Mas a aquisição da Brasil Telecom pela Telemar está longe de ser uma unanimidade. Alguns analistas temem que a participação do BNDES no negócio acabe afugentando investidores estrangeiros – ainda mais se as regras do PGO forem alteradas. “Isso preocupa porque o BNDES é uma instituição federal que objetiva o desenvolvimento do país e o aumento da competitividade. Esse negócio não irá reduzir preços, nem agregar tecnologia e ainda resultará em cortes de empregos”, destaca Luis Cuza, presidente executivo da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicação Competitivas (Telcomp). Ele se refere, principalmente, ao serviço de telefonia fixa. Juntas, Telemar e Brasil Telecom cobrem 97% do território e têm acesso a 65% da população brasileira. “Nasceria uma superempresa. E com dinheiro público - que é muito mais barato. Isso é injusto para o investidor privado, que tem de pagar o preço de mercado para poder operar”, reclama o líder da Telcomp.
sábado, 12 de janeiro de 2008
Telemar e Brasil Telecom: uma gigante em gestação
Desde que anunciou a intenção de adquirir as operações da Brasil Telecom, na última quarta-feira (09), a Telemar vem registrando uma forte alta no valor de suas ações. Pudera: se o negócio se confirmar, a operadora se tornará a maior empresa de telecomunicações do Brasil, com um faturamento anual de aproximadamente R$ 40 bilhões, segundo os cálculos da consultoria Teleco (com base nos resultados de ambas as companhias em 2006). Além disso, a possível aquisição conta com o apoio explícito do governo federal. O ministro Hélio Costa, das Comunicações, já disse que o governo poderá até alterar alguns trechos do Plano Geral de Outorga (PGO, como é conhecido o documento que regula as áreas de atuação de cada empresa de telefonia) para permitir que a aquisição se concretize. Ao mesmo tempo, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) acena com um financiamento de R$ 4,8 bilhões para viabilizar a compra. “Teríamos o maior grupo de telefonia brasileiro com capital nacional”, aponta Ethevaldo Siqueira, diretor da consultoria Telequest.
O negócio – Num primeiro momento, La Fonte e a AG devem se tornar os principais acionistas da Telemar, com a compra da parte da GP Investimentos. Depois disso, os controladores da Telemar comprariam a posição do Citigroup e de fundos de pensão estatais, com o financiamento do BNDES. O banco brasileiro é o controlador majoritário da Telemar, com 25%
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