A notícia não chega a ser surpreendente. Desde o início desta década, a internacionalização da Weg segue uma trajetória, até certo ponto, previsível. Antes de abrir uma fábrica, a companhia testa o mercado em duas etapas: a primeira, por meio das exportações; a segunda, por meio de uma subsidiária local – basicamente, um centro de distribuição com uma equipe de vendas. A fábrica propriamente dita só entra em cena se os resultados obtidos nas duas fases anteriores forem consistentes. Na Índia, por exemplo, a Weg já mantinha uma subsidiária desde 2004 – e com resultados animadores, segundo Lueders. “Essa é uma característica nossa. Nós procuramos sempre conhecer o mercado, saber se é conveniente, se tem bom potencial, etc”, descreve.
segunda-feira, 26 de maio de 2008
O conservadorismo da Weg chega à Índia
A Weg está prestes a dar mais um passo importante na sua trajetória de internacionalização. Nesta segunda-feira (26), a fabricante de motores elétricos com sede em Jaraguá do Sul (SC) anunciou que vai aplicar US$ 50 milhões na construção de uma nova fábrica fora do Brasil – desta vez, na Índia, mais precisamente na cidade de Hosur, na vizinhança do pólo industrial de Bangalore. O objetivo da companhia é explorar o mercado indiano, que é hoje um dos principais destinos de suas vendas de motores trifásicos e de geradores elétricos. “A Índia é um dos mercados que mais crescem no setor de energia. Nós vínhamos sentindo esse crescimento nas nossas exportações para lá. Agora, queremos aproveitar esse potencial mais de perto”, resume Alidor Lueders, diretor Administrativo e de Relações com Investidores da Weg.
Atualmente, a companhia mantém outras duas subsidiárias no Oriente – uma na Rússia e outra em Dubai, nos Emirados Árabes. A reserva para novos investimentos é farta: dos R$ 520 milhões previstos para este ano, apenas R$ 80 milhões foram utilizados até agora. Lueders ressalta, porém, que não há nenhuma definição sobre qual desses dois mercados abrigará a próxima fábrica da Weg. A decisão, diz, será tomada com base nos resultados. Isso significa que até mesmo a Índia poderá receber uma segunda rodada de investimentos antes da Rússia ou de Dubai, caso os números apontem nessa direção. “Esse conservadorismo é um dos traços que mais favorecem a Weg.
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