A proposta do governo para taxação dos rendimentos da caderneta de poupança, com valores acima de R$ 50 mil a partir de 2010, contempla uma alíquota de Imposto de Renda (IR) única de 22,5%, incidindo no momento do saque dos recursos.
O projeto de lei deve ser enviado ao Congresso ainda nesta semana e, segundo o ministro da Fazenda, mudança vale para todas as contas, inclusive as antigas.
De acordo com dados do governo, 99% das contas de poupança têm saldo inferior a R$ 50 mil, ou seja, são investimentos de pequenos investidores. Pela proposta, uma pessoa que aplica R$ 70 mil na poupança, por exemplo, pagará imposto de 22,5% sobre o rendimento dos R$ 20 mil excedentes (acima dos R$ 50 mil de limite sem tributação).
O governo informou que o universo de poupadores que estarão sujeitos às novas regras estava, em maio, em 895 mil pessoas, ou seja, esse é o total de aplicadores que atualmente acumula, naquele mês, um saldo superior a R$ 50 mil na caderneta de poupança.
Migração de investimentos
Segundo explicaram integrantes da equipe econômica em maio deste ano, a medida busca impedir que grandes investidores migrem para a poupança e, com isso, deixem de comprar títulos públicos ofertados pelo Tesouro Nacional.
O temor do governo, portanto, é que a atratividade da poupança aumente, com a diminuição da taxa básica de juros, e que isso influencie a rolagem da dívida pública - emissão de novos papéis para o pagamento dos títulos que estão vencendo. O governo avalia que a poupança é feita para os pequenos, e não para os grandes investidores.
Isenção
Pelas regras divulgadas anteriormente pelo governo, estarão isentas da nova regra apenas as pessoas que comprovarem a poupança como única fonte de renda, e as que são isentas de declarar o IR por receberem menos de R$ 1.499,15 por mês. Nesse último caso, há, no entanto, uma exceção para aplicações com o saldo muito elevado.
Para auxiliar na delaração do IR, o banco ficará obrigado a mandar extrato com o rendimento mensal do poupador. A assessoria técnica da Fazenda detalhou que, caso o poupador tenha cadernetas em mais de um banco, incluindo poupança de dependentes, ele terá de pagar imposto sobre a soma total se esta ultrapassar o limite de R$ 50 mil.
Livro Bege aponta leve melhora nas condições econômicas
As condições econômicas continuaram a melhorar levemente no final de 2009 nos Estados Unidos, mas a fraqueza dos mercados de mão de obra e de imóveis está mantendo a atividade baixa, afirma o mais recente Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central americano). De acordo com o Livro Bege, 10 distritos do Fed reportaram algum aumento na atividade ou melhora nas condições econômicas, enquanto dois distritos - Filadélfia e Richmond - reportaram condições desiguais.
O Livro Bege é um sumário das condições econômicas atuais que servirá de base para a decisão de política monetária do Fed dos dias 26 e 27 de janeiro. O mais recente relatório foi preparado pelo Fed da Filadélfia e a análise das condições econômicas abrange o período de 21 de novembro de 2009 a 4 de janeiro deste ano.
Bovespa
Aqui na Bolsa de São Paulo o destaque no índice ficou por conta da Vale com a expectativa de aumento no preço do minério. A alta nos papéis pode não ter sido estrondosa mas as opções OTM da ação preferencial responderam com vigor. O comportamento da blue chip garantiu um fechamento de 0,44% no Ibovespa, levando o acumulado do mês para 2,62%.
E já estamos chegando na metade de janeiro.