Um dos primeiros sinais nessa direção foi o anúncio de que a economia da zona do euro provavelmente retomou o crescimento neste trimestre, após ter enfrentado a pior recessão da história.
A empolgação ganhou força após a divulgação de dados da economia norte-americana. Um deles apontou que as vendas de moradias usadas no país atingiram em julho o ritmo mais rápido em quase dois anos.
Todo esse otimismo ainda foi temperado com um discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, afirmando que a perspectiva de retomada da economia global é boa.
O efeito desse quadro mais benigno sobre o ânimo dos investidores foi imediato. Na Bolsa de Nova York, o índice Dow Jones foi ganhando força no correr da tarde, até fechar em alta de 1,67 por cento.
Dois fatores extras contribuíram para sustentar o Ibovespa, que cravou a quarta alta seguida. Um foi o bom desempenho das blue chips. O papel preferencial da Petrobras, com avanço de 1,75 por cento, a 33,63 reais. A empresa anunciou na véspera a descoberta de uma nova reserva de cerca de 280 milhões de barris de óleo leve. Já a preferencial da Vale foi ainda mais longe, com ganho de 2,25 por cento, a 33,19 reais, no dia em que a Itaú Corretora elevou o preço-alvo do papel, de 42 para 48 reais.
Outro item que incrementou os ganhos do índice foi a disparada das ações de empresas ligadas ao consumo interno, com destaque para o setor imobiliário. Rossi Residencial encabeçou o movimento, saltando 11,1 por cento, a 13,06 reais. Gafisa ganhou 9,9 por cento, a 28,40 reais. Cyrela subiu 5,6 por cento, para 23,55 reais.
Segundo operadores, os dados positivos do setor imobiliário nos EUA se refletiram em ordens pesadas de compras por parte de investidores estrangeiros.
Informações da Reuters