que apostaram em dólar perderam 19%. A Cosan foi o pior negócio do ano.

A queda abrupta nas ações da Cosan se deve a dois fatores, um externo e outro interno. O externo é a mudança por que seu setor passou no último ano. Os preços do açúcar saíram de um patamar considerado "exuberantemente irracional" pelo mercado, de 19 centavos de dólar por libra de açúcar no começo do ano passado, para se fixar próximo da média histórica, de 9 centavos de dólar (uma queda de 50%). As expectativas sobre o futuro do etanol no mundo sofreram um ajuste, o que derrubou o preço do produto e também a voracidade dos investidores. O fator interno foi uma reorganização na estrutura societária da Cosan, em junho. No novo modelo proposto, Ometto abriria uma empresa nas Bermudas, a Cosan Limited, e teria direito a ações especiais de controle. Na prática, a medida daria ao empresário o comando da companhia mesmo que seu número de ações fosse menor que 50%.

Como está em seus planos crescer por meio de aumentos de capital e manter o controle absoluto da companhia, isso seria impossível no Novo Mercado da Bovespa, onde todas as ações dão direito a um voto -- caso sua participação chegasse a menos de 50%, a Cosan poderia ser alvo de uma oferta hostil. Ometto, então, criou a nova empresa e listou suas ações na bolsa de Nova York.

Íntegra da matéria no Portal EXAME

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